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Vai para o trono ou não vai?

Existem três coisas na vida que igualam todo e qualquer ser humano.

A primeira é a morte, que chega inexorável para ricos e pobres, feios e bonitos, gordos e magros. A segunda são as necessidades fisiológicas. Não há quem não precise ir ao banheiro enquanto está vivo. E, em precisando usar a privada ela será, invariavelmente de porcelana. Não importa se no Palácio de Buckingham ou na favela da Rocinha. Se na mansão do Bill Gates ou na casinha de um camponês italiano.

Não importa quão moderno os vasos sanitários se tornaram. Aonde tem privada esta será feita de porcelana – a terceira coisa que iguala todos os seres deste planeta.

Mas, afinal, não existe outro material para se fabricar um vaso sanitário? Por que, centenas de anos após sua invenção, as privadas continuam sendo feitas deste material? “Olhos Curiosos”, que reconhece a importância da privada, foi atrás de respostas.

Segundo engenheiros do ramo, uma privada precisa fazer três coisas bem. Primeiro, ela precisa de um sistema de descarga. Segundo, ela precisa ser à prova d’água, limpa e higiênica. Terceiro, ela precisa ser firme.

A porcelana atende aos três requisitos.

Mas para funcionar efetivamente, a privada é, em verdade uma engenharia bem intrincada. O reservatório, a bacia, a tampa — tudo é altamente detalhado. Vasos sanitários de vítreo (o nome verdadeiro daquilo que chamamos de porcelana) são feitos de argila e água. O processo de fabricação é bastante simples e bem barato. Inclui a colocação em um molde, acabamento, revestimento de esmalte e então uma passada em um forno.

Se os fabricantes utilizassem o plástico, o processo exigiria a moldagem por extrusão ou injeção. Para uma estrutura tão complicada quanto a do vaso sanitário, a fabricação em plástico se tornaria, portanto, muito cara.

Além disso, a porcelana é muito forte e bastante rígida enquanto que o plástico não comporta o mesmo padrão de durabilidade.

Mas então que tal fabricar privadas de aço inoxidável? Ele é resistente e fácil de fabricar. Em alguns presídios já são utilizados vasos assim. Neste caso o problema seria as mudanças de temperatura. Em dias frios, por exemplo, a sensação seria muito desconfortável – e nem adiantaria forrá-lo. O assento plástico, por exemplo, ficaria deformado com o peso do usuário em conflito coma rigidez do aço.

Um outro fator muito importante a favor da porcelana é que ela é impenetrável para líquidos e bactérias. O segredo para manter a água longe é o esmalte da porcelana. Depois que o vaso é revestido, ele é incendiado em um forno. Diferente de outras soluções que permitem o acúmulo de água e bactérias, o esmalte ‘segura’ a bactéria na superfície do vaso – daí não ser aconselhável dar-se descarga com a tampa aberta.

Isso não seria anti-higiênico? Pelo contrário: manter o material concentrado na superfície do vaso também torna a sua limpeza mais fácil. E aqui, também, a porcelana se mostra mais forte para suportar a pressão tanto da abrasividade quanto das químicas dos produtos de limpeza.

É incrível que a porcelana tenha permanecido como a número um por tanto tempo. Acontece que, segundo as indústrias do ramo, as pessoas costumam atualizar suas privadas mais para economizar água ou por questões estéticas do que pela real necessidade que a natureza impõe. Convenhamos que, por mais que tentemos atenuar os tons, falar de vaso sanitário não tem nada de poético. Exceto o fato de ter sido justamente um poeta que, em 1596, descreveu aquilo que seria hoje o vaso sanitário moderno, com descarga (ou autoclismo) - o inglês John Harington, afilhado da Rainha Elizabeth I.

Mas o vaso só começou a se popularizar à partir de 1668, quando surgiu na França um decreto determinando que todas as casas deveriam ter um banheiro pelo lado de dentro. E somente 100 anos depois disto, em 1778, o invento de Harrington ganhou um importante acréscimo. O mecânico e engenheiro Joseph Bramah, também inglês, criou a bacia sanitária com descarga hídrica, possibilitando que os dejetos fossem eliminados por sucção.

E já que estamos no banheiro, podemos acrescentar que o papel higiênico só foi inventado em 1857, nos Estados Unidos, por Joseph Cayetty. Hein? Como era feita a limpeza antes disso? “Olhos Curiosos” se dá o direito de restringir a pesquisa até aqui. Agora com licença que a natureza está chamando...

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