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Cocô de crocodilo, carapaça de tartaruga, camisa de Vênus

Esse pessoal do Saúde Visual anda muito assanhadinho.


Quase toda semana sai algum artigo com forte conotação sexual: sobre olhar para bunda, sobre o efeito atencional de imagens eróticas, sobre opção sexual feminina, sobre óculos de proteção em filmes pornôs, sobre a sexualidade dos deficientes e sobre pornografia para cegos, dentre muitos outros.

É tanto sexo nas páginas deste site, que ele deveria se chamar “Saúde Sexual”, isso sim. Sem falar nas fotos que ilustram cada matéria, dignas de revistas masculinas daquelas de tarja preta! E, ao final de cada artigo, sequer colocam a recomendação de usar camisinha, etc.

Portanto, para fazer valer a lei, vamos recomendar o uso da camisinha e aproveitar para contar a história deste preservativo masculino tão famoso – e tão desconhecido ao mesmo tempo.

Mas tão desconhecido que sequer existe uma resposta definitiva e inquestionável sobre quem inventou a dita cuja.

Um manuscrito médico egípcio, por exemplo, de cerca de 2 mil antes de Cristo, indica que esse povo já utilizava um método para evitar a gravidez.

Datado de 1850 a.C., o manuscrito aponta a existência de um tipo de preservativo usado pelos faraós, feito com um pano empapado de mel e cocô de crocodilo. Tão nojento quanto imaginar alguém catando fezes de crocodilo para produzir tal preservativo é saber que esta espécie de camisinha era introduzida na vagina para evitar a gravidez!

Mas, onde a dúvida sobre a origem? Acontece que na mitologia grega também está presente uma lenda que indica que os deuses se preveniam, o que faz historiadores concluírem sobre algum método já existente naquela sociedade.

Segundo a lenda, Procris, filha do rei Erechteus, de Atenas, se relacionou com Minos, filho de Zeus, o todo-poderoso. O problema é que o sêmen do herdeiro era cheio de serpentes e escorpiões (hein?), o que fez com que Procris tivesse que envolver o órgão do rapaz em uma bexiga de cabra. Tal lenda indica que os gregos já tinham seus métodos para evitar a transmissão de doenças durante as relações sexuais.

Enquanto que no livro La Petite Histoire du Préservatif (“A pequena história do preservativo”), que narra toda a trajetória do artefato, o jornalista francês Vincent Vidal defende que ele foi inventado apenas no século 10, na Ásia. Vidal afirma que chineses criaram uma camisinha usando papel de seda lubrificado com óleos.

E os japoneses, por sua vez, usavam um acessório de carapaça de tartaruga. Oi?

E os nomes do produto? Bom, o termo Condom, que se refere à caminha em francês e inglês, também tem origem duvidosa, sendo que a mais aceita é que o preservativo foi criado por um tal dr. Condom, médico da corte do rei inglês Charles II que viveu no século 17. O apetrecho seria de tripa de intestino de carneiro. É cada uma, viu?

Quanto ao termo “camisinha”, tudo indica que surgiu graças ao dramaturgo inglês William Shakespeare, que chamou o artefato para proteger o pênis de “luva-de-vênus”, uma homenagem à deusa do amor. Ao que tudo indica, os tradutores para o português, optaram por “camisa-de-vênus”, expressão que parece ter dado origem ao nome atual.

Bom, agora que cumprimos nosso dever de informar, reiteramos a importância do uso da camisinha nas relações sexuais e esperamos que, ao menos, usem uma imagem decente para ilustrar este artigo.

O quê? Se eu já olhei para cima?



(Fonte: La Petite Histoire du Préservatif)

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