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SPAM! Culpa dos vikings! Ou da carne suína?

A esta altura do campeonato, todo mundo já está cansado de saber que a internet causou um grande impacto na vida das pessoas, tornando-se um veículo de comunicação importante, evoluindo para revolucionar a maneira de fazer negócios e buscar e disponibilizar informações, etc, etc. Também já sabemos que ela viabiliza a realidade da globalização nas diversas áreas da economia e do conhecimento. E também temos total noção de que este mesmo canal acabou absorvendo diversas práticas, boas e ruins. Ou irritantes. Como o spam.

Se só de ler a palavra ‘spam’ você já teve vontade de parar de ler este texto, isto se deve ao fato de que o spam é considerado um tormento para os usuários de internet, impactando na produtividade de funcionários e degradando o desempenho de sistemas e redes.

Entretanto, antes mesmo de utilizarmos a grande rede, já enfrentávamos o spam em sua versão primitiva: cartas de correntes para obtenção de dinheiro fácil, encontradas nas caixas de correio; as dezenas de panfletos recebidos nas esquinas e as ligações telefônicas oferecendo produtos são os precursores do spam. A principal diferença, extremamente relevante, é o fato de que para enviar cartas ou panfletos e ligar para nossas casas, o remetente tinha de fazer algum investimento. Este muitas vezes inviabilizava o envio de material de propaganda em grande escala.

Com o surgimento e a popularização da Internet e, consequentemente, do uso do e-mail, aquele remetente das cartas de corrente ou propagandas obteve a oportunidade e a facilidade de atingir um número muito maior de destinatários. Tudo isso com a vantagem de investir muito pouco ou nada para alcançar os mesmos objetivos em uma escala muito maior. Por essa razão, esse é um dos maiores motivadores para o envio de spam.

Aliás, desde o primeiro spam registrado e batizado como tal, em 1994, essa prática tem evoluído, acompanhando o desenvolvimento da Internet e de novas aplicações e tecnologias. Este primeiro spam, enviado realmente com objetivos comerciais no dia 5 de março daquele ano, partiu de um casal de advogados estadunidenses, Canter e Siegel. Especializados em imigração, eles enviaram este email oferecendo seus préstimos na área a mais de 6 mil grupos de uma rede para postagens de artigos.

As reações foram imediatas e negativas, gerando apelos sobre a violação da Netiqueta – um conjunto de regras de boas maneiras para os usuários da rede. O grande número de mensagens trocadas sobre o assunto comprometeu o desempenho da rede, causando um dos conhecidos efeitos colaterais do spam.

Atualmente, o spam está associado a ataques à segurança da internet e do usuário, propagando vírus e golpes. Tão preocupante quanto o aumento desenfreado do volume de spam na rede, é a sua natureza e seus objetivos.

O spam ganhou popularidade, é tema tratado em vários sites e protagonista de notícias na imprensa, muitas vezes abordando mecanismos de prevenção ou defesa. O combate ao spam e o desenvolvimento de mecanismos de prevenção e proteção tornaram-se serviços de destaque oferecidos por provedores de acesso e empresas fabricantes de software/hardware.

Toda essa movimentação em torno do tema fez com que surgissem diferentes fontes de informação e muitas controvérsias a respeito do spam. Controvérsia, aliás, que já começa na origem do nome. Existem três versões, menos populares, a respeito da etimologia que associam o termo spam a acrônimos. A primeira afirma que SPAM significa Sending and Posting Advertisement in Mass, ou "enviar e postar publicidade em massa", a segunda que significa Shit Posing As Mail, ou "porcaria fingindo ser correspondência" e a terceira que significa Single Post to All Messageboards, ou "mensagem única para todos os fóruns de discussão."

Assim como os spams, existem diversas outras versões para o significado do nome e a mais aceita, sendo inclusive endossada pela RFC 2635 (conjunto de diretrizes sobre correspondências e postagens não solicitadas na internet), afirma que o termo originou-se da marca SPAM, um tipo de carne suína enlatada da Hormel Foods Corporation, e foi associado ao envio de mensagens não-solicitadas devido a um quadro do grupo de humoristas ingleses Monty Python.

No quadro, escrito para ironizar o racionamento de comida ocorrido na Inglaterra durante e após a Segunda Guerra Mundial, um casal discute com uma garçonete em um restaurante a respeito da quantidade de SPAM - um dos poucos alimentos excluídos desse racionamento - presente nos pratos. Enquanto o casal pergunta por um prato que não contenha a carne enlatada, a garçonete repete constantemente a palavra "SPAM" para indicar a quantidade. Passado algum tempo, a discussão faz com que um grupo de vikings presentes no restaurante comecem a cantar de maneira operática "SPAM, amado SPAM, glorioso SPAM, maravilhoso SPAM!", impossibilitando qualquer conversa.

Curiosamente, a Hormel Foods Corporation não se posicionou contra o uso do termo spam para designar o envio de mensagens eletrônicas não-solicitadas após sua popularização, mas passou a exigir que a palavra SPAM (assim, em letras maiúsculas) seja reservada para designar seu produto e marca registrada.

Mas, vamos combinar, faz todo o sentido: spam é uma coisa ruim. Imagine carne suína enlatada.



(Fonte: Comitê Gestor da Internet no Brasil)

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