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Bem mais que uma simples resolução de imagem

Muita gente acredita que teve a visão piorada depois que começou a usar smartphones, TVs tela plana e computadores. Muitos especialistas, inclusive, afirmam que essa é uma possibilidade bem grande. De acordo com uma pesquisa publicada no Ophtalmology Journal, até 2050 cerca de 50% da população mundial vai precisar de óculos, e a grande culpada é a tecnologia.

Esse estudo prevê que cerca de 4,8 bilhões de pessoas — o que deve representar 49,8% da população — vão ter algum tipo de problema visual. Em 2010, esse número era próximo aos 2 bilhões e representava 28,3% das pessoas. O principal problema visual encontrado hoje é a miopia e há poucas chances de alguma alteração nesse parâmetro.

De acordo com a matéria publicada no The Telegraph, os pesquisadores afirmam que "mudanças no modo de vida das pessoas resultaram em redução no tempo fora de casa e aumentaram o tempo em atividades próximas ao trabalho", sendo que a proximidade às telas também foi aumentada. Eles afirmam que essa relação é direta, ou seja: mais tempo perto das telas representaria aumento de problemas visuais.

Entretanto, apesar dessa análise, outra pesquisa realizada pela Ohio State University mostra resultados diferentes. Depois de 20 anos analisando perfis diversos em mais de 4,5 mil crianças, os pesquisadores norte-americanos afirmam que "não existe associação" entre tempo em frente às telas e problemas visuais.

Quem será que tem razão?

Antes que a ciência chegue a um consenso, a Netflix, provedor global de filmes e séries de televisão via streaming, resolveu lançar uma solução para esse problema na forma de uma ferramenta chamada Video Multimethod Assessment Fusion (VMAF), capaz de medir a qualidade de vídeo usando como base o próprio olho humano; ou melhor, como nós enxergamos imagens.

Com a ajuda desse software, a Netflix tem como esperança trazer uma medição melhor do que a simples resolução de imagem ou se o filme está em alta definição, e sim alcançar algo agradável para nossa percepção.

Para chegar a essa tecnologia, a Netflix teve que passar por um bom número de estudos. Neles, ela realizou uma série de testes em que pessoas comparavam uma mesma cena em dois níveis de resolução diferentes, avaliando o quão incômoda era a queda de qualidade.

O resultado foi bastante interessante. O fato é que, na hora de mostrar cenas com grandes multidões ou vários objetos, a diferença de qualidade foi quase imperceptível; já no caso de imagens mais próximas, a diferença notada pelos candidatos foi enorme.

Graças a esses dados, a Netflix foi capaz de concluir que três aspectos são essenciais para o desenvolvimento do VMAF. Em primeiro lugar, é preciso ficar atento à perda de fidelidade da imagem em comparação à sua fonte; em segundo, à perda de qualidade dos detalhes na cena. Tudo isso, por fim, é analisado levando em conta os efeitos do movimento em cada quadro.

A Netflix nota, no entanto, que mesmo esse sistema não é infalível. Obviamente, a percepção de qualidade pode ser drasticamente afetada caso você esteja observando um vídeo de baixa resolução em uma TV enorme; além disso, a maneira como o software avalia a qualidade da imagem é resumida, e não consegue notar uma série de quadros ruins na exibição. Como se não fosse suficiente, a qualidade dos próprios vídeos oferecidos no serviço variam drasticamente, dificultando o monitoramento de qualidade.

Mesmo assim, a empresa ainda tem planos de melhorar o VMAF e, considerando um cenário em que você TV a uma distância “padrão”, a ferramenta já funciona muito bem.

Vale notar, por fim, que para ajudar outras empresas, a Netflix disponibilizou seu programa em código aberto, que pode ser baixado clicando aqui, bem como conferir o funcionamento pela mesma página.



(Fontes: The netflix tech blog, zhi li, via Techmundo)

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