Urece não enxerga obstáculos!

Categoria: Ações Sociais

Fez muito sucesso esta matéria sobre o projeto da ONG Urece Esporte, nesta Copa do Mundo, que preparou uma narração especial para um grupo de deficientes visuais contando, a cada segundo por meio de um transmissor de rádio, tudo que estava acontecendo no campo e nas arquibancadas.

Por isso, Saúde Visual resolveu apresentar melhor o trabalho desta associação sem fins lucrativos, baseada no Rio de Janeiro.

A desenvolve aulas e treinamentos esportivos, oficinas e projetos especiais para pessoas com deficiência visual de todas as idades. Ministra aulas de futebol para cegos, goalball e natação.

Mas a ONG não é feita somente para as pessoas com deficiência visual - é também liderada por elas. Desde a fundação em 2005, a Urece se dedica à profissionalização do esporte para pessoas com deficiência visual, ressaltando sempre as potencialidades e as especificidades de cada atleta.

A Associação representa um papel de vanguarda nas questões que envolvem o paradesporto. E participa com seus técnicos e atletas de eventos e competições nos cinco continentes, levando o nome do Brasil, carimbado por um trabalho de excelência, nacional e internacionalmente reconhecido.

Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, a palavra Urece não é uma sigla. É um nome próprio, surgido entre os atletas de futebol como sinônimo de raça, vontade, entrega. Quando a associação estava sendo criada, em uma incubadora de empresas em 2004, o nome surgiu quase como uma imposição dos próprios atletas, que queriam ver confirmado na denominação da nova associação o seu anseio de competirem por uma entidade que os respeitassem e ouvissem.

“Por si só o desporto faz o que o governo tenta através de projetos quase sempre mal-sucedidos de integração do cego à sociedade. Isso porque o esporte tem naturalmente o poder de inclusão”, diz Anderson Dias, Presidente da Urece e Campeão de futebol de 5 nas Paralimpíadas de Atenas, em 2004, Campeão Mundial, em 2000. Dias formou-se em fisioterapia e continua atuando como atleta de futebol e goalball.

A Urece acredita que investir em novos projetos é a chave para o desenvolvimento do esporte paralímpico. Por isso, a equipe acredita e se dedica para transformar sonhos em realidade. Além do futebol para cegos e o goalball, a ONG desenvolve projetos de futebol para mulheres cegas – em 2009, a equipe da Urece foi campeã mundial em Marburg, na Alemanha – e o “Esquiando no escuro”, o esqui na neve para cegos.

Desde sua fundação em 2005, a Urece procura trazer e enviar atletas para intercâmbio esportivo e cultural e, desde 2011, também fez uma importante parceria com a empresa Cambuci – Penalty. Atualmente, a Cambuci não só fornece materiais esportivos para a Urece (uniformes de treinamento e passeio etc), como também está desenvolvendo protótipos inovadores de bolas e chuteiras pensadas, especialmente, para o futebol para atletas cegos.

Mas, além do esporte, a Urece oferece uma série de serviços pensados para facilitar a inclusão das pessoas com deficiência visual. Esses serviços são realizados por profissionais capacitados e todos têm garantia de qualidade.

Para que a sociedade civil possa se unir ao time da Urece, foi criada a campanha TORCEDOR DE PRIMEIRA. Por meio de contribuições mensais, pessoas físicas e jurídicas podem contribuir para a manutenção e ampliação das atividades da ONG.

Afinal, o papel de uma torcida é acompanhar, incentivar, aplaudir e vibrar com seu time. Na Urece, você faz muito mais do que isso: você joga com eles.

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