A Fundação Dorina Nowill, em São Paulo, leva o nome da pedagoga Dorina de Gouvêa Novill que ficou cega aos 17 anos e foi a primeira deficiente visual a estudar em uma escola regular.
Nos anos 40, eram raros os livros em braile no país. Convencidas de que eles eram essenciais para a inclusão do deficiente visual, Dorina e um grupo de amigas criaram a "Fundação para o livro do cego no Brasil", destinada exclusivamente a suprir as necessidades de livros em Braille para estudantes e pessoas cegas. Essas atividades, que inicialmente tiveram o apoio da Cruz Vermelha Brasileira, eram realizadas por um Grupo de Voluntários que transcreviam os livros em Braille por processo manual. Os alunos do Curso de Especialização de Professores para Cegos da Escola Caetano de Campos, liderados por Dorina treinavam os voluntários para esse trabalho. O que era uma pequena gráfica virou a maior editora de livros em braile da América Latina, uma instituição sem fins lucrativos, administrada por voluntários.
Por ano, 64 mil livros são distribuídos gratuitamente para bibliotecas e deficientes visuais em todo o país. Além de publicações em braile, tem também livros digitais e os livros falados. Assim, muitos reaprendem a ler, a entender formas, a se localizar.
Outros dão os primeiros passos. Os bebês são estimulados para evitar atraso no desenvolvimento. Entre consultas e terapias, são 18 mil atendimentos por ano.
Dorina Nowill faleceu aos 91 anos, vitimada por uma parada cardíaca, em outubro de 2010.
(Fonte: Site da fundação Dorina Nowill - http://www.fundacaodorina.org.br/)
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