Os xantelasmas são placas amareladas que se desenvolvem na pele em região periorbital ou palpebral. Essas placas são planas ou ligeiramente elevadas, freqüentemente simétricas e com tendência a serem múltiplas. É o tipo mais comum dos xantomas (que são lesões cutâneas decorrentes do depósito de lipídios na pele). O termo xantelasma é derivado do grego xanthos = amarelo e elasma = placa metálica. O curso evolutivo desta patologia é lento e progressivo, até estacionar-se por completo, sendo raras as involuções espontâneas, o que significa que não vai desaparecer se não for tratada.
Embora essencialmente assintomáticas, elas se iniciam no ângulo interno do olho, disseminando-se daí para o resto da pálpebra, podendo ser grandes o suficiente para cobrir mais da metade das pálpebras superiores e/ou inferiores. O acometimento da pálpebra inferior ocorre com menor freqüência. O que acaba levando o paciente a procurar o serviço médico é justamente o comprometimento da estética facial.
Mas pesquisadores da Dinamarca afirmam que a procura pelo médico deve se basear em motivos além dos estéticos. Eles afirmam que as marcas amarelas nas pálpebras é um sinal de ataque cardíaco e também de outras doenças. A pesquisa mostra que pessoas que possuem lesões cutâneas como o xantelasma tem mais chances que o resto da população de estarem propensas a ter um enfarte.
Algumas pessoas possuem pequenas bolsas em tom amarelo que ficam situadas nas pálpebras que são formadas para servir de depósitos de colesterol. Também indicando que o nível de gordura no corpo está alto, não só na região dos olhos. Essa pesquisa vai ajudar médicos a auxiliar e facilmente diagnosticar grupos de riscos que podem sofrer ataques cardíacos.
Os xantelasmas são mais comuns em mulheres e tendem a aumentar com a idade. Apesar de ser um tipo de xantoma, 50% dos individuos são normolipidêmicos na maioria das vezes, isto é, definidos inicialmente como tendo níveis normais de colesterol e triglicérides. Além disso, o xantelasma ocorre mais em diabéticos do que na população normal.
Especialistas sempre acreditaram que o xantelasma estava associado com anormalidades no metabolismo lipídico quantitativa e qualitativamente, fazendo a deposição de lipídio na pele e na parede arterial. Mesmo quando os níveis de colesterol sérico e de triglicerídeos são normais, o paciente pode apresentar um risco aumentado de doença.
O diagnóstico do xantelasma é essencialmente clínico. O exame para confirmá-lo é a biópsia, revelando a presença de células espumosas e células gigantes de Touton na derme. A pesquisa das anormalidades lipídicas também é indicada para avaliação e seguimento dos pacientes.
(Fonte: Cibersaude)