De acordo com investigadores da Faculdade de Medicina e Oftalmologia da Universidade de Indiana, a densidade do pigmento da mácula varia de acordo com a dieta alimentar, sendo fundamental a luteína na preservação da DMI.
A luteína é um carotenóide antioxidante naturalmente presente em legumes de folha verde escura (espinafre, couve, brócolis) e frutos (laranja, kiwi). Existem cerca de 600 carotenóides conhecidos na natureza, embora apenas 40 a 50 tenham sido identificados na dieta e sendo os mais abundantes a luteína, a zeaxantina, o betacaroteno, o licopeno, o alfacaroteno e a criptoxantina.
A luteína/zeaxantina são carotenóides da família das xantofilas e, ao contrário dos carotenos, as xantofilas não têm atividade pró-vitamínica A. A zeaxantina é um estereoisomero da luteína presente na dieta humana em quantidades muito inferiores à luteína, além do que, a mácula consegue obter zeaxantina a partir da luteína.
De todos os carotenóides presentes no plasma humano, só a luteína/zeaxantina se encontram depositadas no globo ocular, nomeadamente na retina e mácula, constituindo o pigmento macular (PM). A luteína é, assim, o antioxidante predominante no olho, protegendo os tecidos da oxidação ao filtrar a luz azul e ao neutralizar os radicais livres.
O organismo não produz luteína, mas pode obtê-la através da dieta ou através de suplementos dietéticos. Não há nenhuma recomendação oficial sobre a quantidade diária de luteína a ingerir, mas nutricionistas e oftalmologistas recomendam cerca de 6 mg por dia.
Estudos demonstram que o consumo regular de luteína reduz em 48% o risco de desenvolvimento de Degenerescência Macular Relacionada com a Idade (DMRI), uma doença de evolução lenta, progressiva e indolor que afeta de forma irreversível o tecido da mácula e que conduz inevitavelmente à perda de visão.
A idade, o tabaco, a íris clara, a arteriosclerose e uma dieta com baixo teor de vegetais de folha verde constituem fatores de risco para o desenvolvimento de DMRI, já que contribuem para a redução do PM.