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O criador do melhor item da moda do século 20

Nascido numa família judaica em 26 de fevereiro de 1829 no pequeno vilarejo de Buttenheim (Francônia Superior, hoje região da República Federal da Alemanha), Löb Strauß (também grafado, por conversão alfabética, como Loeb Strauss), era filho caçula entre sete irmãos.

Seu pai, Hirsch Strauß, um pobre vendedor-ambulante, morreu em 1846 de gonorreia quando Löb tinha apenas dezesseis anos. Um ano depois, em 1847, a mãe, Rebecca Strauß, decidiu emigrar com três dos seus filhos mais novos para os Estados Unidos, seguindo os dois filhos mais velhos, Jonas e Louis Löb, que já moravam há alguns anos em Nova Iorque como comerciantes para produtos têxteis.

Löb Strauß naturalizou-se estadunidense em 1853, mudando seu nome para Levi Strauss.

Em seus primeiros anos em Nova Iorque, ele passou trabalhando na loja dos seus irmãos mais velhos. Com as primeiras notícias sobre as descobertas de ouro na Califórnia, decidiu abrir em San Francisco uma loja de tecidos e roupas em 1853, junto com seu cunhado David Stern, fundando assim aquela que viria a se tornar a famosa empresa Levi Strauss & Company.

Em 1872 o costureiro Jacob Davis de Reno (Nevada) propôs a Levi Strauss a ideia de reforçar as costuras das calças usadas pelos mineiros com rebites. O sucesso de venda dessas calças foi tão grande que Strauss e Davis decidiram requerer a patente do produto. O dia 20 de maio de 1873 marca o início da história de sucesso da calça jeans, pois nesse dia foi concedido a United States Patent de número 139121 para os assim chamados Waist-Overalls, reforçados com rebites de cobre.

Em 1890, quando a patente dos rebites passou a ser de domínio público, o número 501 - provavelmente relacionado à numeração do primeiro lote de tecidos - foi adotado para designar as já famosas calças fabricadas por Levi Strauss. No início da década seguinte as peças passaram a ter dois bolsos traseiros e, seguindo as mudanças na moda masculina, elas ganharam passadores de cinto em 1922. Para diferenciar os overalls da Levi’s® dos muitos concorrentes no mercado que estavam usando denim escuro e costura arqueada, a redTab (etiqueta vermelha) foi colocada pela primeira vez no bolso traseiro direito das calças em 1936. A palavra LEVI’S® passou a ser costurada em branco, em letras maiúsculas, em apenas um lado. 

Como sabemos, o jeans atravessou as décadas e se tornou um clássico do guarda-roupa masculino (e do feminino também). Tanto que, na virada do milênio, foi eleita pela revista Time o melhor item da moda do século 20, à frente da minissaia e do tubinho preto.

Inicialmente, o jeans teria nascido de um tecido marrom, depois emergido para a cor verde e finalmente para o tradicional “blue”. Já o nome “jeans” surgiu nos anos 50, quando a rebeldia do livro O Apanhador no Campo de Centeio (lançado em 1951 por J. D. Salinger) conquistou a imaginação dos jovens. O conceito de uso do jeans como símbolo de rebeldia jovem e despojada começou no cinema, em filmes que tinham James Dean e Marlon Brando como símbolos de juventude. Nesta época as marcas Levi´s, Lee e Mustang passaram a competir mais fortemente no mercado.

Calvin Klein, na década de 70, foi o primeiro estilista a trabalhar o jeans como tendência de moda nas passarelas, que passou a ser difundido cada vez mais pela praticidade, simplicidade e estilo cômodo e moderno de uso.

Levi Strauss morreu em 26 de setembro de 1902, na sua casa em San Francisco, na qual morava com a família da sua irmã Fanny, deixando para seus sobrinhos Jacob, Louis, Abraham e Sigmund Stern a Levi Strauss & Company. Seu túmulo encontra-se no cemitério Hills of Eternity em Colma, ao sul de San Francisco.

É improvável que ele imaginasse o impacto que a sua invenção teria no cotidiano das pessoas e que a empresa por ele criada fosse, um dia, empregar aproximadamente 10.000 pessoas no mundo, e produzir, além das calças jeans, camisas, boné, cintos, blusas, roupas sociais e, claro, óculos.



(Fonte: GQ Brasil)

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