Na interminável guerra dos sexos entre homens e mulheres até mesmo o campo óptico anda ofertando munição para os debates, como já mostramos nesta matéria.
Apesar de sua postura imparcial, e ainda que se baseando em pesquisas sérias, o fato é que o Saúde Visual tem postado notícias geralmente desfavoráveis às mulheres. Além do já citado acima, onde o professor Isaac Abramov descobriu que os dois sexos têm literalmente uma visão diferente do mundo, também já publicamos este estudo da Universidade de Berkeley (EUA) afirmando que as mulheres é que têm o braço curto, por isso precisam de óculos mais cedo.
Mas as mulheres levam vantagem sobre os homens quando o assunto é daltonismo, uma deficiência visual que impede o indivíduo de enxergar algumas cores. Nos Estados Unidos, um dos poucos países que possuem estatísticas sobre o assunto, um em cada doze homens manifesta algum grau dessa deficiência. Já no sexo feminino a relação é de um caso para cada 250 mulheres.
A explicação pode estar na hereditariedade. O daltonismo está relacionado ao cromossomo (molécula que guarda a informação genética de cada indivíduo) masculino e, por isso, pode ser passado de pai para filho. É uma incapacidade que afeta muito mais os homens do que as mulheres. Dados internacionais apontam que 8% da população masculina mundial são daltônicos.
Como o problema ainda não tem cura, a questão genética abre uma porta da esperança já que a engenharia genética conseguirá localizar a origem exata do problema e o daltonismo, assim, deixará de existir. Mas enquanto isso não acontece, os daltônicos precisam conviver com o problema, que está na retina, uma membrana fina situada no fundo do globo ocular, repleta de fibras nervosas, que recebe e transmite a luz para o cérebro. A luz (solar ou artificial) é composta por diversas cores, as mesmas vistas no arco-íris. Nos daltônicos, alguns raios de luz não chegam à retina com a mesma perfeição de quem enxerga normalmente, dificultando a identificação de certas cores.
Alguns daltônicos não conseguem distinguir os amarelos dos azuis e, em casos mais raros, a pessoa não define nenhuma cor. Mas as mais comuns são as dificuldades para perceber o verde e o vermelho. Em algumas cidades do Brasil ainda existem semáforos com todas as luzes posicionadas horizontalmente. A tendência é que sejam substituídos por semáforos verticais, que orientam o daltônico de acordo com a luminosidade.
Além disso, algumas profissões excluem automaticamente os daltônicos, como os controladores de radar nos aeroportos, pilotos de avião e marinheiros que pretendem conduzir barcos ou navios já que eles não conseguem ler radares com a precisão necessária e podem confundir posições por causa da pouca luminosidade das salas ou cabines.
(Fonte: Portal Dr. Visão)