Sempre que tratamos de doenças oculares em crianças, mencionamos o teste do olhinho. No entanto, por falta de informação, muitos pais que se preocupam com o teste do pezinho não indagam sobre a visão dos seus bebês, que pode estar sendo ameaçada desde o nascimento por diversas patologias facilmente detectáveis.
Pior: segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (), na maioria dos serviços de neonatologia do país, os olhos dos recém-nascidos não são adequadamente examinados. Como resultado, mais de 50% dos recém-nascidos só tem a alteração descoberta quando estão cegos ou quase cegos para o resto da vida.
Foi com o intuito de diminuir esta porcentagem que foi criada nos municípios do Rio de Janeiro e São Paulo, uma lei que exige a realização do “Teste do Reflexo Vermelho” em todos os recém-nascidos, antes da sua alta. Este teste passou a ser conhecido como “Teste do Olhinho”. O Ministério da Saúde recomenda que se faça o teste em todos os bebês recém nascidos, quando tiver mais de 2 dias de vida, mas mesmo assim o exame ainda não é obrigatório em todo o país e, por isso, muitos hospitais não o realizam, cabendo aos pais esta tarefa, recorrendo à clínicas particulares ou oftalmologistas pediátricos. Segundo decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), desde junho de 2010 o pagamento do “Teste do Olhinho” por todos os planos de saúde é obrigatório.
O teste deve ser realizado nas primeiras 48h de vida da criança e é feito de forma não agressiva ou dolorosa, podendo ser realizado em menos de cinco minutos por qualquer pediatra treinado. O único equipamento necessário é um oftalmoscópio direto que emite um foco de luz sobre o olho do bebê, que causa uma percepção de um reflexo vermelho – daí a origem de seu nome original. Sinais coloridos emitidos permitem o diagnóstico do médico na mesma hora.
As alterações identificadas pelo médico durante o teste são encaminhadas para o oftalmologista. Porém, por funcionar como uma triagem, o teste do olhinho não é específico e não isenta a consulta com o oftalmologista, que deve ser feita até o primeiro ano de vida.
(Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria – )