Depois de passar por 140 cidades de 40 países, o projeto “Diálogo no escuro” chega ao Rio de Janeiro, no Museu Histórico Nacional. Através de uma experiência multissensorial de 45 minutos, o público, munido de bengalas e guiado por um deficiente visual, poderá sentir como é viver sem enxergar.
— É uma troca de papéis, um projeto sobre as relações humanas, em que o visitante, na completa escuridão, tem a oportunidade de dialogar e vivenciar a experiência diária de quem não enxerga— afirma Luiz Calina, responsável por trazer a exposição ao Brasil.
A iniciativa, que atualmente emprega 400 deficientes visuais em todo o mundo, foi desenvolvida pelo filósofo alemão Andreas Heinecke há 25 anos. No Rio, a visitação (que pode ser agendada no site do projeto, bastando clicar aqui), dirigida por uma equipe de 11 guias, é feita de maneira individual ou em grupos de até oito pessoas.
— São quatro cenários em três ambientes que simulam a cidade. O visitante tem que usar a audição, o olfato e o tato para se localizar. Queremos mostrar que os deficientes são independentes e capazes. A ideia é estimular a empatia — explica Calina.
A mostra, que também está em cartaz em São Paulo, na Unibes Cultural, segue na Cidade Maravilhosa até o fim de outubro.
O vídeo abaixo (em inglês, sem legendas) explica melhor o projeto. Confira:
(Fonte: RioShow/O Globo)