O ser humano apresenta os dois olhos em posição frontal e com uma certa distância de separação entre eles. A visão binocular, através do uso simultâneo dos dois olhos oferece ao cérebro imagens em ângulos ligeiramente diferentes, com disparidade, que são fundidas, gerando a sensação de visão única, que desencadeia um enriquecimento da visão: a estereopsia, a visão tridimensional, ou o popular 3D, permitindo discernimento dos detalhes da profundidade, do relevo e das distâncias relativas entre os objetos.
Sabendo-se que a visão 3D é o mais alto grau da visão binocular, a tecnologia procurou através do cinema (e de outros meios) criar uma situação visual que se assemelhasse ao que vemos no mundo real.
Mas nem todas as pessoas do planeta conseguem enxergar as imagens tridimensionais, justamente porque possuem dificuldade em realizar a fusão binocular, ou seja, as imagens não chegam ao cérebro da maneira correta: Quando os olhos não estão alinhados perfeitamente, a estereopsia é afetada e, consequentemente, a fusão fica debilitada. Especialistas afimam que quanto maior o desvio ocular do paciente, menor será a capacidade de fusão. Assim, a grande maioria dos pacientes com estrabismo moderado ou grave não pode enxergar as três dimensões.
Mesmo após cirurgias para correção do problema, os pacientes estrábicos não conseguem resolver a falha na fusão ocular. Isso acontece porque as cirurgias de estrabismo são procedimentos estéticos, e a imagem captada continua sendo formada com desvios no interior dos olhos.
Porém, mesmo quem não consegue enxergar as três dimensões dos filmes, precisa utilizar os óculos para que as imagens não sejam vistas de maneira duplicada. As duas lentes dos óculos 3D fazem a junção da imagem no seu cérebro, mas a estereopsia não age com total eficiência, por isso a profundidade é menos percebida.
(Fonte: WebMD)