As águas de março sem poesia e com doenças oculares

Março chegou e, com ele, as famosas águas que vão fechar o verão, conforme eternizou Tom Jobim. E são nestes períodos chuvosos do verão que os olhos mais sofrem.

A química é simples: se o calor facilita a proliferação de bactérias, os ambientes fechados durante as chuvas criam condições favoráveis para a disseminação de vírus. Com isso, o resultado não poderia ser outro pois, além da conjuntivite bacteriana ser mais comum no verão, a maioria das consultas com oftalmologistas por conjuntivite viral é decorrente do maior volume de chuvas.

Decorrente de uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte interna da pálpebra e a esclera (a parte branca do olho), a conjuntivite apresenta alguns sintomas característicos, como olhos vermelhos, irritação coceira, pálpebras inchadas e aversão à luz. Na conjuntivite viral o lacrimejamento é intenso enquanto que na bacteriana surge uma secreção amarelada que chega a colar as pálpebras. Em qualquer caso, porém, é sempre importante consultar um oftalmologista.

Outras doenças ligadas ao excesso de chuva e às enchentes decorrentes dos temporais típicos de verão - e que podem afetar os olhos - são a hepatite A, a dengue e a leptospirose. No caso desta última, os olhos revelam o grau de contaminação, pois, caso fiquem amarelados, por exemplo, é porque a internação imediata faz-se necessária.

Já a hepatite A pode causar neurite óptica, inflamação do nervo óptico que pode causar perda parcial ou total da visão e cujos sintomas são alteração na visão de cores, queda da acuidade visual e dor nos olhos. No caso da dengue o risco para a visão está na hemorragia ocular e pela oclusão vascular, causada pelo deposito der anticorpos nas paredes internas dos vasos e artérias.

Portanto, quem se deixar levar pelas águas de março e contrair qualquer uma destas doenças deve, além do tratamento convencional recomendado, consultar um oftalmologista e fazer exames como o de fundo de olho.


(Fonte: Plena Mulher)

Retina de surdos possui maior campo de visão

É comum as pessoas afirmarem que a falta de um dos sentidos é compensada pela ampliação de outro. Significa dizer que um cego ouve melhor do que uma pessoa com visão. Esta ideia ganhou força depois que um estudo da Universidade de McMaster, EUA, verificou que as pessoas processariam um sentido mais rapidamente sem enxergar, já que o cérebro exige uma fração de segundo para registrar uma visão, um som ou o toque. Neste caso, os resultados revelaram que, de alguma forma, o cérebro se adapta à ausência de visão acelerando o sentido de toque.

Agora a teoria popular ganhou mais um reforço. Pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, descobriram que os neurônios da retina dos surdos são distribuídos de forma diferente, aumentando seu campo de visão periférica. Isto lhes dá uma maior percepção sobre o que está acontecendo ao redor. A equipe também notou o alargamento de uma área do nervo óptico, o que mostra que os surdos têm mais neurônios transmitindo informações visuais.

Ou seja, os deficientes auditivos enxergam melhor que pessoas com audição normal.

A equipe analisou a retina de adultos que nasceram surdos ou que ficaram surdos nos primeiros anos de vida. De acordo com Charlotte Codina, autora do estudo, embora todas as células da retina já estejam presentes desde o nascimento, nos primeiros anos de vida, elas não são localizadas exatamente onde precisam estar e podem se mover nos primeiros anos de vida.

Os surdos, em comparação com pessoas capazes de escutar, apresentaram menos neurônios direcionados para a visão central e mais deles para a visão periférica, o que fez a equipe de Charlotte acreditar que entre os surdos este padrão é mudado para facilitar a visão periférica. Segundo ela, é provável que a conexão neural no nervo óptico seja priorizada porque não existe uma competição para as informações auditivas.

Publicado no periódico científico "Plos One" este estudo é o primeiro a relacionar a surdez com mudanças na retina. No entanto, como o ele foi realizado apenas com pessoas que nasceram surdas ou perderam a audição na infância, não se sabe ainda se a retina também se altera em pessoas que ficaram surdas na fase adulta.


(Portal iG)

Vovó ver a uva é coisa do passado...

O Oculus Rift é um projeto de Palmer Luckey que recebeu quase US$ 2,5 milhões em financiamento via Kickstarter. Inicialmente previstas para dezembro, as primeiras unidades para desenvolvedores só chegaram ao final de março.

Trata-se de uma espécie de óculos com fones de ouvidos acoplados que coloca a realidade virtual bem à frente dos seus olhos. Apresentado como “a vanguarda da realidade virtual para jogos de vídeo” e considerado tremendamente ambicioso, o projeto já chama a atenção de desenvolvedores de games, como Crysis e Half-Life 2, devidamente adaptados para rodarem nestes óculos de realidade virtual.

Os controles de movimento são compostos por um microcontrolador, um rastreador de movimento de seis eixos, e o que parece ser um magnetômetro de três eixos, usado junto ao acelerômetro para estabilizar os óculos enquanto o usuário move a cabeça. A caixa de controle – a forma pela qual o Oculus Rift se conecta ao computador – tem entradas HDMI, DVI, mini-USB e DC-in.

Especialistas estão interessados em ver como serão as versões finais para consumidor – especialmente quanto à tela. Ainda assim, é animador saber que as versões para os desenvolvedores – que agora custam US$ 300 na pré-venda – já são bem funcionais.

Um destes desenvolvedores resolveu testar o equipamento em sua avó, de 90 anos, apresentando a ela uma viagem virtual à cidade de Toscana, na Itália. A vovó fica maravilhada com a tecnologia, não consegue acreditar como é sensacional e se diverte com as imagens, enquanto manifesta sua surpresa através de comentários como “Oh, meu senhor! Estas imagens foram tiradas em Toscana??”, “Isso é demais. E eu ainda estou sentada onde eu estava?!” e “Não parece que você pode esticar a mão e tocar no poste? Mas pode apostar que sim, menino. E eu ainda estou encantada com as folhas se mexendo”.

Paul Rivot, o neto, afirmou que “estava esperando sua avó a sentir tonturas depois de tirar o fone de ouvido”, mas isso não aconteceu. Segundo ele, o Oculus alcançou uma taxa de atualização rápida para envio de informações espacialmente correta para cada olho, resolvendo o problema das vertigens.

Se o futuro do Oculus Rift ainda é incerto como uma tecnologia para jogos, certamente já mudou o conceito de Realidade Virtual, ao descartar os efeitos nocivos dos displays 3D.

Assista ao vídeo da vovó se divertindo na Toscana virtual.

 

(Fonte: Gizmodo)

A linguagem como instrumento de inclusão das pessoas com deficiência

Em 2012, durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a presidente Dilma Roussef foi vaiada quando chamou pessoas com deficiência de "portadores de deficiência”. Foi um ato falho, mas que rendeu, além do desconforto das vaias, um debate em torno da terminologia correta que deve ser utilizada para designar pessoas com deficiência.

Recentemente, Saúde Visual recebeu uma mensagem questionando a respeito deste assunto. A postura do ‘politicamente correto’ acaba por pegar muita gente de surpresa. O que valia antes, não vale mais e pode ser até considerado preconceituoso. A terminologia voltada para pessoas com deficiência é uma das mais delicadas. Muitas pessoas, mesmo as com deficiência, ainda que sem querer, utilizam termos conceitualmente inadequados para designar pessoas que possuem algum tipo de deficiência.

O motivo está na própria evolução da terminologia, que foi se amoldando à sua época. Até o ano de 1980, eram utilizados termos como excepcional, aleijado, defeituoso, incapacitado ou inválido. A partir de 1981, devido ao Ano Internacional e da Década das Pessoas Deficientes (1983-1992), estabelecido pela ONU, passou-se a utilizar o termo ‘deficientes’. Em meados dos anos 80, entraram em uso as expressões pessoa ‘portadora de deficiência’ e ‘portadores de deficiência’. Somente em meados da década de 1990, a terminologia utilizada passou a ser ‘pessoas com deficiência’, que permanece até hoje.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência procura incentivar o uso da terminologia correta, oficial e proposta pelas próprias pessoas com deficiência que colaboraram na construção deste tratado que foi aprovado pela Assembleia da ONU em 2006, assinado pelo Brasil e outros 80 países em 2007 e ratificado em 2008 pelo Congresso Nacional.

Esta convenção oficializou o termo "pessoas com deficiência" em seu próprio título, além de o reafirmar em todos os seus artigos.

Logo no primeiro, por exemplo, o texto afirma que “o propósito da presente Convenção é o de promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua inerente dignidade”. E, em seguida, confirma: “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”.

Com este conceito, pretende-se que a palavra “portadora” não seja mais utilizada nem como substantivo nem como adjetivo. Em seu livro “Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos”, o prof. Romeu Sassaki, ativista no movimento das pessoas com deficiência, lembra que “a condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o verbo "portar" como o substantivo ou o adjetivo "portadora" não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa”. O professor cita, como exemplo, que não falamos e nem escrevemos que uma certa pessoa é “portadora de olhos verdes ou pele morena".

Assim como a terminologia vai se moldando à sua época, a própria pessoa com deficiência vai se firmando por suas qualidades e não mais pela equivocada imagem de fragilidade. Neste processo, a linguagem faz seu papel inclusivo, integrando os deficientes à sociedade – e vice-versa.


(Fonte: Bengala Solidária)

Videogame para cegos: dá Hadouken, Ryu!

Quem gosta de videogames conhece o clássico Street Figther e um de seus lutadores, o Ryu, com seu famoso Hadouken. Mas o que muitos fanáticos por jogos eletrônicos não sabe é que Ryu aplica seu golpe fatal também para os deficientes visuais. Sim, cegos jogam videogame que, além de divertir, ajuda o deficiente visual a aguçar seus sentidos!

O "Street Fighter II: Imagination Sound Game" da Bandai é uma espécie de portátil em que se joga apenas pelos sons - e com a força da imaginação de quem está jogando. Se o jogador escolher o já mencionado Ryu, ele poderá fazer o “quarto de lua para frente" mais o botão de soco, o que resultará no Hadouken. O aparelho tem um direcional, um botão de soco e um de chute, e quando os comandos são dados, o aparelho emite o som do golpe e o dano causado. Dependendo deste dano, aliás, um narrador anuncia a vitória ou a derrota. Depois de três lutas, tem até o round bônus com direito ao som do carro quebrando e tudo que um bom gamer tem direito.

Também na área de videogames para cegos, a Universidade de Nevada, em Reno, nos EUA, desenvolveu um software de jogos para crianças com deficiência visual batizado de VI Fit. Trata-se de uma adaptação de jogos populares do Nintendo Wii Sports desenvolvida pelo departamento de engenharia e ciência da computação para ajudar crianças que não enxergam a se exercitarem e, assim, manter a saúde através dos videogames. O sistema oferece jogos como tênis e boliche baseados na sensibilidade de movimentos. Os dois jogos são os primeiros de uma série que está em processo de desenvolvimento.

Eelke Folmer, líder da equipe de pesquisa do sistema, disse que "a falta de visão constitui uma barreira significativa para a participação em atividade física e, consequentemente, crianças com deficiências visuais costumam ter taxas altas de obesidade e doenças relacionadas a ela, como por exemplo o diabetes". Para jogar é preciso ter a posse de um videogame Wii e o controle especial, que não é muito caro. O jogo de tênis foi testado em 13 crianças com deficiência visual e a avaliação dos resultados demonstrou altos níveis de gasto de energia ativa, o que é um benefício à saúde. Enquanto que, no jogo de boliche, os níveis de gasto energético mostraram ser os mesmos de uma caminhada.

Mas se você está surpreso sobre a existência de videogames para cegos, saiba que um grupo de jovens de Brasília também entrou neste segmento por acreditar que os jogos que existem hoje não satisfazem os anseios dos deficientes visuais na questão da acessibilidade.

Batizado de "Herocopter" o jogo, desenvolvido pela IDevelop, é um simulador de helicóptero. Quem pilota deve resgatar o maior número de pessoas em seis fases diferentes durante um tsunami, um terremoto ou um furacão. Há um copiloto que diz (por enquanto, só em inglês) onde estão as pessoas que o jogador deve resgatar. Para jogar, basta ter o programa instalado no computador, um fone de ouvido e um sensor de movimentos.

Um dos criadores do jogo é Juliano César Ribeiro, analista de tecnologia, cego desde bebê por conta de um erro médico. Interessado por títulos de aventura como Resident evil e Battle field, ele teve de deixar de lado as tramas mais complicadas e jogar apenas as que não exigiam tanto da visão. “Fico perdido num jogo convencional, e os audiogames não acompanham a evolução do mercado”, confessa Juliano.

Em 2011, em um curso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Juliano pôde dividir essa frustração com um grupo de pessoas dispostas a mudar este quadro. Seu professor, o empresário Bruno Kenj, sócio-fundador da IDevelop, procurava uma ideia original para participar de uma competição internacional e viu na dificuldade de Juliano uma oportunidade de contribuir com algo novo. Depois de oito meses de trabalho, nasceu o Herocopter, um game para computador criado especialmente para deficientes visuais, utilizando o controle Kinect.

Para quem não sabe, o Kinect é um acessório do videogame Xbox que detecta gestos. Para Bruno Kenj, o Kinect estimula a coordenação motora e determinados exercícios já que o helicóptero do jogo é controlado por meio dos movimentos do corpo do jogador.

Bruno também explicou que a novidade deste projeto fica por conta do áudio do jogo, que é em 3D, com noção de profundidade, o que permite que cegos entendam onde estão os obstáculos e as metas. “É um sensor de movimento que capta áudio também. É um aparelho de custo baixo pelo desempenho que ele promove”, diz ele que pretende que “Herocopter” seja distribuído na internet. A ideia é comercializar por download, usando a plataforma Xbox Live, da Microsoft.

O jogo ainda está sendo traduzido para o português e não está no mercado porque precisa de patrocínio para ser lançado. Hadouken!

 

 

(Fonte: Folha de São Paulo)

Um jardim do mais puro amor

A vida do senhor e da senhora Kuroki, no Japão, sempre foi simples. Vindos de família rural, eles seguem morando em um sítio e, há alguns anos, convivem com o fato dela ter ficado cega por conta de uma diabetes.

Como já mostramos neste artigo, de todas as alterações oculares relacionadas ao diabetes, a retinopatia é a mais temida por ser geralmente silenciosa, pela frequência em que ocorre e pela gravidade, ou seja, se não tratada pode levar a perda parcial ou total da visão. A Retinopatia Diabética é caracterizada por alterações vasculares, que provocam lesões na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual.

Tentando animar a vida da esposa, o senhor Kuroki passou dois anos de sua vida plantando flores para que ela pudesse sentir o cheiro delas. Tudo isso porque sua mulher amava as flores rosas quando ainda enxergava.

O resultado de tanto esforço e amor foi um jardim impecável, lotado de flores e que mostra de forma contundente toda a paixão entre os dois.

Confira as imagens e sinta a força desta linda ação (clique nas imagens para ampliá-las):


(Fonte: Yahoo! Notícias)

2050 - O ano da Miopia

Saúde Visual já mostrou neste artigo um estudo publicado recentemente no British Journal of Ophthalmology indica que haverá 80 milhões de pessoas sofrendo de glaucoma em 2020. Os mais afetados pela doença são mulheres, asiáticos e africanos.

Mas as previsões pessimistas com relação à visão não param por aí.

Em 2050, metade da população mundial terá miopia, problema que cria dificuldade de enxergar à distância. A estimativa é da Academia Americana de Oftalmologia (AAO), a partir de uma metanálise de 145 estudos cobrindo 2,1 milhões de participantes, divulgada por um grupo de pesquisadores da organização. O documento afirma, também, que 10% da população mundial deverá ter alta miopia, condição que abre porta para graves doenças oculares.

A metanálise estima que, no já mencionado ano de 2020, a prevalência de míopes no Brasil será de 27,7%, e nos EUA, de 42,1%. O problema deve se agravar até 2050, quando 50,7% dos brasileiros serão míopes, e 58,4% dos americanos, também, de acordo com a previsão da entidade. Isso significa que, nos próximos 34 anos, a incidência deve aumentar 83% no Brasil, e 20% nos EUA.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, esse cenário indica um grave problema de saúde pública no país, que ele chega a chamar de "epidemia de miopia". A preocupação deve-se ao fato de que, quando acima dos 6 graus, o risco de descolamento da retina, catarata, glaucoma e degeneração macular aumenta. Como a miopia é uma condição, e não uma doença, ela não tem cura. Mas precisa ser corrigida com óculos, lentes ou cirurgia, dependendo do caso.

Segundo Queiroz Neto, a miopia poder ser causada pelo estilo de vida, além da herança genética.

— O uso intensivo do computador e outras tecnologias é um dos fatores relacionado ao aumento da miopia no mundo todo — destaca ele.

Um estudo realizado pelo oftalmologista com 360 crianças de 6 a 9 anos mostra que o uso intensivo do computador aumentou a dificuldade de enxergar à distância em 21%, contra a prevalência de 12% apontada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) para esta idade.

O especialista explica que se trata de uma miopia acomodativa. Está relacionada ao esforço para enxergar de perto e pode ser revertida com mudança de hábitos. Para que a visão não fique acomodada a enxergar só o que está próximo, destaca ele, a cada hora de uso do computador, videogame, smartphone ou outra tecnologia por crianças, é recomendado descansar de 20 a 30 minutos. A maior acomodação do olho na infância torna a visita anual ao oftalmologista obrigatória. Os pais também devem estimulá-las a praticar de atividades ao ar livre. Isso porque, até 8 anos de idade, a visão está em processo de desenvolvimento e precisa ser utilizada para todas as distâncias.

Queiroz Neto afirma, ainda, que a alimentação é outro fator que predispõe à miopia. O consumo exagerado de açúcar aumenta a produção de insulina e pode interferir no crescimento do eixo óptico onde as imagens são projetadas. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é consumir seis colheres de chá de açúcar por dia.

E pode piorar: se as previsões feitas pelo Instituto Brien Holden Vision se confirmarem, 1 bilhão de pessoas podem ser consideradas cegas nas próximas décadas.

Para realizar essas estimativas, o instituto analisou artigos sobre miopia que foram publicados em diversos países, desde 1995. O estudo levou em consideração os picos de surgimento da deficiência, o aumento da população e a urbanização de várias regiões. Não à toa, o crescimento das cidades e uso sistemático de computadores são algumas das causas para a o aumento da miopia, avalia o instituto.

Na maioria dos casos, a miopia começa aos seis anos de idade, mas pode surgir repentinamente em adultos com idades entre 20 a 40 anos. Para reverter a situação, o estudo aconselha que pais levem seus filhos regularmente a oftalmologistas, assim como o governo deve reforçar campanhas de prevenção a problemas de visão. Outra saída é diminuir o tempo em que passamos em frente ao computador, ou usar óculos o resto da vida.



(Fonte: O Globo)

Lentes de contato: a nova onda da estética odontológica

Já apresentamos neste artigo a inversão da Lei de Talião em mais uma inusitada técnica criada pelos oftalmologistas. De “olho por olho, dente por dente”, temos “olho por dente e dente no olho”. Conhecida como Osteo Odonto Kerato Prosthesis (OKPP, na sigla em inglês), este complicado procedimento cirúrgico prevê a extração de um dente do paciente, a abertura de um buraco no dente e a inserção da lente no buraco.

Agora, a onda da estética odontológica são os laminados de porcelana: pequenas peças confeccionadas artesanalmente ou por meio de impressoras 3D, que custam entre 1 800 e 5 000 reais cada uma, dependendo do profissional. Elas têm de 0,2 a 0,5 milímetros de espessura e são colocadas sobre o esmalte com cola especial, dente por dente.

Trata-se de uma estrutura definitiva, que raramente cai, e requer uma manutenção simples, como a limpeza. As mais finas, que não precisam de desgaste dental antes da colocação, são chamadas de lentes de contato. As grossas ficaram conhecidas como facetas e precisam de brocas (o famigerado motorzinho) no processo.

Esse tratamento, é preciso dizer, nem sempre tem a ver com saúde bucal, como aconteceu com outras modas do gênero. Há cerca de meio século, a tendência entre alguns grupos era enfeitar a arcada: nos anos 60, com capas de ouro, e, nos 80, por meio dos grillz, revestimentos metálicos popularizados pelos rappers. Neste milênio, houve quem buscasse repetir com raspagem o vão entre os incisivos superiores da cantora Madonna e da modelo Georgia May, filha de Mick Jagger.

Quem decide usar lente de contato nos dentes deve se preparar para ter o rosto esquadrinhado. Calcula-se o espaçamento dos olhos, o tamanho do nariz, a cor da pele, e por aí vai. E quem se aventurar vale mesmo ficar atento aos exageros: nessa moda, quem ri por último nem sempre está rindo melhor.



(Fonte: Veja São Paulo)

The sound of... vision

Talvez você goste de “A noviça rebelde”. Mesmo não gostando, é muito provável que, conhecendo o tema de abertura do filme (cuja primeira frase é o título desta matéria, devidamente parafraseada) e vendo a foto de Julie Andrews com os braços abertos, na cena clássica sobre as montanhas austríacas, imediatamente “ouviu” a canção de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II ecoar em sua cabeça nitidamente. Talvez até tenha assobiado um trechinho.

Muitas pesquisas já tentaram explicar a forma pela qual as pessoas processam os sons e a visão de forma conjunta para perceber o mundo complexo ao seu redor. Este estudo do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), por exemplo, concluiu que a região cerebral associada especificamente à visão era diretamente afetada pelos estímulos auditivos.

Acontece que John J. McDonald, Ph.D., doutorando do laboratório de Steven Hillyard, Ph.D., professor de neurociências e coautor de um estudo realizado na Escola de Medicina da UCSD, percebeu que a maioria destas pesquisas anteriores focava apenas um sentido, como a visão, a audição ou o tato. Ele resolveu, então, estudar o papel da atenção em situações mais realísticas e as conexões específicas entre som e visão. E descobriu que a atenção direcionada para um som também aumenta a habilidade individual de visão. Ou seja, ao "ouvir" Julie Andrews cantando, ainda que apenas na sua cabeça, você prestou mais atenção a este artigo.

McDonald, juntamente com um grupo de neurocientistas, conduziu 2 experimentos com 33 voluntários que tinham que indicar se uma luz obscura e turva aparecia logo após a emissão de um som. O som e a luz apareciam do mesmo lado ou em lados diferentes da direção de contemplação. Para eliminar possíveis suposições dos participantes, foi adotado um modelo matemático, denominado teoria de detecção de sinais. Os pesquisadores descobriram que a luz era detectada com maior precisão quando aparecia do mesmo lado do som.

Segundo McDonald, o experimento revelou que “aquilo que as pessoas ouvem influencia significativamente aquilo que veem”. “Por muitos anos, os pesquisadores souberam que o cérebro integra as informações recebidas de múltiplos estímulos do ambiente, ignorando a informação não essencial”, afirma o doutor. E prossegue afirmando que “ainda não entendemos os processos que nos capacitam a prestar atenção seletivamente a eventos que ocorrem em modalidades diferentes”. “Neste estudo, descobrimos que prestar atenção a um som repentino aumenta a capacidade de resposta a um estímulo visual que surge no mesmo local”, conclui ele.

O estudo, publicado na revista Nature, fornece importantes informações sobre as atividades normais do cérebro, levando ao melhor entendimento do papel que a atenção possui em disfunções neurológicas, tais como o distúrbio do déficit de atenção e a esquizofrenia. Outra aplicação em potencial está no ambiente de trabalho, no projeto de sistemas de alarme e interfaces homem-máquina, onde a atenção é crucial.

Por isso, McDonald acredita que “conforme continuamos a aprender a forma pela qual os indivíduos percebem os múltiplos estímulos que ocorrem ao seu redor, teremos dados sobre a função normal do cérebro para comparar e ajudar a entender as condições anormais, tais como o distúrbio de déficit da atenção”. Com este intuito os pesquisadores também gravaram as respostas cerebrais aos estímulos sonoros e luminosos para avaliar se prestar atenção ao som influencia a atividade neural das áreas visuais do cérebro.

Agora, um momento “Olhos Curiosos”: vencedor de 5 Oscar, A noviça rebelde ("The sound of music", 1965) conta a história verídica da família de cantores Von Trapp. O filme foi inspirado no livro escrito na década de 1950 pela matriarca Maria von Trapp – a personagem interpretada no filme de Robert Wise por Julie Andrews.


(Fonte: Revista Nature)

O horário de verão terminou. Oba! Oba?

Com o fim do horário de verão, alguns vão comemorar o fato de não precisar mais acordar de “madrugada” enquanto se despendem do dia que escurece mais tarde. O fato é que o horário de verão, que foi adotado primeiramente em 1916 na Alemanha, divide a opinião dos brasileiros já que muita gente tem dificuldade de se adaptar à mudança de horário.

As alterações sentidas pelo organismo tanto no começo quanto no fim do horário de verão são por causa de hormônios como o cortisol e a melatonina, que regem o nosso relógio biológico e são secretados de acordo com o tempo de exposição ao sol e à escuridão. Como todo o metabolismo do organismo passa a se pautar de acordo com as taxas de secreção desses hormônios, quando uma hora do dia é suprimida ou acrescentada, esse metabolismo também sofre com estas mudanças.

Os efeitos dessas mudanças vão desde alterações no sono, que podem causar irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até o aumento da instabilidade vascular. Além dos idosos, as mulheres sentem bastante as mudanças de horário, pois têm diversas oscilações no organismo relacionadas à produção de hormônios. Para os olhos, o maior perigo está no aumento do cortisol e do colesterol já que podem ocluir os vasos da retina e impedir que os nutrientes cheguem à membrana. Em logo prazo, esta alteração leva à degeneração da retina.

No Brasil, o horário de verão começou a ser utilizado em 1931, visando à economia de energia. Existem pesquisas mostrando que a maioria da população aprova o horário e, por isso, não está nos planos do governo acabar com esta medida.

Portanto, a turma do “contra” deve se preparar para a mudança no relógio e tentar dormir 10 minutos mais cedo por dia para que, no final de alguns dias, estes minutos possam render a diferença de 1 hora sem que o corpo note a diferença.  


(Fonte: Agência Brasil)

Cada viagem, um flash!

Cientistas americanos acreditam ter descoberto uma técnica que pode ser a chave para se combater de forma mais eficiente o que é conhecido como jet lag - a sensação de fadiga que acomete quem viaja para lugares de fusos horários muito diferentes.

De acordo com pesquisadores da Universidade de Stanford, a técnica consistiria na exposição dos viajantes a flashes de luz fortes e curtos, que ajudariam o cérebro a ajustar seu relógio biológico.

A técnica teria sido testada em 39 voluntários, que, como resultado, teriam tido seu relógio biológico "reajustado" em cerca de duas horas após uma hora de exposição aos flashes de luz, segundo os cientistas.

Os corpos de todas as pessoas estão sincronizados segundo o padrão de noite e dia do lugar em que elas vivem. Por isso, quando viajamos para um lugar com outro fuso horário, nossos relógios biológicos precisam ser "reajustados". É verdade que esse reajuste é relativamente simples quando atravessamos um ou dois fusos horários. Mas viagens para lugares muito distantes costumam deixar o organismo desnorteado.

Entre os efeitos do jet lag que podem durar dias estão cansaço, irritabilidade e sensação de desorientação.

Hoje, para tentar evitar esses sintomas, algumas pessoas tomam pílulas de melatonina - que tentam reproduzir o efeito do hormônio que sinaliza a noite para o indivíduo e é produzido no período noturno, na ausência de luz. Outras tentam a fototerapia – caixas de luz que simulam a luz solar.

Para o doutor Jamie Zeitzer e seus colegas da Faculdade de Medicina de Stanford, porém, os resultados de seu experimento mostram que dormir na frente de aparelhos que emitem flashes de luz é uma técnica muito mais eficiente.

Durante a fase de testes da nova técnica, eles pediram que os 39 voluntários fossem dormir e acordassem exatamente no mesmo horário por duas semanas.

Em seguida, eles tiveram de dormir no laboratório, onde alguns foram expostos a uma luz contínua e outros a esses flashes de luz muito rápidos, semelhantes ao flash de uma máquina fotográfica.

Os integrantes do segundo grupo relataram que, na noite seguinte, acabaram atrasando seu sono em cerca de duas horas, enquanto no primeiro grupo o atraso foi de 36 minutos em média.

Segundo Zeitzer, a técnica funciona porque os flashes de luz atravessam a retina e chegam ao fundo do olho, atingindo células que se comunicam com a parte do cérebro que comanda o relógio biológico.

A luz "enganaria" o cérebro, fazendo-o acreditar que o dia seria mais longo do que realmente é.

"Esse pode ser um novo método para nos ajustarmos às mudanças de fuso horário mais rapidamente", diz o pesquisador.

Stuart Peirson, especialista em neurociência da Universidade de Oxford, se diz "surpreso" com os resultados do experimento.

"É ótimo ver avanços nessa área se traduzindo em tratamentos eficazes", afirma. "Normalmente você teria de sentar por horas na frente de uma caixa de luz que simula a luz solar (para ter um efeito como esse)."

Esta não é a primeira vez que cientistas pesquisam um fim para o jet lag. Como mostramos nesta matéria, pesquisadores da Universidade de Flinders, na Austrália, conseguiram desenvolver um dispositivo capaz de diminuir a sensação de jet lag e até ajudar pessoas com insônia a dormir melhor, o Re-timer.



(Fonte: G1)

Distrofia de Cones - a esperança está na biogenética

Saúde Visual recebeu, através de sua página na rede social , o emcionante relato da leitora Marisa Bondan, do Rio Grande do Sul.

“Meu filho tem distrofia de cones e bastonetes e já perdeu uma vista. A médica disse que ele pode perder a visão de uma hora para outra. E a irmã que tem o mesmo problema”, desabafa ela.

A esperança de Marisa está no tratamento com células tronco. Esperança dela e de todos que sofrem com esta doença.

As distrofias de cones e bastões (CRDs) são distrofias hereditárias da retina. São incluídas no grupo da retinite pigmentosa, e, de forma mais geral, no das retinopatias pigmentárias. Como tais, caracterizam-se pela presença de depósitos de pigmentos na retina, visíveis na exploração do fundus (parte maior de um órgão oco que está mais afastada da abertura do órgão), que se localizam predominantemente na região da mácula.

Diferentemente das retinites pigmentosas típicas (também conhecidas como distrofias de bastão-cone, RCDs), que são o resultado de uma perda primária de função dos fotorreceptores dos bastões, seguida por uma perda secundária da função dos fotorreceptores dos cones, as CRDs refletem uma implicação primária dos cones ou com uma perda de função concomitante de cones e bastões. Isso explica a natureza dos sintomas das CRDs como agudeza visual diminuída, defeitos na visão das cores, foto-aversão e diminuição da sensibilidade no centro do campo visual, seguido por uma perda da visão periférica e cegueira noturna. Portanto, o curso clínico das CRDs costuma ser mais grave e rápido que o das distrofias de bastão-cone.

Esta doença provoca uma cegueira mais prematura (agudeza visual inferior a 20/200) e invalidez. Na etapa final, contudo, as CRDs não são diferentes das RCDs. As CRDs não costumam ser sindrômicas, ainda que possam formar parte de diversas síndromes, tais como a de Bardet-Bield e a ataxia cerebelar SCA7. As CRDs não sindrômicas são geneticamente heterogêneas, com 10 genes clonados e três loci identificados.

Entre os genes já clonados foram identificados quatro genes principais para as CRDs: ABCA4, que provoca a doença de Stargardt, além de 30 a 60% das CRDs autossômicas recessivas; CRX e GUCY2D, que são responsáveis por muitos casos de CRDs autossômicas dominantes; e RPGR, que provoca cerca de 2 terços das RPs ligadas ao cromossomo X, além de uma porcentagem não determinada das CRDs ligadas ao X.

Os principais sinais e sintomas da doença são:

  • Diminuição da acuidade visual quando se olha para frente (perda de visão central)
  • Perda da percepção das cores
  • Sensibilidade anormal à luz (fotofobia)
  • Perda progressiva da visão periférica
  • Cegueira noturna.

Por ser uma doença genética, a Distrofia de Cones dificulta e limita a linha de tratamento para médicos e cientistas. Hoje, o portador da doença só pode controlar e contornar as dificuldades através da ingestão de vitaminas à base de luteína e antioxidantes, que retardam o envelhecimento das células. Ele também pode recorrer ao uso de instrumentos ópticos que aumentem imagens e textos.

Hoje, já existem estudos na área de biogenética que podem trazer futuros ganhos para a cura de doenças genéticas. Uma das linhas de pesquisa é a terapia gênica em distrofias hereditárias da retina, que visa a introduzir material genético manipulado para recuperar a função de um gene danificado, atribuir uma nova atividade gênica ou potencializar a atividade dos genes ativos.

Outro importante avanço anunciado recentemente por cientistas japoneses foi a produção de retina em laboratório, através da manipulação de células tronco embrionárias (CTE) de camundongos. As CTE, com alto potencial de transformação em qualquer tecido do organismo, significam um caminho promissor para restituir funções vitais a deficientes visuais.

Essas pesquisas, ainda em patamar inicial de desenvolvimento e fase de experimentação com animais, geram um clima de esperança para pacientes e médicos. E só.

Infelizmente, atualmente não existe nenhuma terapia que pare a evolução da distrofia cone-bastonete ou que restaure a visão. Opções de tratamento são pouquíssimas.

Como ação paliativa, porém, especialistas orientam que se evite a luz. O uso de auxílios ópticos também podem ajudar a retardar o processo degenerativo.

E é MUITO importante que os portadores desta patologia recebam apoio de forma a lidarem com o impacto social e psicológico da perda da visão.



(Fontes: Ufrj & Centro de Genomas)

Descoberto novo tipo de câncer de olho que afeta bebês

O retinoblastoma é um tumor maligno que pode aparecer em crianças com idade inferior a cinco anos. A doença pode ser congênita ou manifestar-se nos primeiros anos de vida das crianças e afetar os dois olhos ou apenas um deles. Da mesma forma que acontece nos casos de catarata e no glaucoma congênitos, o sinal característico do retinoblastoma é a leucocoria, ou seja, um reflexo branco semelhante ao do olho do gato, quando um feixe de luz artificial ou de um flash incide através da pupila. Nos olhos saudáveis, esse reflexo é sempre vermelho.

Agora, uma equipe de pesquisadores liderados pela oftalmologista Brenda Gallie, do Princess Margaret Cancer Centre, em Toronto (Canadá), descobriu um novo tipo de retinoblastoma. Neste caso, o tumor maligno se desenvolve rapidamente entre bebês com menos de um ano. A importância do estudo está principalmente no fato de terem reconhecido que um único gene cancerígeno (oncogene) leva ao desenvolvimento desse tipo de retinoblastoma mesmo antes de a criança nascer.

Segundo Brenda, esta pesquisa desafia o pensamento tradicional e a prática médica: “O tipo comum de retinoblastoma tem início a partir do dano provocado às duas cópias do gene RB1. Como a predisposição à doença pode ser hereditária e inclusive atingir o outro olho da criança, conseguimos identificar o oncogene responsável por esse novo tipo de câncer ocular - que é bem maior que o comum”, afirma ela.

Com a identificação do oncogene é possível, então, remover o olho que apresenta o tumor, sem haver risco de desenvolvimento no outro olho e também reduzir a possibilidade do gene ser transmitido aos futuros filhos e netos desta criança. Isto significa, de acordo com a Dra. Brenda, “um grande avanço na medicina personalizada”.

Os oncogenes são derivados de genes normais que levam a célula a uma divisão descontrolada, resultando em câncer. Do ponto de vista prático, o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, diz que é importante que os pais prestem muita atenção aos olhos do bebê. Além de levar a criança com menos de seis meses a um primeiro checkup oftalmológico, é importante notar alterações como um brilho amarelado ou esbranquiçado nos olhinhos.

Saúde Visual, inclusive, já mostrou neste artigo que, mesmo através de fotos, os pais podem detectar problemas oculares nos filhos. Um brilho diferente pode ser sinal de retinoblastoma ou de infecções congênitas como a toxoplasmose, malformações retinianas, presença de diferença de graus ou miopia e astigmatismo acentuados.

Portanto, o diagnóstico precoce do retinoblastoma é pré-requisito básico para o sucesso do tratamento. Este diagnóstico pode ser realizado pelo neonatologista ainda na maternidade, ou nos exames de rotina pelo oftalmologista nos primeiros anos de vida da criança, utilizando o Teste do Reflexo Vermelho. Percebendo qualquer alteração nos olhos do bebê, os pais devem levá-lo ao oftalmologista.

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o retinoblastoma é uma doença curável e 98% dos bebês que são tratados sobrevivem. Porém, quando não se percebe a doença cedo, é grande o risco de precisar recorrer à enucleação, isto é, a retirada cirúrgica do globo ocular - 80% dos que têm retinoblastoma terminam nesta situação, infelizmente.


(Fontes: News Medical e Eyecare)

Quero ficar no teu olho feito tatuagem...

Uma das, digamos, relações mais antigas acontece entre presidiários e tatuagens. Em 2010, porém, as autoridades norte-americanas ficaram surpresas ao descobrir que dois presos tinham sido submetidos a um doloroso e perigoso processo de tatuagem nos olhos. Mais exatamente dentro dos olhos, naquela parte branca, conhecida como esclera.

A modalidade, que já não é muito comum, também surgiu de um modo peculiar quando Irman e David Boltjes, dois detidos nos Estados Unidos, resolveram diferenciar-se dos outros presos que, como eles, já eram tatuados e com piercings espalhados pelo corpo.

A tatuagem em questão não se trata de um desenho, assim como é feito no corpo, mas sim consiste em aplicar tinta colorida na parte branca dos olhos e, assim, pintar totalmente os olhos. A mudança é feita através de dois procedimentos diferentes. Primeiro, com uma agulha tradicional com tinta sobre o olho, depois, uma seringa para injetar a tinta no olho.

Irman e David estão bem até hoje, mas, ainda assim, os resultados da tatuagem não podem ser muito positivas. O procedimento pode causar infecção, perfuração e hemorragia - entre as possíveis complicações. Por tudo isso é óbvio que a técnica, batizada de eyeball tattooing, não conta com a aprovação dos profissionais de oftalmologia já que o dano intraocular pode ser irreversível, levando à perda da visão.

É importante frisar que a tatuagem no globo ocular não tem nenhuma relação com a tatuagem na córnea. Este último é um procedimento cirúrgico que, por ser realizado numa área do corpo extremamente delicada, utiliza uma tinta especial. A aplicação é feita por meio de um corte na córnea onde é aplicada a tinta. A finalidade é puramente estética e o procedimento é realizado por um profissional especializado - e somente em pessoas que não enxergam.

Apesar de parecer impossível, a tatuagem do globo ocular já é praticada desde 2008. Na ocasião, o jornal britânico The Sun fez uma matéria comentando o assunto. Naquela época, Pauly Unstoppable, do Canadá, recebeu quarenta inserções de agulha para ficar com a esclera na cor azul. “É doloroso, é como se alguém estivesse tocando picadores de gelo ou facas nos olhos”, disse ele.

Mesmo depois de passados tantos anos do surgimento da técnica, o eyeball tattooing ainda é considerado um procedimento experimental - apenas cinco tatuadores no mundo realizam esse tipo de trabalho. Precisa dizer que, mesmo assim, a técnica começou a conquistar adeptos pelo mundo?


(Fonte: The Sun)

Oficina inclusiva

A companhia Teatro Cego convida pessoas com deficiências visuais de várias idades para conhecer o universo das artes cênicas. A primeira edição da “Oficina de Teatro Cego” ocorre entre os meses de março e dezembro, com aulas gratuitas de interpretação duas vezes por semana, na sede do grupo .

Os interessados em participar da atividade devem se inscrever pelo telefone (com Fabiana) ou pelo e-mail  O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .

A oficina ocorre em duas diferentes turmas: a de crianças e adolescentes entre 10 e 15 anos, com aulas às quartas e quintas-feiras, das 14h às 17h; e a de adultos, com encontros às terças e quitas, das 9h às 12h.

Os alunos do projeto recebem aulas de interpretação vocal e corporal para aprender como usar seus outros sentidos – olfato, tato, paladar e audição – nos espetáculos de artes cênicas.

As peças desse tipo de teatro ocorrem em uma sala completamente escura para que os espectadores, videntes ou não, tenham uma percepção parecida da cena.

No vídeo abaixo, conheça mais sobre o Teatro Cego a partir das palavras do diretor do grupo:


(Fonte: Catraca Livre)

"Um projeto sobre as relações humanas"

Depois de passar por 140 cidades de 40 países, o projeto “Diálogo no escuro” chega ao Rio de Janeiro, no Museu Histórico Nacional. Através de uma experiência multissensorial de 45 minutos, o público, munido de bengalas e guiado por um deficiente visual, poderá sentir como é viver sem enxergar.

— É uma troca de papéis, um projeto sobre as relações humanas, em que o visitante, na completa escuridão, tem a oportunidade de dialogar e vivenciar a experiência diária de quem não enxerga— afirma Luiz Calina, responsável por trazer a exposição ao Brasil.

A iniciativa, que atualmente emprega 400 deficientes visuais em todo o mundo, foi desenvolvida pelo filósofo alemão Andreas Heinecke há 25 anos. No Rio, a visitação (que pode ser agendada no site do projeto, bastando clicar aqui), dirigida por uma equipe de 11 guias, é feita de maneira individual ou em grupos de até oito pessoas.

— São quatro cenários em três ambientes que simulam a cidade. O visitante tem que usar a audição, o olfato e o tato para se localizar. Queremos mostrar que os deficientes são independentes e capazes. A ideia é estimular a empatia — explica Calina.

A mostra, que também está em cartaz em São Paulo, na Unibes Cultural, segue na Cidade Maravilhosa até o fim de outubro.

O vídeo abaixo (em inglês, sem legendas) explica melhor o projeto. Confira:



(Fonte: RioShow/O Globo)

Cegueira infantil pode ser evitada e tratada

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 500 mil crianças fiquem cegas todos os anos. A notícia se torna ainda mais dramática quando se sabe que a maioria delas perde a visão ainda no primeiro ano de vida.

Só no Brasil, cerca de 33 mil crianças ficam cegas por conta de doenças oculares que poderiam ser evitadas em 28% dos casos ou tratadas precocemente em 15% deles, de acordo com o último relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia ().

Entre os motivos que levam a cegueira a instalar-se na vida de uma criança estão os erros de refração, a retinopatia da prematuridade, o glaucoma congênito, a catarata congênita, as cicatrizes retinianas e corneanas, além do retinoblastoma e malformações oculares.

Ainda na fase intrauterina, o zika vírus, a rubéola, a toxoplasmose e outras doenças infecciosas podem levar um bebê a nascer com deficiência visual. E como fator genético, a lista incluiu a aniridia, o albinismo e a distrofia retiniana.

Com o intuito de evitar que casos de cegueira tratáveis se desenvolvam, uma nova redação para o Artigo 10 da Lei nº 8.069 institui a obrigatoriedade da realização do Teste do Olhinho, ainda na maternidade e em todos os recém-nascidos. O exame pode ser feito por qualquer profissional médico e é capaz de identificar alteração do reflexo de luz no fundo do olho, permitindo detectar precocemente diversas doenças.

Casos de catarata e glaucoma congênitos, má formação ocular, opacidades na córnea, tumores intraoculares ou hemorragias vítreas são alguns dos mais perigosos acometimentos que ocorrem em bebês e o teste do olhinho acusa tais casos. Porém, por funcionar como uma triagem, o teste do olhinho não é específico e não isenta a consulta com o oftalmologista, que deve ser feita até o primeiro ano de vida.

Saúde Visual já apresentou nesta matéria como é possível identificar a existência de possíveis distúrbios de visão conforme a idade da criança. Se você ainda não conferiu, confira agora!

 

(Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria – )

Olho grande pode ser causa de extinção

Nossa avó (e um velho ditado) já dizia que “quem tem olho grande não entra na China”. Pelo visto, o ditado deveria ser “quem tem olho grande não sobrevive”. Isto porque um estudo recente sugere que o tamanho dos olhos do Homem de Neandertal pode muito bem ter contribuído para a sua extinção.

Conhecido pelo estereótipo de um ser simiesco, rude e pouco inteligente, o Homem de Neandertal (ou vale do Neander, perto de Düsseldorf, na Alemanha, onde se encontraram os primeiros fósseis) é o nome pelo qual se conhece a subespécie Homo neandertalensis, que viveu em certas áreas da Europa, do Oriente Médio e da África entre 115.000 e 35.000 anos atrás e que desapareceu abruptamente, durante a última idade do gelo.

Era de compleição física robusta, com um cérebro volumoso, cuja estrutura dedicava uma parte maior à visão, pois as órbitas dos neandertais eram maiores e, consequentemente, seus olhos também eram maiores.

Eiluned Pearce, perita da Universidade de Oxford, decidiu verificar isto de perto e comparou os crânios de 32 Homo sapiens aos de 13 fósseis Neandertais. Ela descobriu que os segundos possuíam órbitas um pouco maiores, algo em torno de 6 milímetros a mais.

À partir desta descoberta, os pesquisadores exploram a ideia de que os Neandertais, ao abandonar a África e se estabelecer num novo território – a Europa, com suas longas e escuras noites, condições diferentes daquelas a que estava habituado -, viram-se obrigados a desenvolver um globo ocular maior e mais capaz, que conseguisse adaptar-se à falta de claridade e pudesse processar mais fácil e rapidamente as imagens para o cérebro.

Embora não pareça muito significativo, o 'crescimento' do globo ocular do Neandertal permitiu, não só a melhoria da acuidade visual, mas resultou, também, num uso maior do cérebro para o processamento da informação.

Para Pearce, desde que o Neandertal “começou a se desenvolver em latitudes maiores, o seu cérebro passou a dedicar-se mais às funções visuais e ao controle do corpo, deixando de se preocupar tanto com as funções sociais"

Chris Stringer, outro investigador que, juntamente com Eiluned, procura justificar a morte do Homem de Neandertal, recorrendo à pesquisa no Museu de História Natural de Londres, explica: "Nós deduzimos que o Neandertal tinha uma parte cognitiva do cérebro um pouco mais reduzida e que isto o limitava de certa forma na formação de grandes grupos. Ao viver numa grande comunidade é necessário um cérebro maior para poder processar as relações extras”.

Com uma estrutura mais direcionada para a visão e para as tarefas a ela associadas, o cérebro do Homo Neanderthalensis afetou a sua capacidade de inovação e de adaptação a períodos difíceis, como a idade do gelo, à qual não sobreviveu.

Este estudo, embora confirme certas limitações do Homem de Neandertal, vem quebrar o estereótipo de que ele era uma espécie desprovida de inteligência. Segundo Robin Dumbar, responsável pelo estudo, eles eram “muito, muito espertos, no entanto não competiam na mesma liga que o Homo sapiens e foi esta diferença que manteve o equilíbrio durante o final da última idade do gelo".

A reportagem da BBC pode ser conferida vídeo. 


(Fonte: Diário de Notícias)

2023: a visão como interface

Enquanto muitas pessoas pensam que wearables como smartwatches e smartbands são o futuro da tecnologia móvel para a década, especialistas do mercado afirmam algo bem diferente. Para eles, dentro de poucos anos nós não apenas vestiremos esses dispositivos – nós os teremos implantados dentro de nós. Os pesquisadores até mesmo têm data para isso: em torno do ano de 2023.

As previsões são resultado do World Economic Forum, uma conferência que ocorreu na cidade de Davos, Suíça, e reuniu mais de 800 estudiosos e executivos na tarefa de imaginar o que ocorrerá pelos próximos anos, com base nas tendências atuais. Como resultado, foram definidos vários “pontos de virada” para algumas das tecnologias. O ano de 2022, por exemplo, promete trazer uma enorme adoção da fabricação por impressão 3D, bem como da Internet das Coisas.

O que mais chama a atenção, por sua vez, é 2023. E isso não apenas por ser o ano com mais mudanças previstas, mas porque teremos a combinação de três grandes mudanças: a chegada das tecnologias implantáveis, o uso da visão como nossa interface e a presença de aparelhos tão poderosos quanto os supercomputadores atuais cabendo em nosso bolso.

Se você ficou perdido, não se preocupe. Os estudiosos explicam isso em maiores detalhes, dando até mesmo exemplos do que esperar:

“As pessoas estão ficando mais e mais conectadas a dispositivos, e esses dispositivos estão se tornando cada vez mais conectados aos seus corpos. Aparelhos não são mais apenas vestidos, mas também implantados em corpos, oferecendo comunicações, localização e monitoramento de comportamento e funções de saúde... Tatuagens inteligentes e outros chips únicos podem ajudar com a identificação e a localização. Dispositivos implantados provavelmente também vão ajudar a comunicar pensamentos normalmente expressados verbalmente através de um smartphone ‘embutido’, assim como pensamentos ou humores potencialmente não expressos ao ler ondas cerebrais e outros sinais.”

Mas tem mais: os especialistas fazem previsões do que vai acontecer de 2018 até 2027, que inclui desde um crescimento nos serviços de armazenamento até a adoção da robótica e da inteligência artificial no nosso dia a dia.

Confira logo abaixo as previsões feitas por eles para os outros “pontos de virada” dos próximos anos:

2018

Armazenamento para todos

2021

Robótica e serviços

2022

A Internet das Coisas

Internet vestível

Manufatura e impressão 3D

2023

Tecnologias implantáveis

Usar o Big Data para decisões

Visão como a nova interface

Nossa presença digital

Governos e a Blockchain

Um supercomputador em seu bolso

2024

Computação onipresente

Impressão 3D na saúde humana

Uma casa conectada

2025

Impressão 3D nos produtos do consumidor

Inteligência artificial nos trabalhos de “colarinho branco”

A economia compartilhada

2026

Carros autônomos

Inteligência artificial na tomada de decisões

Cidades inteligentes

2027

O Bitcoin e a Blockchain

 

Novamente, é bom deixar claro que essas são apenas algumas das várias mudanças previstas por eles para os próximos tempos. É uma pena que ainda estejamos um pouco distantes de ver isso se provar realidade, então nos resta esperar para ver. Sem trocadilhos.



(Fonte: Tecmundo)

Garantindo uma 'visão crua'

O primeiro olho biônico que praticamente dispensa conexões com o sistema visual humano natural será implantado em um paciente na Austrália, em 2016. Em vez de se valer, por exemplo, de partes da retina para o restabelecimento da visão, a tecnologia vai usar uma câmera digital para o envio dos sinais visuais ao cérebro.

De acordo com Arthur Lowery, pesquisador da Universidade de Monash responsável pelo projeto, 11 pequenas placas equipadas, cada uma, com 43 eletrodos serão implantadas sobre as áreas do cérebro responsáveis pela visão. O cientista afirma que cada eletrodo pode criar um flash de luz parecido com um pixel; cerca de 500 pixels seriam gerados – o suficiente para formação de uma imagem simples.

A captura das imagens será feita por uma câmera digital acoplada a um processador de bolso. O registro das “partes relevantes” da cena será então transmitido às placas. “O processador é como um cartunista. O aparelho terá de representar uma situação complexa por meio de informações minimalistas”, explica Lowery.

A coleta de 500 pixels para a geração de informações complexas pode parecer insuficiente aos olhos de quem goza de uma visão comum. No entanto, e conforme menciona o pesquisador, uma pessoa outrora cega poderá dizer se outra está caminhando apenas com base no movimento dos pontos de luz. Lowery conta que uma recepcionista cega nunca sabia dizer quando cumprimentar ou se despedir de alguém. “Se há um ponto se distanciando, você sabe que deve ‘dar tchau’”, diz Lowery.

O procedimento cirúrgico não será capaz de desvelar a visão quem é cego de nascença. Os primeiros voluntários que deverão ser operados no próximo ano sofreram algum tipo de lesão nos olhos. Se bem sucedida, a operação vai fazer com que as pessoas já acordem com uma “visão crua”, “como uma televisão da década de 1920 de Logie Baird”, brinca o pesquisador.



(Fonte: Tecmundo)

Tudo de novo!

Quem já assistiu o filme "Matrix", já conhece a cena: Morpheus (Laurence Fishburn) encontra-se com Neo (Keanu Reaves) para lhe explicar que o mundo no qual vive não é o mundo real e verdadeiro. Os humanos são meros escravos de um poderoso sistema de computadores designado Matrix que controla a mente humana. Morpheus dá a possibilidade a Neo de escolher entre tomar a pílula azul ou a vermelha. Tomando a azul, Neo voltará à sua ilusória e superficial vida; se optar pela pílula vermelha, conhecerá a verdade que está por detrás do mundo que julga ser real. Neo arrisca e opta pela pílula vermelha, conhecendo, finalmente, a complexa verdade por detrás do seu mundo de aparências.

Por falar em aparências e pílulas, certamente você também já conhece aquela história do famoso vestido que, para uns era branco e dourado, mas para outros, azul e preto – relembre toda a saga aqui. Agora, mais uma imagem intrigante foi divulgada, e a pergunta que não quer calar é: afinal, que cor têm estas pílulas para você? Cinza, azul ou vermelha?

A imagem (que você confere ao lado, basta clicar para ampliar) mostra, basicamente, duas mãos (uma amarela e uma azul), e cada uma delas está segurando uma pílula – de que cor você as vê? As apostas recaem sobre a cor cinza, mas tem muita gente dizendo que uma das pílulas é azul e a outra, vermelha. De acordo com o The Epoch Times, no exterior 58% das pessoas enxergam a cor cinza e 42%, as cores azul e vermelha.  Aqui no Brasil, de acordo com o site Tecmundo, a maioria também aposta no cinza – será por que o olho humano consegue diferenciar 500 tons de cinza, conforma já mostramos neste artigo?

O fato é que uma rádio australiana realizou uma perícia na imagem, com a ajuda do Photoshop, e concluiu que as pílulas são cinza. A equipe da SeaFM diz que as cores das mãos da imagem são as responsáveis por criar a ilusão de que as pílulas possam ser de outra cor que não a cinza. Será?

Em “Matrix”, as pílulas representam uma metáfora da condição humana: o homem que se resigna de forma dogmática e aceita passivamente tudo o que existe à sua volta ou o homem que deseja libertar-se e conhecer a verdade absoluta das coisas e o acesso ao conhecimento? De qualquer forma, a escolha de Neo parece ter sido bem mais simples...



(Fonte: Tecmundo)

Mais tecnologia inclusiva, mais vantagens

A tecnologia já ajuda deficientes visuais com sistemas de texto-para-fala, mas eles são limitados. É o caso do Blitab, por exemplo. Criado por uma  empresa austríaca e apresentado como o primeiro tablet em braile, o equipamento utiliza uma tecnologia que cria relevo tátil para mostrar gráficos e mapas para deficientes visuais e pessoas com visão reduzida.

Agora, uma nova invenção, desta vez desenvolvida pela Universidade de Michigan, pode abrir mais possibilidades: um tablet com tela em Braille atualizável, que pode trazer informações dispostas espacialmente, como imagens, tabelas e gráficos.

Telas Braille atualizáveis já existem, mas esbarram em dois problemas: o primeiro deles é a configuração de linha única; o segundo é o preço, entre 3 mil e 5 mil dólares. Um dispositivo com as tecnologias atuais e múltiplas linhas custaria em torno de 55 mil dólares.

Pesquisadores da Faculdade de Engenharia e da Faculdade de Música, Teatro e Dança da Universidade de Michigan criaram uma nova forma de criar os pontos para aparelhos desse tipo. Ela usa um sistema pneumático para formar as letras em Braille — são pequenas bolhas preenchidas com ar ou fluídos.

Sile O’Modhrain, professora responsável pelo projeto, explica as vantagens desse método:

“Uma das vantagens da nossa tela é que ela é inteiramente pneumática, então podemos preenchê-la com ar ou fluído. Isso significa que podemos produzir uma tela que é muito mais barata que as existentes, que dependem de eletrônicos, além de que não temos que nos preocupar em ligar com fios ou montar objetos mecânicos individuais.”

Como resultado, um produto feito com esta tecnologia terá custo estimado em cerca de US$1.000. Chris Danielsen, porta-voz da Federação Nacional de Cegos dos EUA, fala sobre a importância de um dispositivo desses à revista Technology Review, do MIT:

“Atualmente, muitos de nós, que lemos Braille bem, achamos que ler com telas de linha única é mais lento e cansativo do que usar um sistema texto-para-fala ou materiais em áudio. Eu acho que isto iria mudar significativamente com uma tela maior, especialmente a um preço razoável assim.”

De acordo com dados da instituição representada por Danielsen, a necessidade do Braille tem caído nos últimos anos por causa do áudio. Em 2009, menos de 10% das crianças cegas dos EUA estavam aprendendo o sistema, bem menos que os 50% a 60% dos anos 60.

Mesmo assim, várias atividades dependem da escrita, como explica a professora Sile O’Modhrain:

“Qualquer coisa que você queira saber como é escrita, como códigos ou [partituras de] música ou até mesmo matemática simples, você tem que trabalhar em Braille. Isto não estar acessível ou disponível faz uma grande diferença na vida de muita gente.”

O projeto está sendo desenvolvido desde 2013 e tem fim programado para setembro deste ano. Sile acredita que o tablet Braille estará disponível no mercado em um ano e meio.

Assista abaixo, o vídeo-demosntração deste interessante projeto:



(Fontes: Digital Trends, MIT Technology Review e Daily Mail)

Como nasce o olho azul

A parte colorida do olho é chamada de íris, e é composta de duas camadas: o epitélio, na parte de trás, e o estroma na parte da frente.

O epitélio tem apenas duas células de espessura e pigmentos pretos e marrons – as manchas escuras que algumas pessoas têm em seu olho são resultado do epitélio apontando através das camadas.

O estroma, em contraste, é constituído por fibras de colágeno incolores. Às vezes, ele contém um pigmento escuro chamado melanina, e às vezes contém depósitos de colágeno em excesso.

São esses dois fatores que controlam a cor dos olhos.

Olhos castanhos contêm uma elevada concentração de melanina no estroma, que absorve a maior parte da luz que entra nos olhos, independentemente do depósito de colágeno, dando-lhes a sua cor escura.

Olhos verdes não têm muita melanina, mas também não têm depósitos de colágeno. Isto significa que, enquanto uma parte da luz que entra é absorvida pelo pigmento, as partículas no estroma também dispersam luz como resultado de algo chamado “efeito Tyndall”, que cria uma tonalidade azul (semelhante ao efeito “dispersão de Rayleigh” que torna a aparência do céu azul). Combinado com a melanina castanha, isto resulta em olhos verdes.

Os olhos azuis são potencialmente os mais fascinantes, já que sua cor é inteiramente estrutural. Pessoas com olhos azuis têm um estroma totalmente incolor com nenhum pigmento, além de não conterem depósitos de colágeno em excesso. Isto significa que toda a luz que entra é dispersa de volta para a atmosfera. Como resultado do efeito Tyndall, vem a tonalidade azul.

Curiosamente, isso significa que os olhos azuis não têm realmente uma cor – tudo depende da quantidade de luz disponível quando você olha para eles. Coloração estrutural também ocorre em borboletas, carnes e frutas vermelhas.



(Fonte: ScienceAlert)

Momento fofura: terrier vira guia de labrador cego

Saúde Visual já apresentou aqui a história de Pwdidat, a gata-guia. Agora, uma nova história de solidariedade animal vem trazer um pouco mais de fofura ao nosso site. Trata-se de Milo, um cão da raça terrier, que se transformou em guia de um labrador que ficou cego, o Eddie.

Eddie a apresentar os primeiros sintomas da cegueira em 2012. A dona dos dois cães, Angie Baker-Stedham, notou que o labrador começou a tropeçar em objetos e, depois destes sintomas, acabou ficando cego rapidamente.

Apesar de nunca ter nenhum tipo de treinamento Milo, o terrier, que já era muito próximo a Eddie, começou a agir como o guia do labrador, ajudando-o a caminhar. Agora Milo leva guizos na coleira para que Eddie possa segui-lo. E, quando o labrador se afasta, o terrier vai buscá-lo.

Mas um dia Milo teve que ser internado para tratar uma anemia e, enquanto o terrier esteve no hospital, Eddie teve muitas dificuldades para se locomover.

"Não percebemos o quanto Eddie depende do Milo para andar pela casa", disse Baker-Stedham. "Ele trombava com portas e móveis e eu tinha que chamá-lo constantemente quando o levava para passear, para que ele soubesse onde eu estava e em que caminho eu estava indo".

Aproveitamos mais este belo caso para deixar o alerta: é muito importante que os proprietários fiquem atentos aos sintomas de problemas oculares - olho vermelho (a vascularização sanguínea vai ser excessiva na parte branca do olho), secreção em excesso, coceira (o animal fica passando a pata, esfregando), olhos fechados ou piscando rapidamente. O olho pode adquirir um tom "azul embaçado" ou mesmo alguma outra cor anormal. Se o animal apresentar um ou mais desses sinais, o proprietário deve levá-lo para uma consulta veterinária imediatamente.


(Fonte: BBC Brasil)

Nomes complicados, resultados otimistas

Endorressecção, vitrectomia, vitriófago. Palavras complicadas, mas que encerram uma nova esperança para quem sofre de melanoma de coroide, o câncer de olho mais frequente e que ataca mais aos adultos que às crianças. Alguns hospitais oferecem como opção de tratamento a braquiterapia, método que utiliza radiação para matar o tumor com placas de rutênio ou de iodo (sementes radioativas).  

É aqui que entra a endorressecção, um novo método de tratamento para o melanoma de coroide, tipo de câncer intraocular que não responde à quimioterapia. Este novo método possibilita a retirada do tumor e promete preservar o olho e a visão.

No Brasil, a maioria desses casos é tratada retirando o tumor junto com o globo ocular, procedimento conhecido como enucleação. Para dar volume, coloca-se uma prótese esférica e outra estética que imita o olho.

A nova cirurgia usa a técnica chamada de vitrectomia, que remove o vítreo (fluído gelatinoso que preenche o interior do globo ocular). Usando pinças especiais, a retina é descolada para que seja possível acessar o tumor. Um aparelho chamado vitriófago irá cortá-lo e sugá-lo ao mesmo tempo. A cirurgia demora de duas a quatro horas.

Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Neto, responsável pelo ambulatório de oncologia oftálmica do Hospital São Paulo ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), e que está realizando este tratamento inédito no Brasil, os primeiros resultados foram promissores,   pois todos os 11 pacientes operados no último ano tiveram os olhos e a visão preservados e nenhum sinal de recidiva do tumor.

Apesar do otimismo e confiança de que estes bons resultados serão mantidos, o Dr. Belfort, que também é o responsável pelos primeiros artigos sobre a cirurgia para publicação, acredita ser preciso mais tempo e um maior número de pessoas operadas para que a nova técnica se mostre realmente eficaz e segura.

Esta preocupação tem a ver com o fato de que metade dos operados do melanoma de coroide desenvolve metástases em até 15 anos após a cirurgia (tanto na retirada do olho quanto na braquiterapia). A hipótese é que as células tumorais migrem pela corrente sanguínea até o fígado (ou o pulmão) e lá encontrem ambiente propício para a proliferação.


(Fonte: Folha de São Paulo)

Arte através do tato

Imagine ouvir falar sobre o misterioso sorriso da Monalisa, o envolvente beijo de Klimt ou dos famosos girassóis de Van Gogh sem nunca poder conhecer essas criações. Para deficientes visuais, o acesso a obras de arte visuais não é simples - uma opção oferecida por alguns museus são visitas guiadas descritivas, em que as imagens são "traduzidas" em palavras para permitir que pessoas com dificuldades cognitivas possam experimentar uma forma diferente de ver as obras em exibição. Para ampliar as possibilidades de desfrutar da arte sem a visão, o projeto The Unseen Art quer explorar agora um outro sentido: o tato.

A ideia do designer Marc Dillon é usar a tecnologia de impressão em três dimensões para oferecer às pessoas cegas a oportunidade de conhecer obras clássicas de arte. Serão criados modelos gratuitos em 3D que poderão ser impressos em qualquer lugar do mundo. A ideia é que os modelos possam ser usados tanto na própria casa como também para exibição em galerias e museus, subvertendo a máxima de que nesses espaços deve-se ver sem tocar.

Para viabilizar o projeto, o designer lançou uma campanha de financiamento coletivo no Indiegogo. A meta é atingir 30 mil dólares para viabilizar a criação das peças - artistas com experiência em criações em três dimensões estão sendo convidados para contribuir com suas interpretações em 3D de obras clássicas e criar um grande banco de modelos prontos para serem impressos.

O trabalho dos artistas é feito a partir de uma fotografia em alta resolução da pintura. Usando um software de modelagem 3D, é criada uma versão da obra, dando ênfase para criação de profundidades e detalhes que possam ser sentidos por deficientes visuais ou cegos. Com impressoras 3D, os modelos podem ser criados em diferentes materiais como plástico, metal, arenito, resina, cerâmica.



(Fonte: Superinteressante)

Um alerta importante para todas as grávidas

O zika vírus pode provocar alterações significativas na retina e no nervo óptico dos bebês com microcefalia. A conclusão é de médicos da Fundação Altino Ventura, que realizam mutirões em Recife para prestar atendimento a recém-nascidos diagnosticados com a malformação. De acordo com pesquisadores do Ministério da Saúde, há fortes indícios de que o zika vírus provocou milhares de casos de microcefalia no país, já que o aumento do número de casos da doença está relacionado com a propagação do zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

A pesquisa constatou que a microcefalia provoca problemas anatômicos nos olhos dos bebês.

“A estrutura cerebral neurológica estando comprometida, compromete também o nervo ótico e as camadas da retina”, explica Liana Ventura, presidente da fundação.

De um total de 79 recém-nascidos com microcefalia examinados pela fundação, 31 (40%) apresentaram indícios de infecção pelo zika vírus. E, nesse grupo, alguns bebês (o número não foi divulgado) sofreram alterações na retina e no nervo óptico. Também foram identificados casos de estrabismo e um de glaucoma.

— Essas alterações anatômicas comprometem de forma importante a função visual desses recém-nascidos, sendo indispensável a estimulação visual precoce e a reabilitação, com o envolvimento de uma equipe especializada, multidisciplinar — aponta a oftalmologista Camila Ventura, coordenadora do mutirão.

Os resultados dos primeiros exames estão comprovando o que os médicos já suspeitavam: nos bebês das mulheres grávidas que tiveram o zika vírus logo no início da gestação, os problemas na visão são mais graves.

“Se foi no primeiro trimestre, elas tendem a ter mais alteração ocular do que uma criança de uma mãe que teve os sintomas no terceiro trimestre”, conclui Camila.

Ainda segundo a médica, o déficit visual das crianças será avaliado e acompanhado ao longo de seu desenvolvimento. Somente ontem, a Fundação Altino Ventura recebeu 56 pacientes com microcefalia no Centro Especializado de Reabilitação Menina dos Olhos.

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, já chega a 21 o número de estados com transmissão autóctone de zika vírus — ou seja, ciclos de contaminação se impuseram em cada um deles, independentemente de imigração de casos.

No Brasil, houve 3.174 notificações de microcefalia supostamente associada ao zika vírus desde o início de 2015. Em todo o ano de 2014, foram registrados 147 casos da malformação.

No mês passado, o Ministério da Saúde lançou um protocolo de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados ao zika vírus. No documento, o órgão publicou estimativas de pessoas que podem ter sido infectadas no país: de 497.593, num cenário conservador, a 1.482.701, segundo os cálculos mais pessimistas.

Os sintomas da contaminação pelo zika vírus são manchas vermelhas na pele, febre intermitente, conjuntivite e dores nas articulações, nos músculos e de cabeça.



(Fonte: Jornal Nacional)

Visão, a “pior perda no mundo”

Ex-presidente e diretor da Marvel, cocriador de personagens históricos como Homem-Aranha, Hulk, Homem de Ferro, Quarteto Fantástico e X-Men, Stan Lee é uma das personalidades mais cultuadas pelos fãs de quadrinhos. O que muitos não devem saber é que, aos 93 anos, o americano já não consegue mais ler as obras que ajudou a criar. Não por falta de interesse, mas por problemas na visão que descreve como sua “pior perda no mundo”.

Ainda assim, Lee garante que segue na ativa, dando ideias para as histórias, mas depende de um assistente para escrever os roteiros. “Minha visão se tornou terrível e eu não consigo mais ler quadrinhos. Sequer consigo ler um roteiro. Eu chego com uma história e alguém a escreve para mim, mas eu não posso lê-la. Eu tenho que confiar que ela é boa. Se algo é muito importante, eles imprimem com uma fonte gigantesca para que eu consiga ver, mas isso é tudo o que eu posso fazer”, disse em entrevista à “Radio Times”. “Eu tenho o mesmo problema com minha audição. É horrível sentir que você tem mil anos de idade”.

Na mesma ocasião, Stan Lee negou que quadrinhos seriam prejudiciais para jovens leitores, dizendo que o conteúdo violento diminuiu muito nos últimos anos e que a principal importância, atualmente, está nos diálogos e discursos dos personagens.

“Quando comecei a trabalhar nesse negócio, meu editor me dizia: ‘Stan, não gaste seu tempo se preocupando com caracterização e filosofia. Apenas me dê muita ação”, afirmou. “É uma história totalmente diferente, hoje em dia”.



(Fonte: O Globo)

Um dilema muito comum aos pais de deficientes

Uma das cenas mais emblemáticas do filme “Ray” (2004), que conta a vida do cantor e pianista Ray Charles, é quando ele ainda menino e pouco tempo depois de perder a visão, tropeça numa cadeira e cai. Assustado, pede socorro, mas a mãe, que da cozinha assistia a tudo, refreia o impulso de ajudá-lo e resolve observar para saber se o garoto consegue lidar com sua nova condição.

Este dilema é muito comum aos pais e mães de crianças e adolescentes com alguma deficiência sensorial ou motora. Para os psicólogos, a criança com deficiência precisa de estimulação e de recursos que facilitem sua vida, mas tem que aprender a conviver com o mundo com naturalidade.

Acontece que, na prática, isso nem sempre funciona e não é difícil encontrar pais que protegem seus filhos com deficiência além do que seria recomendado. Esta superproteção faz com que a criança tenha uma autoimagem de fragilidade, impede-a de conhecer seus recursos e cria dificuldade para lidar com a frustração.

Por outro lado, a negação funciona como um avesso da superproteção. É quando os pais fingem que está tudo normal e, com isso, não conseguem atender às necessidades específicas da criança.

Os especialistas são categóricos e unânimes ao afirmar que incentivar que o filho deficiente supere seus limites é o mais correto a se faze, sem poupá-lo de frustrações e nem agir de forma a atenuar os obstáculos que, devido à deficiência, são mais difíceis para ele do que para os demais. Assim, a criança cresce em relativa igualdade com seus pares.



(Fonte: Caderno Equilíbrio, Folha de São Paulo)

Serviço de Utilidade Pública: entendendo melhor a receita de óculos

Não é novidade que pacientes reclamam das letras dos médicos. Até mesmo os farmacêuticos reclamam, pela obrigação de “traduzir” o medicamento receitado. Há casos em que o paciente acaba por tomar o medicamento errado. Casos assim podem ser denunciados ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Já o código de ética do Conselho Federal de Medicina diz que é vedado aos médicos receitar, atestar ou emitir laudos de forma ilegível.

E quando se trata da receita de óculos emitida pelo médico oftalmologista? Você consegue entender o que ele receitou? A comunicação entre o médico e a o ótico é feita por códigos e linguagem que muitas vezes são inacessíveis a quem não é do ramo. É diferente, portanto, do problema relacionado à letra ilegível.

Mesmo assim, Saúde Visual, sempre preocupado em informar seus leitores, resolveu explicar como compreender uma receita de óculos.

A primeira coisa da receita é a identificação do nome e a data da prescrição. Isso é fundamental para comparações com exames futuros. Por isso é tão importante guardar todas as receitas de óculos antigas.

Claro que as siglas OD e OE significam olho direito e olho esquerdo, respectivamente. Também é fácil perceber que as receitas ficam divididas em duas partes: grau de longe e grau de perto. O que não é tão óbvio são os números que aparecem antes da abreviação .esf (de esférico). Este número vai significar o grau de miopia (se for um grau com o sinal negativo antes do número) ou de hipermetropia (se o sinal for positivo).

Já o número que aparece antes da abreviação .cyl ou .cil (de cilindro) se refere ao grau de astigmatismo (em quem não tem astigmatismo esse campo ficará zerado).

O grau de astigmatismo não é colocado em toda a superfície da lente, mas só e um determinado eixo. Por isso, ao lado desse número aparece outro número, que varia de 0 a 180 graus, determinando o eixo do astigmatismo. No Brasil, esse grau de cilindro (astigmatismo) é sempre precedido de um sinal negativo (-).

O grau de presbiopia ou vista cansada, aparece na parte do grau de perto que é sempre somado ao grau de longe e é sempre precedido de um sinal positivo (+). Em muitas receitas de óculos, esse grau vem após a palavra "adição" ou a abreviação .ad. Como se trata de uma simples operação matemática, alguns médicos já fazem essa soma na receita e outros só escrevem o valor da adição.

Na parte da receita onde se lê a palavra “prisma”, o médico colocará algum número se o paciente tiver algum grau de estrabismo, a popular vesguice, e for corrigir isso com óculos. Se não for o caso, essa parte da receita também ficará em branco.

Além dos graus de miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia existentes na receita, os oftalmologistas anotam um valor chamado DNP ou só DP. Significa a distância entre as pupilas (ou distância pupilar) e é um dado muito importante na hora de montar os óculos. Alguns oftalmologistas fazem essa medida no momento da consulta, mas outros preferem que o ótico faça esta medição.

Muitas vezes, os médicos também anotam qual tipo de lente eles recomendam, seja pelo material (resina, policarbonato, etc.) ou mesmo pelo fabricante.

Com estas dicas, a receita do oftalmologista agora ficou tão clara quanto às lentes dos seus óculos. Mas permita-nos uma última recomendação: receita de óculos não serve como receita de lentes de contato. Algumas informações para fazer as lentes de contato e o grau certo dessas lentes só são obtidas num teste específico.



(Fonte: Médico de Olhos)

Mais um modismo radical (e perigoso) para os olhos

A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo qual, trabalhando uma matéria, a imagem ou o som, o homem cria beleza ao se esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que o inspira.

Isto talvez explique porque, todos os anos, surja uma nova tendência de arte nos (ou para os) olhos.

Já mostramos a joia implantada no globo ocular, a tatuagem na esclera e a lambida nos olhos da pessoa amada. Mas, obviamente, os modismos não pararam por aí.

Uma conta no Instagram chamada "" já tem mais de 106 mil seguidores. Seu objetivo é, simplesmente, reunir pessoas que adora "enfeitar os olhos" – e é cada enfeite! As fotos que chamam mais atenção são as que registram a modalidade "mais radical", como estas abaixo:



Fonte: O Globo

"Foi fantástico, eu me emocionei"

Uma mulher da Pensilvânia, nos Estados Unidos, é uma das primeiras pessoas do mundo a recuperar parcialmente a visão com a ajuda de um olho biônico. Jamie Carley sofre de retinite pigmentosa, uma doença que diminuiu aos poucos a sua capacidade de enxergar pelo olho direito, depois pelo esquerdo, e, em seguida, prejudicou sua visão periférica e noturna. Jamie tinha cerca de 20 anos quando ficou completamente cega.

Após uma operação de cinco horas no Hospital do Olho da Universidade do Colorado, na cidade de Aurora, ela conseguiu voltar a enxergar formas. E pôde ver seu filho, de 15 anos, pela primeira vez.

— Ver meu filho foi fantástico. De fato, eu me emocionei — contou ela à rede americana "CBS".

Durante a operação, os médicos implantaram um microchip com 60 eletrodos dentro da retina do olho direito de Jamie. Esses eletrodos, conectados a óculos especial que ela usa, transmitem o que é captado por uma pequena câmera até o seu cérebro.

Três semanas depois da cirurgia e do início da utilização dos óculos, ela passou a realmente ver contrastes, além de simplesmente formas.

A operação custa em torno de US$ 150 mil, o equivalente a cerca de R$ 565 mil. A equipe médica que operou Jamie, no entanto, afirma que o valor deve ser coberto pelo plano de saúde da americana.



(Fonte: O Globo)

Cinco dicas para garantir a saúde dos olhos no verãããooo

A Transitions Optical, líder mundial na produção de lentes fotossensíveis, em conjunto com a Dra. Marcia Beatriz Tartarella, Médica Oftalmologista com Doutorado e Mestrado pela UNIFESP, especialista em Catarata Congênita e Oftalmopediatria, preparou recomendações para quem quer aproveitar a época mais quente do ano com segurança.

A chegada do verão traz não apenas o aumento da temperatura como uma maior incidência da radiação solar. Uma situação que exige um cuidado redobrado com a proteção dos olhos em atividades ao ar livre.

“Como a incidência do raio solar é muito mais direta no verão, os níveis de radiação UVA/UVB sobem muito”, informa a Dra. Marcia, que também é diretora da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica Latino-América. “As pessoas tendem a se preocupar com a proteção da pele, mas muitas esquecem de proteger a visão”, acrescenta.

A seguir, a Dra. Marcia, em conjunto com a Transitions, preparou cinco recomendações para cuidar da visão durante o verão:

1)      Use óculos com proteção solar também embaixo do guarda-sol

Os óculos de sol oferecem proteção contra a radiação nociva do sol e ainda funcionam como uma barreira mecânica, já que impedem a areia de entrar no globo ocular. Portanto, o seu uso torna-se indispensável para aproveitar de forma segura a praia, a piscina ou até mesmo o lazer em parques a céu aberto. E quem é usuário de óculos de grau pode contar com as lentes fotossensíveis como aliadas, pois elas bloqueiam 100% os raios UVA/UVB e ainda oferecem um maior conforto visual ao promoverem uma adaptabilidade ao nível da luminosidade do ambiente.

2)      Fique alerta ao mergulhar

O calor aumenta a temperatura da água das piscinas, tornando o ambiente mais propício para a proliferação de bactérias causadoras de conjuntivite. Portanto, recomenda-se evitar abrir os olhos debaixo d´água.

3)      Aplique colírio lubrificante regularmente

Por ser uma região muito sensível, qualquer substância estranha pode irritar os olhos. Na praia, a areia pode chegar à área tanto por causa do vento quanto por coçar com as mãos sujas. Já em piscinas, o risco está associado ao cloro adicionado à água que, em grande quantidade, gera ardor e vermelhidão. Para amenizar qualquer efeito nocivo nessas duas situações, a melhor medida é aplicar colírio lubrificante depois de deixar a praia ou piscina. E isso vale também para as crianças.

4)      Proteja os olhos dos cremes blooqueadores

Manter a pele protegida com a aplicação de protetor solar é imprescindível, porém, a atenção precisa ser redobrada com a área dos olhos, porque o suor acaba levando o produto para o globo ocular ocasionando irritação química. Para driblar esse inconveniente, Dra. Marcia dá um conselho: “Recomendo o uso de protetor solar em pó compacto para as pálpebras. Eles são eficazes e evitam escorregar para dentro dos olhos”.

5)      Inicie o cuidado com a visão desde a infância

O uso de óculos com proteção de raios solares UVA/UVB deve iniciar desde a infância. Isso, porque, a exposição à radiação tem efeito cumulativo e, gradativamente, gera lesões oculares ao longo da vida. Se as consequências forem severas, elas podem originar uma inflamação crônica com o surgimento de uma pele sobre a menina dos olhos, doença denominada de Pterigio. Outro problema recorrente nesses casos é o aparecimento da catarata, a qual pode ocasionar a perda de visão. Tais patologias necessitam de acompanhamento de um especialista, porque somente um profissional habilitado é capaz de indicar o melhor tratamento. Portanto, desde a infância os cuidados com a saúde visual devem fazer parte do bem-estar.



(Fonte: Segs)

Dificuldade de leitura não está associada ao envelhecimento, afirma estudo

Não é raro ouvir especialistas em saúde afirmarem que o aumento na dificuldade de leitura que uma pessoa apresenta na medida em que envelhece faz parte de um processo natural, atribuído, justamente, ao aumento da idade.

Acontece que um estudo detalhado do assunto, realizado por cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido, mostrou que essa é pode ser conclusão apressada - e bem longe da verdade.

Kevin Paterson e seus colegas usaram as mais modernas tecnologias para rastrear com cuidado os olhos de pessoas jovens (entre 18 e 30 anos) e de pessoas idosas (acima de 65 anos) na medida em que eles liam um texto. Depois de manipular as letras dos textos, os cientistas começaram então a repetir o teste.

Em algumas vezes os contornos das letras eram precisos, em outras elas terminavam suavemente, como se estivessem borradas. Os resultados mostraram que os jovens têm mais facilidade de ler o texto quando as letras têm detalhes mais precisos e finos, enquanto que este foi o tipo de texto considerado mais difícil de ler pelos idosos.

No grupo dos mais velhos, o texto mais fácil de ler é aquele composto pelas letras mais borradas, sem detalhes precisos em seu contorno.

Para os cientistas envolvidos no estudo, estes experimentos dão suporte à hipótese de que as pessoas mais idosas usam técnicas diferentes de leitura, usando as chamadas "dicas holísticas", como o formato da palavra inteira, para deduzir o significado. Para eles, o efeito mais importante da pesquisa é permitir a geração de textos adequados à terceira idade e os idosos não terão dificuldades de leitura.

O Dr. Kevin Paterson divide o resultado de sua pesquisa em duas descobertas. A primeira descoberta é que a dificuldade de leitura pode ser natural, mas não tem a ver especificamente com uma diminuição na capacidade visual, e mais com alterações nessa capacidade. A segunda, e mais encorajadora, é a que aponta para soluções para o problema, já que, à medida que envelhecemos, passamos a enxergar as letras de forma diferente.

Isto faz com que leitores digitais, os populares livros eletrônicos, levem vantagem sobre os livros de papel, já que estes não podem ser impressos com letras diferentes para atender cada público. Nos leitores eletrônicos basta apertar um botão para que surjam letras diferentes, adequando-se prontamente à preferência dos seus leitores, acabando de vez com o mito de que os idosos têm "naturalmente" dificuldades de leitura.

(Fonte: Diário da Saúde)

Projeto brasileiro quer usar Maps para cadeirantes

Se o pessoal do Walkonomics vacilou ao criar um bom projeto e deixar de fora, quem diria, a acessibilidade dos deficientes, o mesmo não acontece com Eduardo Battiston.

Diretor executivo de criação da empresa de comunicação digital AgênciaClick Isobar, Eduardo criou o Acessibility View, um sistema que mostra o melhor trajeto para os cadeirantes nos mesmos moldes do Street View, da Google. Mais conhecido como Google Maps, o View mostra o melhor trajeto para carros, pedestres e transporte público.

Pensando nas dificuldades de locomoção dos cadeirantes, como calçadas esburacadas e a falta de rampas, Eduardo teve a ideia de mapear os melhores trajetos em todas as partes do mundo. Para isso, os próprios cadeirantes percorrerão diversas cidades com câmeras parecidas com as usadas pelo Street View e, a partir dos dados coletados, o Maps vai indicará os melhores caminhos aos deficientes.

O Acessibility View foi o vencedor do Creative Sandbox, concurso promovido no Brasil pelo Google para premiar com R$ 35 mil a melhor ideia combinando "criatividade e tecnologia para melhorar a vida das pessoas". O projeto brasileiro derrotou outros 4.500 participantes, chamando a atenção da Google internacional.

Mas, por uma ironia do destino, o projeto já esbarrou em um empecilho: o prêmio do Creative Sandbox pode ser suficiente para detalhar o projeto, mas não é o bastante para colocá-lo em prática, já que a estimativa de custo está na casa do um milhão (e de dólares). Mas, se Eduardo desenvolveu um projeto justamente para vencer obstáculos, não deve ser difícil superar mais este.

Enfim, já é um avanço em termos de inclusão. Mas Saúde Visual torce para que alguém se lembre dos deficientes visuais, também!



(Fonte: Gizmodo)

Agora, Google quer buscar (e encontrar) pessoas na multidão

Este artigo deveria ser publicado na seção “Moda”, mas depois de intensos debates, achamos por bem colocá-lo em “Notícias”. Vamos ver se os leitores concordam...

Já falamos aqui sobre o Google Glass, ou Project Glass, um óculos futurista que utiliza recursos hi-tech de realidade aumentada capaz de transmitir dados em tempo real para o usuário, através de comando de voz. Além de realizar chamadas telefônicas, o equipamento tem funções multimídia como fotos, vídeos, video-chat, localização via GPS e ainda mede a temperatura.

Achando, talvez, que o projeto tinha poucos recursos além dos acima citados, os criadores destes óculos inteligentes afirmam que ele também contará com um aplicativo capaz de reconhecer pessoas a partir de suas roupas e acessórios.

Batizado de InSight, o sistema foi apresentado na semana passada nos EUA e descrito em uma reportagem da revista NewScientist. A tecnologia, que está sendo parcialmente financiada pelo Google, é uma criação de pesquisadores da universidade da Carolina do Sul e Duke, na Carolina do Norte.

Segundo eles, o sistema funciona mesmo que as pessoas buscadas estejam no meio da multidão ou com os rostos fora do campo de visão do usuário do Google Glass. Isso faz com que o InSight seja útil quando os usuários do óculos precisarem encontrar alguém em um local público e cheio de gente. Ou, ainda, por pessoas com um problema neurológico que as impede de reconhecer rostos, mesmo que de seus familiares.

Para que o InSight funcione corretamente, as pessoas buscadas por suas características fashion devem usar um aplicativo que fotografa sua indumentária e seus gestos enquanto navegam pela internet ou por outros aplicativos. Em outras palavras, estas pessoas tem que estar de acordo com o sistema e perder um tempinho se submetendo a este processo, pois será com base nesses registros que o InSight gerará um padrão associado a elas, chamado “spatiogram”. Nos testes realizados com 15 voluntários o nível de sucesso na identificação das pessoas por meio do método foi de 93%, segundo os desenvolvedores do sistema.

Srihari Nelakuditi, um dos cientistas envolvidos no projeto, afirma que como o “DNA fashion” pode ser mudado a qualquer momento, o InSight não viola a privacidade de ninguém. Quem não quiser ser encontrado em certas ocasiões pode, simplesmente, mudar o estilo de roupa que costuma usar. Muito marido acaba de respirar, aliviado...

(Fonte: NewScientist)

Walkonomics: um bom projeto, porém não-inclusivo

Uma boa caminhada funciona não apenas como uma boa recomendação médica mas é, também, uma ótima forma de se passear pelas ruas das cidades, deixando o carro na garagem. Como a maioria destas cidades orientam seu planejamento urbano em função dos veículos, uma avaliação das condições das ruas levando em conta o ponto de vista do pedestre é algo que precisa ser muito bem considerado.

Adam Davies é uma pessoa que considera isso. Ele é reconhecido por desenvolver projetos para facilitar o uso das ruas por pedestres e por ciclistas, focando no espaço compartilhado, sobretudo no Reino Unido. Davies, também, é o fundador do Walkanomics.

Trata-se, em verdade, de um trabalho tão simples quanto grandioso: pedestres de todo o mundo dão sua opinião sobre as condições das ruas por onde andam, ou moram, tendo como base os seguintes critérios:

- Segurança viária: Quão seguro você se sente nesta rua em relação ao trânsito?

- Facilidade para atravessar: Quão fácil é atravessar a rua em pontos regulares?

- Calçadas: Existem em toda a rua? São de boa qualidade e largas o suficiente? Têm mobiliário desnecessário? Ficam superlotadas?

- Elevação: Quão íngreme é esta rua? Se é muito íngreme, há corrimãos ou assentos?

- Navegação: Quão fácil é se localizar nessa rua ou área? É fácil se perder? A rua está bem sinalizada para pedestres? Ela aparece bem indicada em mapas?

- Criminalidade: Quão seguro você se sente nesta rua em relação à criminalidade?

- Inteligência e beleza: Quão limpa é a rua? Ela tem árvores? As construções são atraentes?

- Diversão e relaxamento: É um lugar divertido e interessante para estar? Tem atmosfera relaxante?

Para gerar a classificação final, as avaliações são cruzadas com dados públicos, como estatísticas de acidentes, trânsito viário e iluminação. Com estes dados, o Walkonomics fornece um espaço interativo on-line onde as pessoas, o governo e as empresas podem sugerir, discutir e criar melhorias para as ruas, bairros e cidades.

Por enquanto, o projeto mapeia as ruas do Reino Unido, de Nova York e de São Francisco e, apesar de ser muito útil para corrigir eventuais imprecisões ou erros nas avaliações das ruas, o Walkonomics não é um projeto inclusivo. Não existe nenhuma ferramenta ou espaço no site para que os deficientes possam também se manifestar.

Se o ponto de vista do pedestre que enxerga, por exemplo, deve ser considerado, imagine então o quanto vale uma opinião de quem não enxerga? Se andar pelas ruas e calçadas das cidades muitas vezes é um verdadeiro suplício para quem tem visão perfeita, considere as dificuldades de uma pessoa cega ao enfrentar o mesmo suplício?

Em tempos de inclusão e de tecnologia assistiva, deixar de fora o deficiente é, no mínimo, uma tremenda falta de visão. Neste ponto, o Mobilize Brasil, primeiro portal brasileiro de conteúdo exclusivo sobre mobilidade urbana sustentável, através da campanha “Calçadas do Brasil”, saiu na frente.


(Fontes: Walkonomics, Mobilize Brasil)

 

A hora e a vez do olho biônico estadunidense

Saúde Visual já apresentou aqui o dispositivo denominado Argus II. Criado pela empresa Second Sight, o Argus capta imagens e envia sinais elétricos ao olho do paciente em padrões iguais aos das letras em braile, permitindo que os cegos 'enxerguem' as letras em braile com até 90% de exatidão, sem o uso dos dedos.

Desde fevereiro passado, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou o dispositivo que foi avalizado por autoridades europeias e transplantado em mais de 50 deficientes visuais em todo o mundo.

Apesar de já ser chamado de “olho biônico”, o Argus II possui algumas diferenças em relação ao protótipo desenvolvido por pesquisadores australianos e que foi implantado em Dianne Ashworth, que teve perda severa de visão devido a uma retinite pigmentosa hereditária, uma rara doença genética que provoca a degeneração dos fotoreceptores da retina. Estima-se que, somente nos Estados Unidos, cerca de 100.000 pessoas sofram desta doença.

Para aprovar o olho biônico, a FDA se baseou em um teste clínico efetuado com 30 pessoas de 28 a 77 anos, com uma acuidade visual abaixo de 1/10, enquanto a visão normal tem 10/10. Segundo os resultados, os pacientes encontraram uma acuidade que lhes permitiu distinguir formas em preto em branco como, por exemplo, uma pessoa no patente de uma porta ou um indivíduo sentado ao lado deles, mesmo sem poder reconhecer os rostos.

Para Jeffrey Shuren, da FDA, o Argus II pode ajudar adultos “com retinose que perderam a capacidade de distinguir formas e movimentos a ter mais mobilidade” além de poder assegurar ao indivíduo realizar algumas “atividades cotidianas”.

Disponível em vários países da Europa por salgados 73.000 euros, o Argus II, por enquanto, só é recomendado para adultos com mais de 25 anos de idade. Ainda assim, a Second Sight acredita que o dispositivo será um sucesso comercial.



(Fonte: AFP - Agence France-Presse)

Boas novas para quem anda sobre duas rodas

Os motoboys sabem mais do que ninguém: a visão é usada de forma diferente na condução de veículos de duas rodas. Isso vale para todos os motociclistas, motoqueiros e usuários de bicicletas também.

Quem utiliza veículos com duas rodas precisa enxergar com mais nitidez e a visão periférica é mais exigida. Isso sem contar também que a postura física em função do tipo de veículo é muito diferente o que faz com que as partes das lentes utilizadas também são diferentes.

Pensando nisso, o Departamento de Investigação & Desenvolvimento da Shamir, um dos maiores e mais importantes fabricantes de lentes oftálmicas do mundo, desenvolveu uma nova geometria de lentes exclusivamente desenhada para a condução de bicicletas e motociclos.

Batizada de Shamir 2Wheels, estas novas lentes proporcionam uma performance visual incomparavelmente superior a qualquer outra lente oftálmica colocada numa armação curva desportiva para praticar desportos de duas rodas.

Segundo os criadores, os benefícios que as lentes Shamir proporcionam aos ciclistas e motociclistas são relevantes, já que eles obterão uma visão panorâmica com ótima acuidade visual em todo o campo das lentes; uma melhoria da visão periférica; conforto postural - da cabeça e do corpo em função do tipo de bicicleta ou moto que conduzem - ; melhor percepção do meio, por meio de cores que proporcionam ótimo contraste; proteção física dos olhos, com matérias oftálmicas de alta resistência - como NXT (Trivex) - e o policarbonato, e ainda proteção contra os raios nocivos UV.

Além de todas estas vantagens, as lentes Shamir 2wheels podem ser utilizadas numa grande variedade de óculos de sol e estão disponíveis para desportistas de todas as idades.



(Fonte: Portal Opticanet)

Mulheres precisam de óculos porque o braço é mais curto que dos homens

Depois dos 40 anos a sensação é que os braços estão ficando mais curtos, as letrinhas parecem diminuir ou "dançar" na página, a vista fica embaraçada. Trata-se da presbiopia, ou vista cansada, como é mais conhecida.

Se o “braço curto” sempre foi motivo de brincadeira, agora uma conclusão dos cientistas da Universidade de Berkeley (EUA) promete incrementar a piada. Eles afirmam que as mulheres é que têm o braço curto, por isso precisam de óculos mais cedo.

É fato que as mulheres precisam de óculos de leitura ou lentes bifocais em uma idade inferior aos homens e as suspeitas recaíam sobre uma eventual menor capacidade de focalização dos olhos femininos, mas até agora essa ideia ficava apenas no campo da hipótese.

Depois de fazer uma varredura em todos os estudos científicos a respeito do assunto, os cientistas estadunidenses concluíram que, na verdade, o aparecimento precoce da presbiopia entre as mulheres deve-se muito mais provavelmente a dois fatores inusitados: o estilo de leitura e o fato das mulheres terem o braço mais curto do que os homens.

Para chegar a esta conclusão, eles realizaram uma meta-análise de nove estudos que compararam a prevalência e a magnitude da presbiopia - geralmente definida como a perda de visão de curta distância que aparece com a idade - entre homens e mulheres e não encontraram nenhuma evidência de diferenças na capacidade de focalização entre os gêneros.

A explicação encontrada foi a "diferença na preferência de leitura das mulheres". Como os cientistas não explicam e nem definem esta diferença, a outra explicação acredita, então, que o motivo está no fato das mulheres terem o braço mais curto e, portanto, não conseguir espichá-lo o suficiente, necessitando de óculos mais cedo do que os homens.

O trabalho, apesar de não parecer assim tão científico em suas divertidas conclusões, foi assinado por Adam Hickenbotham, Austin Roorda, Craig Steinmaus e Adrian Glasser e publicado na revista científica Investigative Ophthalmology & Visual Science.

O fato é que, enquanto os cientistas não conseguirem uma explicação melhor, as mulheres poderão se safar das brincadeiras com o braço curto, que para elas, não se trata meramente de uma desculpa...



(Fonte: Diário da Saúde)

Mães cegas já podem sentir seu ultrassom com as mãos

Uma das maiores emoções na vida de uma mulher é saber-se grávida. Através do exame de ultrassom, esta emoção ganha forma na tela do monitor aonde se pode ver a evolução do feto durante a gestação no ventre materno. Mas... E as mães cegas?

Até então, este momento ímpar não podia ser compartilhado por mulheres com deficiência visual. Elas dependiam das informações do médico que ‘narrava’ as imagens da ultrassonografia.

Agora isso mudou. Mãe (e pai) com deficiência visual vai poder sentir o feto com as mãos, exatamente da forma como ele está na barriga da mãe.

Isso graças a um trabalho premiado internacionalmente, realizado no laboratório do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio de Janeiro. As imagens do ultrassom são processadas em um programa de computador, que faz cálculos matemáticos com as medidas do bebê até chegar a um modelo virtual em 3D, impresso com as dimensões reais do feto.

O projeto que começou como estudo para bebês com malformações ganhou um novo sentido, qual seja oferecer a mesma emoção que um exame de ultrassonografia permite para uma gestante com visão normal para uma gestante cega. Confira este lindo momento no vídeo abaixo:



(Fonte: Jornal Nacional)

Mulheres são menos propensas ao daltonismo que os homens

Na interminável guerra dos sexos entre homens e mulheres até mesmo o campo óptico anda ofertando munição para os debates, como já mostramos nesta matéria.

Apesar de sua postura imparcial, e ainda que se baseando em pesquisas sérias, o fato é que o Saúde Visual tem postado notícias geralmente desfavoráveis às mulheres. Além do já citado acima, onde o professor Isaac Abramov descobriu que os dois sexos têm literalmente uma visão diferente do mundo, também já publicamos este estudo da Universidade de Berkeley (EUA) afirmando que as mulheres é que têm o braço curto, por isso precisam de óculos mais cedo.

Mas as mulheres levam vantagem sobre os homens quando o assunto é daltonismo, uma deficiência visual que impede o indivíduo de enxergar algumas cores. Nos Estados Unidos, um dos poucos países que possuem estatísticas sobre o assunto, um em cada doze homens manifesta algum grau dessa deficiência. Já no sexo feminino a relação é de um caso para cada 250 mulheres.

A explicação pode estar na hereditariedade. O daltonismo está relacionado ao cromossomo (molécula que guarda a informação genética de cada indivíduo) masculino e, por isso, pode ser passado de pai para filho. É uma incapacidade que afeta muito mais os homens do que as mulheres. Dados internacionais apontam que 8% da população masculina mundial são daltônicos.

Como o problema ainda não tem cura, a questão genética abre uma porta da esperança já que a engenharia genética conseguirá localizar a origem exata do problema e o daltonismo, assim, deixará de existir. Mas enquanto isso não acontece, os daltônicos precisam conviver com o problema, que está na retina, uma membrana fina situada no fundo do globo ocular, repleta de fibras nervosas, que recebe e transmite a luz para o cérebro. A luz (solar ou artificial) é composta por diversas cores, as mesmas vistas no arco-íris. Nos daltônicos, alguns raios de luz não chegam à retina com a mesma perfeição de quem enxerga normalmente, dificultando a identificação de certas cores.

Alguns daltônicos não conseguem distinguir os amarelos dos azuis e, em casos mais raros, a pessoa não define nenhuma cor. Mas as mais comuns são as dificuldades para perceber o verde e o vermelho. Em algumas cidades do Brasil ainda existem semáforos com todas as luzes posicionadas horizontalmente. A tendência é que sejam substituídos por semáforos verticais, que orientam o daltônico de acordo com a luminosidade.

Além disso, algumas profissões excluem automaticamente os daltônicos, como os controladores de radar nos aeroportos, pilotos de avião e marinheiros que pretendem conduzir barcos ou navios já que eles não conseguem ler radares com a precisão necessária e podem confundir posições por causa da pouca luminosidade das salas ou cabines.



(Fonte: Portal Dr. Visão)

Os bebês, seus reflexos primitivos e seus movimentos estereotipados

louizesvQuando ainda se encontra no aconchego do ventre materno, a criança começa a desenvolver sua visão, processo que acontece por volta da sétima semana de gestação. A princípio o feto vive em um meio aquoso dentro do útero aonde se desenvolve e cresce.

Quando o bebê nasce, deixa o entorno protetor do útero para entrar num mundo cheio de estímulos sensoriais. A criança já enxerga borrões, claros e escuros, e rostos e objetos que fiquem de 20 a 30 centímetros dos seus olhos. Para garantir a resposta imediata ao novo entorno e às suas necessidades fora do útero, o bebê está dotado de um conjunto de reflexos primitivos - movimentos automáticos, estereotipados, dirigidos desde o tronco-encéfalo e executados sem implicação cortical.

São estes reflexos que ajudam o bebê, por exemplo, a descer pelo canal do parto ou a mamar logo após o nascimento. Portanto, os reflexos primitivos são essenciais para a sobrevivência do bebê nas suas primeiras semanas de vida.

Acontece, porém, que estes reflexos normalmente deveriam ter uma vida limitada e desaparecer, para dar lugar aos reflexos posturais controlados, permitindo, assim, um correto desenvolvimento neurológico já que este desaparecimento permite que se desenvolvam estruturas neurológicas mais sofisticadas fazendo com que a criança tenha controle sobre suas respostas voluntárias.

Como a inibição de um reflexo é relacionada com a aquisição de uma nova habilidade, o não desaparecimento do reflexo primitivo pode interferir no desenvolvimento da criança, dificultando o processo de aprendizagem e alterando o seu comportamento. Se esses reflexos permanecem ativos haverá uma debilidade ou imaturidade cerebral, e isso não afetará somente as suas habilidades motoras grossas ou finas, mas também a percepção sensorial e cognitiva.

Os bebês fazem uma serie de movimentos estereotipados durante o seu primeiro ano de vida, o que permite o seu desenvolvimento. Esses movimentos específicos trazem em si mesmos um efeito inibidor natural dos reflexos primitivos. Caso esses movimentos não sejam realizados ou não se executem suficientemente, os reflexos primitivos permanecerão ativos.

É este conhecimento que os Optometristas Comportamentais utilizam para acelerar a recuperação visual e solucionar problemas de aprendizagem.



(Fonte: Optometria Comportamental)

Holografia digital para salvar vidas (e proteger os olhos)

A tragédia que marcou a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, quando dezenas de pessoas perderam suas vidas quando a boate Kiss pegou fogo, despertou a necessidade de se controlar melhor as casas do gênero e a fiscalização aumentou em todo o país. Saúde Visual inclusive, respondeu sobre a ação da fumaça tóxica nos olhos. São reações naturais diante de acontecimentos assim. Para algumas pessoas, porém, enfrentar incêndios e suas consequências faz parte da própria rotina de trabalho: os bombeiros.

A capacidade de ver através das chamas é um desafio fundamental para o campo industrial e particularmente para a área de segurança. O desenvolvimento de novas tecnologias para detectar pessoas vivas através da fumaça e das chamas em situação de fogo é algo extremamente desejável, uma vez que pode salvar muitas vidas.

Em alguns países, como a Austrália, bombeiros já usam um sistema de infravermelho para encontrar pessoas nos prédios em chamas, mas a tecnologia atual não consegue distinguir entre o calor de uma pessoa ou de um objeto. Além disso, este sistema acaba ficando “cego” por causa das chamas, colocando ainda mais em risco os olhos do bombeiro.

Felizmente, uma equipe de pesquisadores do Instituto Italiano de Óptica desenvolveu um novo sistema de lentes em favor da holografia digital que produz imagens detalhadas em 3D na escuridão. Neste trabalho, a fácil detecção de pessoas que se deslocam num incêndio é conseguida através da fumaça e das chamas em forma holográfica.

O novo sistema pode reconhecer até cinco pessoas em uma sala, mesmo se elas estiverem em movimento. O pesquisador Pedro Ferraro, do Consiglio Nazionale delle Ricerche (CNR), na Itália, responsável pela equipe, afirmou, ainda, que esta nova tecnologia possui outras aplicações potenciais, como monitorar a respiração e a atividade cardíaca das pessoas. Além, claro, de dar maior proteção aos olhos dos bombeiros.

A tecnologia desenvolvida na Itália ainda não está pronta para ser usada, pois ainda precisa ser refinada para se tornar menor e mais portátil. Quando estiver pronta, porém, não apenas bombeiros como também a indústrias aeroespacial e biométrica poderão usá-la também, acreditam os pesquisadores.



(Fonte: Engadget Technology)

Um novo implante, uma nova promessa

Já apresentamos aqui o Argus II, dispositivo que capta imagens e envia sinais elétricos ao olho do paciente em padrões iguais aos das letras em braile permitindo que pacientes cegos 'enxerguem' as letras em braile com até 90% de exatidão, sem o uso dos dedos.

Agora, uma outra prótese visual supera os testes clínicos. Trata-se do Alpha IMS, desenvolvido na Alemanha, a mais recente prótese de retina que pode recuperar a visão de pessoas cegas. O Alpha detecta a luz que entra nos olhos em vez de usar uma câmera externa, o que significa que o paciente pode olhar ao redor movendo seus olhos em vez de precisar mexer a cabeça inteira.

O sistema, feito pela empresa Retina Implant AG, especialista no desenvolvimento de implantes sub-retinais, consiste num microchip eletrônico sem fios, com 3 x 3 milímetros e com uma resolução de 1.500 pixels. Uma grade de 1.500 eletrodos implantados dentro (em vez de à frente) da retina oferece maior resolução. O Alpha também faz uso do processamento natural de neurônios no meio da camada de retina que processa movimento e contraste.

A imagem que ilustra este artigo é um raio-X de um dos nove pacientes que receberam a prótese mostrando o chip implantado com fios ligando-o à retina, com botões atrás de cada orelha que podem ser usados para ajustar o brilho. O Alpha funciona com uma bateria sem fio que fica guardada no bolso.

Tanto o Argus quanto o Alpha só funcionam com pacientes que perderam a visão através de doenças que destroem as células de detecção de luz nos olhos, mas mantém os neurônios de processamento de visão intactos, como na retinose pigmentar.

Em comunicado, a Retina Implant AG revela que o seu mais recente ensaio clínico em humanos, que teve início em Maio de 2010 em Tuebingen, na Alemanha, e se expandiu a Hong Kong e ao Reino Unido, envolveu nove pacientes que receberam um destes microchips. Destas nove, oito foram bem sucedidas. A última falhou porque, infelizmente, os médicos tocaram no nervo ótico do paciente.

Ao longo dos três a nove meses de observação, a visão funcional da maioria dos voluntários foi recuperada e dois dos participantes no ensaio conseguiram enxergar com uma resolução superior à alcançada pelos pacientes dos primeiros testes clínicos com o dispositivo.

Foi o segundo teste realizado pela companhia desde 2005 e, de acordo com Eberhart Zrenner, o coordenador da pesquisa, "os resultados do primeiro ensaio clínico com humanos já tinham excedido as expetativas". Agora, com os resultados surpreendentes do segundo ensaio, a equipe está ainda mais encorajada, informa Zrenner.



(Fonte: New Scientist)

O avanço da tecnologia 3D e a indústria ótica

A empresa iCoat é conhecida na indústria óptica como um fornecedora líder de tecnologia em óptica 3D. Arman Bernardi, presidente da iCoat, concedeu uma entrevista em que analisou a respeito da atualização de tecnologia 3D, afinal foi a iCoat que desenvolveu a tecnologia Sfirex, óculos 3D de altíssima qualidade para uma experiência de visualização muito melhor de filmes produzidos em terceira dimensão.

Consideradas “ultra-eficientes”, as lentes polarizadoras Sfirex oferecem os mais altos níveis de clareza de detalhes e resolução com aumento significativo na transmissão de luz e brilho. O sistema ajuda a transmitir um contraste de cor equilibrada e elimina qualquer mancha indesejada, assim como reflexos irritantes.

Para Bernardi, uma ótica melhor é a principal razão pela qual a indústria óptica precisa estar no negócio de óculos 3D. Os fornecedores de TV 3D não estão fornecendo ao consumidor óculos de qualidade adequada - provavelmente devido ao alto custo. Tal como acontece com óculos de grife, a produção tem um preço e é fácil para as empresas de TV fornecer óculos de qualidade baixa e barata, com lentes ruins, em vez de explicar porque o consumidor precisa usar óculos 3D de alta qualidade.

Apesar do tom crítico, em verdade esta é uma boa notícia para a indústria óptica, pois óculos 3D baratos são escuros, nebulosos e cheios de reflexos que reduzem a transmissão de luz. E transmissão de luz reduzida diminui a nitidez e a qualidade das imagens projetadas. O objetivo da nova tecnologia, de maior qualidade, é o de "aumentar a luz" e contraste e, assim, ofertar imagens mais precisas e mais nítidas.

Outra boa notícia para a indústria óptica é que o a tecnologia 3D em si já não é um problema tão grande. A maioria das salas de cinema, assim como os fabricantes de Tv, optaram por adotar a tecnologia passiva polarizada. As razões principais são a simplicidade dos óculos (sem a necessidade de baterias) e permitir a movimentação da cabeça, curvar na cadeira etc, sem afetar a imagem 3D.

Portanto, como a maioria dos novos aparelhos de Tv trazem a tecnologia 3D incluída, os consumidores precisam de melhores óculos 3D para otimizar a qualidade ao aparelho, há aqui também uma oportunidade para o profissional de oftalmologia. Afinal de contas, ele é o mais qualificado para ajudar o consumidor, especialmente àqueles que precisam de óculos ou lentes de contato para a correção da visão.

Diante de perspectivas tão positivas, não é de se estranhar que Arman e sua equipe continuem trabalhando no desenvolvimento da tecnologia para óculos 3D. Ele diz ter certeza de que terá óculos 3D de qualidade ‘premium’ para um futuro próximo. O consumidor (e sua visão) agradece.



(Fonte: The Optical Vision Site)

Para ver... e se coçar

Volta e meia, Saúde Visual publica ensaios fotográficos, afinal de contas fotografia tem tudo a ver com a visão. E até com a falta dela. Muitas vezes, estas fotos são do mundo microscópico, aquele que não conseguimos enxergar a olho nu. Isso porque, apesar de ser um dos sentidos mais importantes do homem, a visão não alcança tudo o que nos cerca e, então, publicar fotos assim funciona como uma espécie de serviço de utilidade pública.

É o caso da foto microscópica deste artigo. Você já sabe o que é?

Todos nós temos conhecimento de que nosso corpo é o lar de milhões de milhões de microorganismos, das bactérias aos fungos. Alguns executam funções úteis para nós, como a flora que vive em nosso intestino e, também, os que ajudam treinar o sistema imunológico. Mesmo aqueles que não fazem nada de útil acabam nos ajudando pelo simples fato de estarem ali, competindo contra os microorganismos nocivos, como “C. difficile”, limitando seu crescimento.

Este mundo dos microorganismos pode dar fotos fascinantes, porém incompreensíveis, quando não sabemos exatamente o que estamos olhando. É aí que entra a utilidade pública que mencionamos acima. O “poste” marron da foto é um fio de cabelo. Incrível, não? Já aquelas coisas amarelas em volta são caudas. Isso mesmo: caudas.

Esta é uma foto dos ácaros que vivem nos cílios, sobrancelhas, cabelos e pelos dos ouvidos. Ele atende pelo pomposo nome de Demodex folliculorum e Demodex brevis e costuma medir cerca de 0,03 a 0,04 mm. Seu tempo de sobrevivência gira em torno de duas semanas. Eles são mais comumente encontrados em pessoas adultas do que nas crianças, pois as pessoas mais velhas produzem mais sebo (uma substância oleosa produzida pela pele para lubrificar e impermeabilizar). Este sebo é o alimento do Demodex, que pode ser visto na foto também na cor amarela e se aproximando do fio de cabelo.

Os microorganismos assumem a posição com a cabeça para dentro deixando a cauda para fora do folículo capilar. Mesmo assim continuam capazes de se mover entre os folículos. Embora uma minoria de pessoas possa ter reações como inflamações, a maioria consegue viver em harmonia com os ácaros dos pelos e cabelos, ignorando o fato de que carregamos estas criaturas por todos os lugares.

Vai dizer que não deu uma baita vontade de se coçar agora?



(Fonte: Science Photo Library)

De olho nos benefícios da Genética Ocular

Cada vez mais a genética vem deixando de ser de ser apenas uma área de pesquisa dentro da oftalmologia para tornar-se uma especialidade. Batizada de Genética Ocular, esta nova área marca o estudo das doenças hereditárias do olho. Pacientes com síndromes sistêmicas são encaminhados à oftalmologia para avaliação de quais estruturas oculares foram afetadas, auxiliando assim no diagnóstico e tratamento destas síndromes já que ainda existem diversas síndromes que acometem apenas o olho. Portanto, o oftalmologista pode contribuir – e muito - para o diagnóstico de doenças genéticas.

As doenças de etiologia genética podem ter herança multifatorial, cromossômica ou ainda gênica. Entre as doenças com frequente herança multifatorial, como Glaucoma e Degeneração Macular, a fração de risco devido a fatores hereditários é de 30 a 50%. As variações nos diversos genes contribuem para a doença.

No caso das doenças com herança cromossômica, temos a alteração de uma grande quantidade de informação do material genético e por isto comprometem outros organismos além do olho. A síndrome de Down é um exemplo comum de herança cromossômica causada por uma trissomia ou translocação envolvendo o cromossomo 21.

Já as doenças gênicas com herança mendeliana transmitem-se com herança autossômica dominante, recessiva, ligada ao X ou mitocondrial. A catarata congênita tem frequente herança autossômica dominante, sendo importante lembrar aos pais o risco de transmissão de 50%. O glaucoma congênito tem, por outro lado, herança autossômica recessiva, e o risco de transmissão é de 25% nos casos familiares, principalmente quando se comprova consanguinidade. O daltonismo tem herança ligada ao X, sendo as mulheres carreadoras e os homens afetados. Há também a herança mitocondrial que acontece na neuropatia óptica de Leber, em que apenas a mãe é capaz de transmitir a doença, tanto para filhos como para suas filhas.

Os testes genéticos já deixaram também de ter aplicação apenas em pesquisas e também já estão disponíveis para algumas doenças oftalmológicas. Antes, estes testes eram utilizados para avaliar a função de genes descobertos e auxiliar na identificação de novos genes. Agora, as perspectivas de terapia gênica têm avançado para uma variedade de doenças da retina, incluindo retinose pigmentar, retinosquise, retinoblastoma, doença de Stargardt e degeneração macular relacionada a idade.

Outros avanços positivos também foram feitos utilizando-se modelos experimentais para outras doenças, como uveíte e glaucoma, embora não esteja ainda disponível. Estas novas pesquisas são muito importantes para novas opções de tratamento baseadas em genes humanos no futuro próximo.



(Fonte: Universo Visual)

Musicalidade e cegueira na infância - uma correlação evidente

Stevland Hardaway Morris, nasceu prematuramente em 13 de maio de 1950 e ficou cego devido a complicações decorrentes de um tratamento médico-hospitalar (oxigenoterapia) realizado logo após seu nascimento. Explodiu no mundo musical e se tornou Stevie Wonder.

Ray Charles Robinson não nasceu cego. Sabe-se que, aos sete anos, ele perdeu a visão completamente, mas as causas são desconhecidas. Algumas fontes sugerem que sua cegueira foi devido a um glaucoma, enquanto outras fontes sugerem que Ray começou a perder a sua visão devido a uma infecção provocada por água com sabão nos seus olhos, que foi deixada sem tratamento. Explodiu no mundo musical e se tornou Ray Charles.

Desde que nasceu o pequeno Andrea Bocelli possuía evidentes problemas de perda de visão e após vários estudos clínicos foi diagnosticado com glaucoma. Quando ele tinha doze anos foi atingido na cabeça enquanto jogava futebol e perdeu definitivamente a visão. Explodiu no mundo musical usando seu nome de nascença.

"Temos grandes músicos que são cegos e muitos afinadores de piano cegos também", comenta Pascal Belin, que liderou uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade do Canadá e é considerada a primeira a trazer evidências confiáveis de que os cegos possuem uma melhor sensibilidade auditiva.

A equipe de Belin descobriu que crianças que perdem a visão até os dois anos de idade (caso de Stevie) desenvolvem uma melhor habilidade musical que as pessoas que ficam cegas mais tarde ou que têm visão perfeita. Estas crianças são dez vezes melhores em discernir mudanças de volume que as demais.

Por outro lado, as que perdem a visão após os cinco anos (casos de Ray e Andrea) não apresentam uma melhor performance em comparação com as que podem enxergar. Segundo o pesquisador, o estudo sugere que a região do cérebro responsável pelo processamento das imagens seria reorientada para outras funções nas crianças cegas.

"Quando estas pessoas ficaram cegas, as partes de seus cérebros que seriam usadas para processar informação visual se reorganizaram para assumir outras funções - em particular, processar informação auditiva", afirma Belin. "E quanto mais cedo esta reorganização acontece, mais eficiente é", conclui o pesquisador.

Para fazer uma comparação entre os artistas citados, que perderam a visão com idades distintas – e para entender a pesquisa -, vamos levar em conta que Bocelli explodiu na carreira musical em 1992, aos 34 anos. Apesar de tocar desde novo, Ray Charles só começou a fazer sucesso depois de seus vinte anos de idade. Já Stevie Wonder assinou seu primeiro contrato com 11 anos e gravou seu primeiro álbum com 12...



(Fonte: Reuters)

'Negligenciei a diabetes e fiquei cega por minha própria culpa'

Saúde Visual já alertou neste artigo que devemos ficar de olho no diabetes. A britânica Leonie Watson não fez isso e perdeu a visão aos vinte e poucos anos depois de ignorar, por muito tempo, recomendações médicas para que tratasse da diabetes.

Watson conta que foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando ainda era criança e, na época, foi informada sobre o quanto poderia comer e sobre as injeções de insulina.

"Quando fiquei um pouco mais velha perguntei ao meu pediatra por que tinha que ser deste jeito, se eu não poderia calcular o quanto de comida iria comer, medir a glicose do meu sangue e então calcular a dose de insulina sozinha. A partir deste dia não sei se ele realmente deixou eu fazer isto ou se meu subconsciente adicionou uma memória baseada na resposta dele, mas não importa. Aquele foi o momento em que a rebelião começou", contou Watson à BBC.

Durante a adolescência, ela descobriu que poderia deixar de tomar uma das injeções de insulina sem grandes consequências e parou de monitorar o nível de glicose no sangue. Nessa fase ela também parou de ir ao médico para os check-ups anuais.

"Nos meus anos de estudante eu me esbaldei. Fumei, dancei, fui à farra e continuei ignorando o fato de que era diabética", disse.

Watson contou que perdeu a visão durante um período de apenas 12 meses, entre 1999 e 2000.

"Quando o século estava terminando, eu estava trabalhando na indústria de tecnologia como desenvolvedora web. Era a época do boom do setor de dotcom e todo mundo estava se divertindo. (...) ... Muitas festas insanas (...) saíamos dos clubes às seis da manhã e dirigíamos para Glastonbury só para ver o sol nascer."

Mas, em uma manhã de 1999, a britânica acordou com uma ressaca e um problema.

"Quando olhei no espelho percebi que podia ver uma faixa de sangue na minha linha de visão. Eu olhava para a esquerda e para a direita, a faixa se movia devagar, como se estivesse flutuando em um líquido grosso."

Ela pensou que fosse apenas uma consequência da noite agitada e esperou alguns dias até consultar um oculista, que então a encaminhou para o hospital oftalmológico mais próximo para mais exames.

"Quando a diabetes não é controlada por um tempo causa uma série de problemas que não são vistos. Quando você come alguma coisa, o nível de açúcar no sangue aumenta e seu corpo produz insulina para converter aquela glicose em energia. Se não houver insulina o bastante disponível, então as células do corpo não recebem energia, elas começam a morrer e o excesso de glicose continua preso em sua corrente sanguínea", explicou Watson.

A britânica explicou que a glicose também sufoca células vermelhas e evita que elas transportem oxigênio.

E, segundo Watson, uma das manifestações dos danos causados pela doença é a retinopatia diabética.

"Tentando conseguir oxigênio o bastante para a retina, no fundo do olho, seu corpo cria novos vasos sanguíneos para tentar compensar. Eles são criados como uma medida de emergência, então são fracos. Isto significa que eles tendem a estourar e causar hemorragia dentro do olho - criando faixas visíveis de sangue, como a que eu via."

No hospital oftalmológico ela foi submetida a um tratamento com laser.

"Não foi agradável. Foi preciso tomar uma injeção de anestesia no olho antes do laser ser disparado."

Mas, em retrospecto, a britânica acha que este tratamento foi inútil.

"Ninguém nunca me falou sobre as consequências de ter retinopatia diabética avançada, sempre foi falado em termos de uma deterioração progressiva."

"Lembro do dia em que me dei conta do quanto minha visão estava piorando, foi um dia de primavera no ano 2000. Estava descendo as escadas em casa quando entendi subitamente, como se tivesse sido atingida por um raio: eu ia ficar cega. Com absoluta certeza eu sabia que perderia minha visão e poderia apenas culpar a mim mesma. Sentei na escada e desabei, chorei como criança."

Watson passou por um tratamento com antidepressivos mas, como o medicamento a fazia dormir o dia inteiro, ela desistiu. Nos meses seguintes, teve que deixar o trabalho, pois a visão foi piorando.

Então veio a fase da raiva, na qual ela ficava "fora de controle e gritava ou atirava coisas contras pessoas que amava só porque elas estavam lá".

Ela também se machucava fazendo tarefas diárias, o que a deixava ainda mais deprimida.

"Quase no fim daquele ano, um pouco antes do Natal, o resto da minha visão foi embora. Quando penso nisto agora, parece que fui para a cama uma noite percebendo uma pequena mancha vermelha na parte mais distante da minha visão (a luz de standby da televisão do quarto) então acordei na manhã seguinte sem mais nada."

Watson afirma que as pessoas pensam que a cegueira completa é como fechar os olhos ou ficar em um quarto escuro.

"Não é assim de jeito nenhum. É uma completa ausência de luz, não é preto ou qualquer outra cor que eu possa descrever."

A britânica explica que suas retinas já não existem mais e ela não recebe luz no fundo dos olhos, "o que dá aos meus olhos a aparência peculiar".

"Cada pupila fica permanentemente e totalmente aberta porque está tentando capturar a luz. E, estranhamente, é a aparência de meus olhos que ainda faz com que eu não tenha tanta certeza de que estou cega, mas como eu não me lembro mais como sou, talvez chegará um momento quando isto também desaparecerá sem deixar dúvidas. Estou bem adaptada a ser cega."

Agora, sem ter nenhuma visão, Watson conta que sua vida está mais fácil, pois ela começou a usar mais os outros sentidos.

"Não tenho uma audição ou olfato extraordinários. Mas presto mais atenção aos outros sentidos. Por exemplo, frequentemente ouço um telefone tocando quando as outras pessoas não ouvem pois estou prestando mais atenção à audição do que elas."

Nos meses seguintes, depois de perder a visão completamente, Watson teve que aprender novamente coisas mais básicas: como fazer tarefas domésticas, como cozinhar, onde encontrar audiolivros, como atravessar a rua e como é beber demais quando não se consegue enxergar.

"Tudo isto aconteceu há 15 anos. Em algum momento, voltei a trabalhar e agora tenho muita sorte de estar trabalhando e colaborando com muitas pessoas inteligentes e interessantes, muitas delas tenho a satisfação de chamar de amigas."

Watson contou a experiência em seu site pessoal.

"A vida continuou, como a vida costuma fazer. Comemorei meu 40º aniversário no ano passado - talvez tenha sido isto que me levou a pensar e compartilhar minha história", afirmou.



(Fonte: Programa Bem Estar/Via Tv Globo)

Para uma direção ainda mais segura

A empresa japonesa Morpho apresentou em uma feira de tecnologia para fotografia no Japão uma novidade que pode ser muito interessante para quem dirige em estradas cheias de neblina ou poeira. Ela criou uma câmera capaz de anular os efeitos desses fenômenos e deixar o campo de visão do usuário muito mais limpo.

Na verdade, essa novidade é baseada quase que totalmente em um software capaz de eliminar da imagem partículas em suspensão no ar, seja neblina, neve, poeira ou poluição. Com isso a bordo, espera-se que caminhoneiros e motoristas possam dirigir com mais segurança nas estradas mesmo sob condições climáticas desafiadoras.

A intenção é usar essa tecnologia chamada Morpho Dehazer em trens e portos também, onde a visibilidade é muito importante para garantir a segurança de trabalhadores e usuários. Naturalmente, detalhes mais técnicos não foram revelados, mas a expectativa de que essa tecnologia chegue a consumidores comuns, em seus smartphones e câmeras de mão, é grande.

A própria Morpho já embutiu algumas de suas tecnologias em aparelhos portáteis bastante famosos, como nos Galaxys Note 5 e S6 Edge+ da Samsung. A coreana utilizou o Morpho Hyperlapse, que estabiliza o quadro das imagens quando você está filmando alguma coisa, e também o Morpho PhotoSolid, que elimina borrões das fotos combinando várias delas em uma só.

Por enquanto, o Morpho Dehazer ainda não está em nenhum aparelho comercial, mas deve ser inserido em câmeras usadas por profissionais das estradas, portos e estações ferroviárias em breve.



(Fonte: Tecmundo)

Colorir livros é para os fracos!

Como deixar uma foto em preto e branco cheia de cores? Com ciência! O vídeo abaixo faz parte de uma reportagem que foi ao ar recentemente no canal inglês BBC Four. Durante o programa, uma cientista mostra como uma simples ilusão de ótica pode enganar o cérebro a ponto de colorir uma imagem.

Para que isso aconteça, a imagem original é colorida em tons alaranjados e violetas. É preciso fixar o olhar nessa imagem colorida artificialmente por alguns segundos. Depois disso, quando a foto em preto e branco volta a aparecer, o cérebro percebe a paisagem cheia de cores.

Como isso pode acontecer? Os olhos humanos têm cones capazes de perceber as cores. Os cones são as células que reconhecem as cores azul, verde e vermelho. Quando super expostos a apenas uma cor, um deles deixa de responder.

Desse modo, os outros dois "se atrapalham" e mostram cores opostas ou complementares da imagem – por exemplo, em vez de ver a cor vermelha, os cones irão ver a cor verde. Como o cérebro é rápido, essa distração acontece por apenas alguns segundos até os cones perceberem a cor original.

A reportagem fazia parte de um especial sobre cores do canal. Aliás, reconheceu o vestido azul e preto que a jornalista usa? Ou seria branco e dourado?

Assista ao vídeo abaixo (em inglês) e siga os passos da jornalista para ver a imagem colorida:


(Fonte: Superinteressante)

Totem identifica e mostra porcentagem de UV em óculos

Saúde Visual já tratou nesta matéria acerca da importância de se utilizar óculos de grau com filtro solar. Para garantir a qualidade de lentes com proteção existe a NBR 15111, norma que estabelece as principais características físicas (mecânicas, ópticas etc.) para óculos de sol e filtros de proteção solar.

E como ter certeza que as lentes escolhidas estão adequadas à norma? Quando se trata de óculos importados e legítimos a maioria traz um selo de certificação. Caso contrário, dificilmente terão essa garantia. E é aí que entra em cena uma pesquisa do Departamento de Engenharia Elétrica da USP São Carlos, desenvolvida no Laboratório de Instrumentação Oftálmica e coordenada pela professora Liliane Ventura.

A partir de medições de proteção ultravioleta em óculos de sol, solicitadas à universidade pelo Inmetro, foi criado um totem de Autoatendimento para Verificação da Proteção Ultravioleta de Óculos de Sol.  Com capacidade para medir até 400 nm (comprimentos de radiação ultravioleta) o totem é o primeiro sistema de autoatendimento do mundo a verificar se os óculos contam mesmo com proteção UV. O que antes só poderia ser verificado por meio um especialista, usando-se um espectrofotômetro, agora está ao alcance do público de forma simples, rápida e moderna.

Basta colocar os óculos em um local indicado no totem e seguir as indicações dadas no monitor. Em alguns segundos, o equipamento identifica a categoria dos óculos, qual é o grau de escurecimento das lentes, aponta em quais situações pode ser usado, qual a proteção ultravioleta eles possuem e se essa proteção está adequada. Por meio de um cadastro anônimo requisitado após o teste, o totem mantém um banco de dados com os resultados obtidos. Dos óculos já testados, mais de 30% foram reprovados por não apresentarem proteção adequada.

Este dado ficou bem acima do esperado pelos pesquisadores, o que é preocupante, já que usar óculos de sol sem proteção é pior do que não usá-lo. Por isso, a maior contribuição deste trabalho, segundo a professora Liliane, é poder tornar a norma brasileira, hoje praticamente cópia da europeia, adequada à nossa realidade.

Por outro lado, a surpresa revelada pelo totem diz respeito aos óculos comprados em camelôs que apresentaram a proteção adequada, ao contrário das previsões. O problema é o pouco tempo de durabilidade dessa proteção. Todos os óculos de sol, mesmo os considerados de boa qualidade, possuem uma vida útil em relação à proteção, o que geralmente não ultrapassa dois anos.

O primeiro totem de Autoatendimento para Verificação da Proteção Ultravioleta de Óculos de Sol foi criado em 2001 e deverá ser comercializado em breve pois algumas empresas já demonstraram interesse, afirma Liliane.



(Fonte: K3 Notícias)

Para comer com os olhos. Literalmente

Quem faz dieta sabe que alguns alimentos têm significativamente mais calorias que os outros. Portanto, para perder peso importante é controlar o tamanho das suas porções. Mas VER isto faz toda a diferença, já que a visão é um dos sentidos mais importantes: 80% das informações recebidas pelo nosso cérebro chegam pelos olhos, que é o órgão responsável pela visão.

O projeto, feito pelo site Wise Geek, mostra apenas 200 calorias de cada alimento por considerar esta porção como algo “palpável”. 100 calorias seriam muito pouco para itens calóricos, e 500 calorias por sua vez seria um exagero para alimentos de baixa caloria. Para dar a noção visual do que isto representa, os alimentos foram fotografados em um prato com 26 cm de diâmetro, ou numa tigela com 16 cm de diâmetro.

Assim, quando consideramos que uma placa inteira de brócolis contém o mesmo número de calorias que uma porção de 40 gramas de confeitos de chocolate, pensamos duas vezes da próxima vez que decidir o que comer.

Quem faz dieta também sabe que não se deve reduzir todo alimento apenas pela quantidade de calorias. Existem outros fatores importantes, como a quantidade de carboidratos, os tipos de gorduras (saturadas/insaturadas/trans), entre outros. Mas estas fotos ajudam bastante a entender melhor o que você ingere. Por exemplo, 37 gramas de batatas Chips são tão calóricas quanto três ovos.

Abaixo, algumas fotos do projeto. Para ver mais alimentos com 200 calorias basta clicar aqui:

(Fonte: Gizmodo)

Não mate seus olhos, doe-os!

Apesar de ultimamente estar recebendo destaques negativos nos noticiários por conta dos muitos (e absurdos) casos de estupros coletivos ocorridos naquele país, a Índia tem seu lado consciente e solidário. Prova disto é uma campanha muito criativa da , uma entidade indiana sem fins lucrativos que luta pelo aumento das doações de córnea em seu país.

Intitulada “Não mate seus olhos, doe-os!” a campanha tenta sensibilizar as pessoas de que a oportunidade de recomeçar a vida, quando as esperanças já são poucas, é o maior presente que alguém pode receber. Como existem muitas pessoas que precisam deste presente, diversas entidades lutam para sensibilizar as pessoas quanto a importância do ato de doar os seus órgãos e tecidos.

Segundo a fundação, existem hoje cerca de 10 milhões de pessoas cegas, só na Índia. Ainda segundo a fundação, 80% destes casos são tratáveis. A explosão demográfica do país e o aumento da expectativa de vida são os principais fatores que contribuem para números cada vez mais crescentes. 

Apesar do padrão de atendimento oftalmológico e tecnologia médica estar avançando na Índia, ele ainda está além da acessibilidade para a maioria das pessoas. Na tentativa de estabelecer uma relação de confiança que poderia proporcionar atendimento oftalmológico gratuito para os pacientes pobres e necessitados nasceu, em 1993, a Vision Foundation of India com a missão de restaurar a visão das seções marginalizados da sociedade indiana.

Abaixo, alguns cartazes da campanha:

 

(Fonte: Vision Foundation of India)

Óculos de grau com filtro solar. Você sabia? Você usa?

Não apenas no verão, mas em qualquer dia ensolarado, usar óculos com filtro especial contra os raios UV é um dos itens que devem constar da lista de prioridades de todo cidadão, pois quem se expõe ao sol sem esta proteção tende a sofrer com alguns problemas oculares.

Para garantir a qualidade de lentes com proteção existe a NBR 15111, norma que estabelece as características físicas (mecânicas, ópticas etc.) para óculos de sol e filtros de proteção solar com potência nominal nula, previstos para uso geral na proteção contra radiações solares e também para uso social e doméstico - inclusive no trânsito.

De nada adianta, porém, a normatização se as pessoas desconhecem a importância de se utilizar óculos com filtro solar. Uma pesquisa feita com 223 pacientes acima dos 50 anos pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, mostra que os óculos de grau de 7 em cada 10 entrevistados não possui esta proteção.

O levantamento também revelou que 56,7% dos participantes desconhecem os danos que a radiação UV (ultravioleta) emitida pelo sol pode causar aos olhos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 20% dos casos de catarata são causados pela falta de proteção solar. Além da catarata, a radiação provoca na retina a degeneração macular, apontada como a maior causa de cegueira definitiva no mundo.

Burnier explica que a falta de proteção também resseca a lágrima e pode causar fotoceratite, uma inflamação da camada externa da córnea que provoca vermelhidão e sensação de areia nos olhos.  Nas pálpebras podem ocorrer manchas de senilidade e até câncer. A falta de proteção contra os raios solares também aumenta os casos de pterígio, membrana que cresce na conjuntiva em direção à córnea, confundida com catarata por muitas pessoas. Ainda na superfície do olho o especialista diz que radiação UV faz surgir lesões pré-malignas e cancerígenas que têm a mesma aparência do pterígio.

Além da proteção contra a radiação solar, é importante que as lentes sejam de marca confiável já que o principal segredo de um bom par de óculos de sol está em suas lentes. Algumas já recebem substâncias que bloqueiam os raios durante a sua fabricação enquanto outras passam por um tratamento depois de prontas no qual é aplicada uma substância transparente que tem a ação de um escudo. É o caso da Crizal UV, da Essilor, que protege também contra os raios UV refletidos na face interna da lente, ao mesmo tempo em que mantém nitidez de visão.



(Fonte: Portal Opticanet)

O mundo pelos olhos de um daltônico

John Dalton e seu irmão compartilhavam um problema de visão em comum, que era o de enxergar de maneira deficiente as cores vermelha e verde. Isto inspirou John a publicar seu primeiro artigo científico, "Fatos extraordinários relativos à Visão das Cores, com observação". Este artigo é creditado como sendo o primeiro relato reconhecido de deuteranopia (daltonismo vermelho-verde). Devido ao trabalho de Dalton, deuteranopia passou a ser referida como daltonismo.

Este é um problema mais comum do que muita gente pensa, segundo pesquisas a cada 12 homens, um sofre com a deficiência. Já no sexo feminino a relação é de um caso para cada 250 mulheres.

Em se suspeitando da existência do problema, é preciso consultar um oftalmologista, que irá aplicar os testes necessários. O diagnóstico precoce é fundamental para que o paciente desenvolva estratégias e alternativas para a realização de suas tarefas corriqueiras.

Não é fácil imaginar o mundo através dos olhos de um daltônico. Mas quem quiser experimentar pode utilizar o simulador desenvolvido pela Etre, empresa especializada em rastreamento ocular, que mostra como as imagens seriam vistas pelos olhos de um daltônico.

O simulador permite que você faça o upload de uma imagem qualquer (desde que ela tenha menos de 1000 pixels quadrados ou de 100Kb) e mostra como ela seria vista pelos três tipos de daltonismo conhecidos: protanopia, deuteranopia (formas de daltonismo verde-vermelho) ou tritanopia (daltonismo azul-amarelo).

Não deixa de ser curioso perceber como uma parcela considerável da população vê as coisas. Por isso, teste você mesmo acessando o simulador . Depois escreva para nós e conte-nos como foi sua experiência.



(Fonte: Etre)

"Não há barreiras que o ser humano não possa transpor”

Em nossa seção Literatura, apresentamos a comovente e impressionante história de Heldyene, que nasceu surdocega por conta de uma rubéola que a mãe dela contraiu durante a gravidez. As anotações diárias sobre o progresso da menina se transformaram em um livro, “Heldy Meu Nome – Rompendo as barreiras da surdocegueira”, escrito pela pedagoga Ana Maria de Barros Silva, que trabalha há 40 anos com a educação de surdocegos e que ficou impressionada com o desempenho de Heldyeine.

Por conta deste artigo, muitos leitores do Saúde Visual pediram informações mais detalhadas sobre a surdocegueira.

No dia 16 de setembro de 1977, delegados de 30 países, muitos deles surdocegos, se reuniram em Nova York, na primeira Conferência Mundial Helen Keller sobre Serviços para os Surdocegos Jovens e Adultos e adotaram por unanimidade a seguinte definição de pessoa surdocega: “Indivíduos surdocegos devem ser definidos como aqueles que têm uma perda substancial de visão e audição de tal forma que a combinação das duas deficiências cause extrema dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, de lazer e sociais”.

Segundo informações do Instituto Benjamim Constant, do Rio de Janeiro, o comprometimento simultâneo de ambos os sentidos varia de pessoa para pessoa. Alguns surdocegos têm audição residual e até a fala, nos casos em que a surdez evoluiu depois de o indivíduo já ter adquirido a linguagem oral (os chamados “pós-simbólicos”). Os casos mais graves são os “pré-simbólicos”, de surdocegueira congênita ou adquirida antes da aquisição da linguagem. Estes, sem dúvida, precisam de mais atenção para desenvolver formas alternativas de comunicação.

O grupo mais numeroso de surdocegos é composto por pessoas com 65 anos ou mais, que adquiriram a deficiência sensorial tardiamente. As causas da surdocegueira podem ser acidentes graves; a condição genética da síndrome de Usher (as manifestações clínicas desta síndrome incluem a surdez, que se manifesta logo no início da vida e a perda visual que ocorre, geralmente, mais tarde) e surdocegueira congênita resultante de doenças como a rubéola ou de nascimentos prematuros.

A grande dificuldade das crianças surdocegas está, justamente, em desenvolver um modo de aprendizado que compense a desvantagem visual e auditiva e permita o relacionamento com o mundo. Por isso, explorar as potencialidades dos sentidos remanescentes (tato, paladar e olfato) é essencial para a orientação e a percepção, tanto na escola, quanto fora dela. Tornar a escola um espaço fisicamente acessível para essas crianças mais um passo imprescindível para acolhê-las adequadamente.

Para os surdocegos pós-simbólicos uma das alternativas de comunicação consiste no sistema Tadoma, também conhecido como “Braille Tátil” – a mesma utilizada por Heldy. Nessa técnica a pessoa utiliza as mãos para sentir os movimentos da boca, do maxilar e a vibração da garganta do falante, e assim consegue interpretar o que é dito.

Já para os surdocegos pré-simbólicos, o uso do tato também é fundamental. Antecipar algumas sensações e permitir que sintam a forma dos objetos, associando-os a funções correlatas facilita a orientação e propicia um conforto maior para a criança.

O trabalho com os pais tem como objetivo apoiá-los, orientá-los e esclarecê-los, tendo em vista que parte do sucesso de qualquer trabalho de reabilitação deve-se à participação efetiva da família.

E por que a conferência tinha o nome “Helen Keller”, perguntarão os leitores, sempre atentos. Desta vez, Saúde Visual se antecipa e informa que, apesar de Laura Bridgmam (nascida em 1829) ser conhecida como a primeira pessoa surdocega educada com sucesso, Hellen é que se tornou a mais conhecida e um dos mais extraordinários exemplos de coragem e força de vontade.

Helen nasceu no Alabama (EUA) em 1880 e perdeu a visão quando tinha pouco mais de 1 ano de idade.  Seus estudos iniciaram quando ela já estava com 7 anos e, a partir de então, com a ajuda de Anne Sullivan - indicada por Alexandre Grahan Bell, amigo da família -, não mais parou sua escalada em busca de novos conhecimentos. Assim, aos 24 anos recebeu seu diploma de Filosofia na Universidade Radcliffe e, continuando sua trajetória, fez jus, ao longo de sua vida, a inúmeros títulos, homenagens e diplomas honorários em reconhecimento por seu trabalho em prol do bem estar das pessoas cegas e surdocegas e, sobretudo, pelo exemplo vivo das imensas e ricas possibilidades do potencial humano.

Helen, que faleceu em 1968, costumava dizer que “não há barreiras que o ser humano não possa transpor”. Alguém duvida?



(Fonte: Instituto Benjamim Constant)

O ópio do povo, pelo povo e para o povo

O Museu do Futebol conta através do seu acervo a história do futebol nacional e sua relação com o imaginário social e cultural do povo brasileiro – nas palavras do escritos Nelson Rodrigues, o ópio do povo. Este é o primeiro museu da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo planejado para ser acessível. Desde sua concepção, todas as salas - assim como todo seu conteúdo - foram pensadas para atender diferentes perfis de públicos, incluindo as pessoas com deficiência física, intelectual e mobilidade reduzida.

Por isso, o Programa de Acessibilidade do Museu do Futebol (PAMF) reúne uma série de recursos com o objetivo de facilitar e potencializar o acesso ao museu. Assim, no âmbito social, o Museu do Futebol oferece ingressos a preços populares; um dia gratuito na semana (quinta-feira) e políticas de isenção para grupos de escolas públicas e instituições sociais. No que diz respeito ao ambiente físico e arquitetônico, o Museu conta com acesso a todos os andares do edifício por meio de elevadores para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção; piso podotátil para cegos e pessoas com baixa visão em todo o percurso da exposição de longa duração e telefone para surdos, entre outros.

Para este trabalho de educação inclusiva, com atendimento especial a pessoas com deficiência, o Museu do Futebol também oferece áudio-guias para cegos; totens informativos em Braille em todas as salas do Museu e 23 maquetes táteis para o público cego, com baixa visão e limitação de compreensão de linguagem.

Estas pessoas, inclusive, contam também com o Catálogo do Programa de Acessibilidade do Museu, cujo objetivo é promover o acesso à arte museológica disponível no Museu do Futebol. O projeto, que é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de São Paulo. Tem a concepção da Fundação Roberto Marinho, realização do Instituto da Arte do Futebol Brasileiro e conta com o patrocínio do Laboratório Aché, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, prevê a distribuição gratuita de 2.000 exemplares para instituições sociais, museus e bibliotecas.

Para o Museu do Futebol, ser acessível é propiciar que um serviço seja usufruído pelo maior número de pessoas possível, independente de suas condições físicas, sociais e intelectuais. Para aprimorar ainda mais este serviço, em 2010 teve início o Projeto Deficiente Residente, uma experiência pioneira desenvolvida pela equipe do Museu, com o intuito de repensar o atendimento de todos que integram o museu e, em particular, o dos visitantes com deficiência.

O Museu do Futebol fica na Praça Charles Miller, sem número, dentro do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, capital. Funciona de terça a domingo, das 09h às 17h e também abre nos feriados que ocorrem de terça a domingo. As visitas com ou sem acompanhamento podem ser agendadas pelo do Museu.



(Fonte: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo)

Utilidade Pública: dicas para você identificar óculos falsificados

Saúde Visual vem publicando uma série de matérias sobre óculos falsificados. Além de tratar sobre os problemas que os produtos pirateados podem causar aos olhos e à visão, também tratamos da qualidade que as falsificações estão alcançando. Cada vez melhores, os óculos piratas podem enganar o consumidor menos atento.

Há poucas coisas mais frustrantes do que comprar um par de óculos caros para descobrir mais tarde se gastou um bom dinheiro em falsificações. Por isso, seguindo a série, agora vamos apresentar algumas dicas que ajudarão o consumidor a identificar falsificações entre as principais (e mais falsificadas) marcas de óculos de grife. Se qualquer uma das características mencionadas estiver faltando, então o óculos pode ser uma falsificação.

  • OAKLEY

Óculos Oakley são acompanhados por documentação adequada na caixa. O logotipo da empresa estará em algum ponto nos braços dos óculos. Além disso, um revendedor certificado pela própria Oakley pode verificar a autenticidade dos óculos de sol.

  • DOLCE & GABBANA

O artesanato de alta qualidade é uma característica da Dolce & Gabbana, que não utiliza materiais frágeis e / ou baratos, como o plástico. Deve-se também inspecionar o acabamento para garantir que não exista rachaduras. Os óculos devem vir com um certificado de autenticidade, bem como acessórios, como um estojo personalizado e um pano de limpeza com a logomarca da empresa.

  • FENDI

Cada par de óculos de sol Fendi ostenta um rótulo da empresa sobre a lente esquerda, perto do canto inferior esquerdo. No interior do braço haverá um número do modelo, o código, cor e uma indicação de foram feitos na Itália.

  • VERSACE

Os óculos terão o logotipo Versace que também é baseada na Itália e seus óculos são feitos naquele país. Além disso, eles usam produtos que garantem o acabamento dos óculos de forma a não sair e nem desbotar.

  • CARTIER

Óculos Cartier tem um número de sete dígitos de série, geralmente começando com o "3". O consumidor pode telefonar para a empresa e verificar se o número de série é real. O número de série é frequentemente gravado em algum lugar dos óculos em uma pequena (e boa ) impressão que é difícil de ver. A empresa usa pequenos parafusos de metal redondos em vez de plástico. Além disso, os óculos vêm em um estojo rígido preto, não em couro marrom macio.

  • ARMANI

Os óculos de sol, o estojo e o pano de limpeza devem ostentar o logotipo da Armani e deve ser de forma clara e nítida, além de não borrar. Verifique os números de modelo, que podem ser consultados online. Óculos Armani são feitos apenas na Itália e são acompanhados por um certificado de autenticidade.

  • RAY-BAN

A caixa que vem com os óculos Ray-Ban traz um adesivo com diversas informações, incluindo um número de série, detalhes do distribuidor, e o número do modelo dos óculos. O estojo apresenta uma gravura de ouro (não pintado). Além disso, basta verificar se há o logotipo da Ray-Ban, um RB de intertravamento, no nariz dos óculos. Ele deve ser do lado direito para cima (segurando os óculos de cabeça para baixo). Outro detalhe: o logotipo RB deve estar gravado acima da dobradiça na lente direita.

  • GUCCI

Óculos Gucci são fabricados somente na Itália e são contados - o número está incorporado no quadro.

  • PRADA

Assim como Gucci, os óculos Prada são feitos somente na Itália pelo fabricante Luxottica. Além disso, os óculos Prada vêm em uma caixa que inclui um pano de limpeza Prada, um folheto informativo da Luxottica folheto informativo, um estojo Prada e o certificado de autenticidade que se assemelha a um cartão de crédito. Um número correspondente de série está gravado nas lentes, também.

  • CHRISTIAN DIOR

Óculos de sol Christian Dior tem seu nome escrito no interior em letras brancas e indica que eles são feitos na Itália. Eles também têm números de modelo verificáveis e códigos de cores.

Para encerrar, informamos que a foto apresenta um modelo de óculos Cartier falso. Agora feche a boca e releia as dicas acima...



(Fontes: todas as empresas citadas nesta matéria)

Aprenda a se comunicar com um surdocego

Saúde Visual publicou uma espécie de cartilha com código de etiqueta que orienta a relação com as pessoas portadoras de deficiência visual, elaborada pelo Instituto Benjamin Constant, a mais antiga instituição de educação para cegos do país.

Agora, vamos apresentar um outro código de etiqueta, desta vez voltado para as pessoas surdocegas. Os surdocegos possuem diversas formas para se comunicar com as outras pessoas. A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), desenvolvida para a educação dos portadores de deficiência auditiva, pode ser adaptada aos surdo-cegos utilizando-se o tato, em um método que ficou conhecido como Tadoma. Consiste em colocar a mão sobre a boca e o pescoço de um intérprete. O portador de surdocegueira poderá sentir a vibração de sua voz e entender o que está sendo dito.

Também é possível para o surdocego escrever na mão de seu intérprete utilizando um alfabeto manual ou redigir suas mensagens em sistema Braille. Existe ainda o alfabeto Moon, que substitui as letras por desenhos em relevo, e o sistema pictográfico, que usa símbolos e figuras para designar os objetos e ações.

Abaixo, as dicas de como se comunicar com um surdocego:

    1. Ao aproximar-se de um surdocego deixe que ele perceba sua presença com um simples toque.
    2. Qualquer que seja o meio de comunicação adotado faça-o gentilmente.
    3. Combine com ele um sinal para que ele o identifique.
    4. Aprenda e use o método de comunicação que ele souber, mesmo que elementar.
    5. Se houver um método mais adequado que lhe possa ser útil, ajude-o a aprender.
    6. Tenha a certeza de que ele o está percebendo.
    7. Encoraje-o a usar a fala se ele conseguir, mesmo que ele saiba apenas algumas palavras.
    8. Se estiverem outras pessoas presentes, avise-o quando for apropriado para ele falar.
    9. Avise-o sempre do que o rodeia.
    10. Informe-o quando sair, mesmo que seja por um curto espaço de tempo. Assegure-se que fica confortável e em segurança. Se ele precisar de algo para se apoiar durante a sua ausência, coloque a mão dele no que servirá de apoio. Nunca o deixe sozinho num ambiente que não lhe seja familiar.
    11. Mantenha-se próximo dele para que ele se aperceba da sua presença.
    12. Ao andar deixe-o apoiar-se no braço, nunca o empurre à sua frente.
    13. Utilize sinais simples para avisá-lo da presença de escadas, uma porta ou um carro.
    14. Um surdocego que esteja apoiado no seu braço perceberá qualquer mudança no seu andar.
    15. Escreva devagar na palma da mão do surdocego utilizando as letras de forma do alfabeto manual.



(Fonte: Rede Saci)

Normas precisam ter o componente de preservação da saúde visual

As normas que regulam o setor óptico foram o principal tema debatido pelos empresários que participaram, em Brasília, da última reunião do ano da Câmara Brasileira de Comércio de Produtos e Serviços Ópticos (CBóptica).

De grande interesse para o segmento e usuários, o foco foi a atualização e revisão da NBR 15.111:2004 (proteção pessoal dos olhos, óculos de sol e filtros de proteção contra raios solares para uso geral), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A preocupação foi levada à reunião pelo Coordenador da Câmara, André Roncatto, representante da CNC no Comitê Brasileiro de Óptica e Instrumentos Ópticos (CB-49). Baseada em estudo científico, a atualização que tinha o apoio da CBóptica definia como sendo de 400nm (nanômetro, unidade de medida de luz e radiação) o requisito mínimo para que óculos de proteção solar não levassem risco à saúde e segurança dos usuários.

Na apresentação que fez aos membros da Câmara, Cássia Marques, da Assessoria de Gestão das Representações (AGR), explicou que a norma foi submetida à Consulta Nacional. Só que, no ano passado, a ISO publicou as normas 12311 e 12312-1, que tratam do tema, e, de acordo com a ABNT, a orientação é que, havendo Norma ISO sobre um mesmo assunto, deve ser seguido o formato internacional, adotado como “espelho”. A CBóptica defende que decisão tenha o componente de preservação da saúde visual, sem levar em conta o interesse comercial.

“O trabalho da Câmara, com o apoio incisivo das áreas técnicas da CNC, é estar presente nos grupos técnicos de trabalho da ABNT, defendendo os interesses, tanto dos usuários quanto dos empresários do setor. Acredito que, com Inteligência e criatividade, e envolvendo o expertise do Senac  – que já é membro de alguns grupos de trabalho da ABNT, temos condições de defender e garantir que, quando as normas estiverem aprovadas, prevejam filtro de 400 nanômetros, necessário para proteção da saúde visual.”

Ela informou ainda que, por intermédio do representante titular da CNC no Conselho Consultivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Adelmir Santana, foi dada entrada em solicitação para a criação do Grupo de Trabalho sobre Produtos Ópticos. O objetivo é estabelecer procedimentos destinados ao cumprimento das boas práticas do varejo de produtos ópticos.

A pedido da CBóptica, a Assessoria Legislativa da CNC realizou levantamento das proposições de interesse da Câmara no Congresso Nacional. Segundo o assessor Douglas Pinheiro, apenas o Projeto de Lei (PL) 5.534/2005 (PLS 512/2003) afeta o segmento.

O projeto, que torna obrigatória a proteção contra radiação ultravioleta nos óculos de sol e dá outras providências, já foi aprovado pelo Senado Federal e pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) e Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados. Atualmente, aguarda parecer do relator, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), na comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).

O gerente de Saúde e Ação Social do Sesc Nacional, Irlando Nogueira, fez uma apresentação mostrando ações da entidade. Ele detalhou o projeto “Ver para Aprender”, que promove a saúde visual entre os brasileiros, especialmente comerciários. O atendimento oftalmológico é levado a comunidades que apresentam maior deficiência em relação a profissionais de oftalmologia, estimulando paralelamente o comércio varejista do segmento óptico.

Segundo ele, o Sesc está aumentando a interface de entendimento com a CBóptica, ampliando o projeto junto às empresas de comércio e serviços. “Por intermédio dos Departamentos Regionais do Sesc, queremos envolver as empresas, sensibilizá-las para adesão ao projeto em benefício dos seus empregados e, em consequência, da produtividade da empresa”, informou. A metodologia foi testada no Departamento Nacional da entidade como se fosse uma empresa, concluindo-se pela viabilidade da proposta.

No encerramento da reunião, Rodrigo Wepster, do Departamento de Planejamento (Deplan) apresentou o trabalho “Varejo de Óticas: Mapeamento Estrutural”, resultado de levantamento realizado pela Divisão Econômica da CNC.

Entre outros detalhes, a pesquisa mostrou que, de 2006 para 2014, o setor cresceu apenas cerca de 11%; 97% são microempresas e, do total de 36.754 existentes no Brasil, 76% são optantes do Simples Nacional. A maior parte (78%) dos empregados tem curso médio completo, enquanto a maioria (54%) recebe entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil.

Dos quase 110 mil trabalhadores do setor, 60% são vendedores. O segmento óptico tem uma participação de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas as riquezas do Brasil).



(Fonte: Jornal do Brasil)

5 minutos. E adeus cegueira

Ver o médico Sanduk Ruit trabalhar é como observar milagres.

Ele devolveu a visão a mais de 100 mil pessoas, talvez mais do que qualquer médico na história, e os pacientes não param de chegar. Eles vêm de vilarejos remotos, através de trilhas nas montanhas, cambaleando e tateando, esperando passar pelo bisturi para voltar a ver seus familiares.

Um dia depois da cirurgia para remover a catarata, ele retira as ataduras – e veja só! Eles conseguem enxergar claramente. Primeiro com hesitação, depois com júbilo, eles olham em volta. Poucas horas depois, voltam andando para casa, irradiando uma felicidade indescritível.

O médico oftalmologista nepalês Sanduk Ruit talvez seja o campeão mundial na guerra contra a cegueira. Cerca de 39 milhões de pessoas em todo o mundo são cegas – cerca de metade por causa da catarata – e outros 246 milhões têm a visão deficiente, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Se você é uma pessoa cega num país pobre, então normalmente não tem esperança. Mas Ruit é pioneiro numa técnica de microcirurgia de catarata simples que custa apenas US$ 25 (R$ 94) por paciente e é quase sempre bem-sucedida. Na verdade, seu "método Nepal" agora é ensinado nas faculdades de medicina dos EUA.

Todos os anos ofereço uma viagem a um estudante, que vai comigo a algum país em desenvolvimento para cobrir temas pouco conhecidos. Austin Meyer, aluno da Universidade de Stanford, e eu viajamos para Hetauda, no sul do Nepal, para assistir a Ruit fazer sua mágica em 102 homens e mulheres.

Uma das pacientes era Thuli Maya Thing, uma mulher de 50 anos que diz que tem dificuldades para cuidar dos filhos desde que perdeu a visão devido à catarata nos últimos anos. Por causa da cegueira e da incapacidade de trabalhar, a família às vezes passa fome.

"Não posso ir buscar lenha nem água", Thuli Maya me disse. "Não posso fazer comida. Eu vivo caindo. Já me queimei no fogo."

Então Thuli Maya estava esperando fora do hospital de olhos que Ruit montou aqui, nervosa, mas também ansiosa pelo resultado. "Vou conseguir ver meus filhos e meu marido de novo --é isso que eu mais quero", disse ela.

Ela foi levada à sala de operação, e um anestésico local foi injetado em seus olhos. Depois de abrir o olho esquerdo com um espéculo de pálpebras, Ruit observou através de um microscópio enquanto fazia uma pequena incisão no globo ocular e, em seguida, puxou a catarata – e colocou-o na palma da minha mão. Era dura e amarelada, talvez com oito milímetros de diâmetro, um pequeno disco opaco que devastou a vida de Thuli Maya.

Ruit inseriu uma lente minúscula no olho e concluiu a cirurgia. O processo levou apenas cinco minutos. Em seguida, ele repetiu o procedimento no olho direito de Thuli Maya, confiante de que ela voltaria a enxergar.

"Aqui os resultados são muito claros", disse Ruit enquanto fazia um curativo no olho da paciente. "É diferente de qualquer outra intervenção médica."

Nos Estados Unidos, a cirurgia da catarata normalmente é realizada com máquinas complexas. Mas elas são inacessíveis nos países pobres, de modo que Ruit aperfeiçoou o trabalho de outros (entre eles do Aravind Eye Care System na Índia, uma instituição excepcional que realizou 280 mil cirurgias de catarata no ano passado) para inovar e refinar a microcirurgia de pequena incisão para remoção de catarata sem sutura.

No início, os céticos denunciaram e ridicularizaram suas inovações. Mas então o "American Journal of Ophthalmology" publicou um estudo sobre um ensaio clínico aleatório revelando que a técnica de Ruit tinha exatamente o mesmo resultado (98% de sucesso num prazo de seis meses de acompanhamento) que as máquinas ocidentais. A diferença era que o método de Ruit era muito mais barato e rápido.

"Os resultados são fantásticos", disse o Dr. Geoffrey Tabin, oftalmologista do Moran Eye Center da Universidade de Utah. Tabin aprendeu a técnica de Ruit e também esteve em Hetauda, removendo cataratas ao lado de Ruit, e diz que os resultados obtidos utilizando esta técnica na zona rural do Nepal são tão bons quanto os de seus pacientes em Salt Lake City, que pagam por serviços de primeira classe e desfrutam de quase US$ 1 milhão em equipamentos médicos de última geração.

Tabin disse que, quando não é possível utilizar as máquinas para a cirurgia de catarata nos Estados Unidos (se, por exemplo, a catarata é grande demais), a técnica de cirurgia manual padrão norte-americana é inferior à de Ruit.

Tabin, um alpinista que se interessou pelo Nepal após subir o Monte Everest, lidera o Projeto de Catarata do Himalaia, uma instituição de caridade norte-americana que apoia o trabalho de Ruit e leva suas técnicas a outros países, como a Etiópia e Gana. A batalha contra a cegueira mundial é agora um projeto conjunto de Ruit e Tabin, e eles batizaram seu site de CureBlindness.org com otimismo.

"Ruit foi o primeiro médico a colocar lentes em pessoas pobres no mundo em desenvolvimento", disse Tabin. "Ninguém mais devolveu a visão a tanta gente."

Pelas contas de Ruit, que outros acreditam ser factíveis, ele realizou 120 mil cirurgias de catarata, a maioria em apenas um olho dos pacientes. Ruit desenvolveu não só uma técnica cirúrgica, mas todo um sistema de medicina oftalmológica. Ele fundou o Instituto de Oftalmologia Tilganga, que inclui hospitais, clínicas comunitárias, programas de treinamento e um banco de olhos, cobrando dos pacientes mais ricos para apoiar os mais pobres como Thuli Maya. O Tilganga faz cirurgias de olhos em 30 mil pacientes anualmente – metade delas é paga, a outra metade é gratuita.

O Tilganga também fabrica 450 mil lentes por ano para uso em cirurgia de catarata, mantendo os custos em US$ 3 (R$ 11) por lente em comparação com US$ 200 (R$ 750) no Ocidente. A qualidade parece excelente, e elas são exportadas para 50 países, inclusive na Europa. E para aqueles que perdem um olho, a Tilganga faz próteses realistas que custam US$ 3, em comparação com US$ 150 (R$ 565) por uma prótese ocular importada.

Este sistema impressiona especialistas do mundo inteiro. O médico David F. Chang, ex-presidente da Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa, descreve Ruit como "um dos oftalmologistas mais importantes do mundo".

Ruit, 61 anos, que cresceu numa região remota do nordeste do Nepal e estudou medicina na Índia, está agora levando seu modelo para outros países de baixa renda.

"Se conseguimos fazer isso no Nepal, pode se fazer em qualquer lugar do mundo", disse ele.

Uma motivo para ter a visão como tema da viagem: a cegueira é ao mesmo tempo algo extremamente debilitante e normalmente fácil de curar ou prevenir. Cápsulas de vitamina A custam 7 centavos de real e podem impedir 250 mil casos de cegueira infantil ou mais por ano (metade dessas crianças morrem um ano depois de ficarem cegas). O tracoma, que leva à cegueira, pode ser evitado com mais higiene e antibióticos doados. A oncocerose (ou cegueira dos rios) está acabando, em parte por causa do trabalho heroico de Jimmy Carter e de remédios doados pela Merck. E a catarata - bem, vamos voltar a Thuli Maya.

Um dia depois da cirurgia, ela e os outros 101 pacientes estavam prontos para tirar suas ataduras. Ruit tirou com cuidado os tapa-olhos de Thuli Maya, e ela piscou algumas vezes - e enxergou o que estava em volta pela primeira vez em anos. Ela sorriu enquanto sua visão era testada; o resultado foi 20/20.

"Antes eu me arrastava por aí", disse Thuli Maya em meio a sorrisos", agora posso levantar e andar."

É verdade que ajudar as pessoas é sempre mais difícil do que parece. Mas às vezes é quase milagroso: uma cirurgia de US$ 25 (R$ 94), US$ 50 (R$ 188) para ambos os olhos, para devolver a visão a uma pessoa. "Isto tem um impacto tão grande, por tão pouco dinheiro", disse Ruit enquanto observava seus pacientes se acostumando a voltar a enxergar.

Enquanto isso, Thuli Maya dançava.



(Fonte: Bol Notícias, via Nicholas Kristof  – com tradução de Eloise De Vylder)

É preciso ficar de olho no estrabismo infantil

O estrabismo é uma doença caracterizada pela perda do paralelismo entre os olhos, ou seja, o desequilíbrio na função dos músculos oculares causa um desalinhamento dos eixos visuais. São observados com mais frequência três tipos da anomalia: o convergente, o mais comum entre eles, no qual há um desvio de um dos olhos para dentro, em direção ao nariz; o divergente, onde há um desvio para fora; e o estrabismo vertical, quando um olho fica mais alto ou mais baixo em relação ao outro.

Em bebês com menos de 6 meses de idade, podemos observar algum desvio com caráter intermitente, uma vez que os músculos oculares ainda não se desenvolveram completamente e, por esta razão, a visão da criança ainda está em fase de adaptação. Passado esse período, é preciso que os pais estejam sempre alerta, pois o período de maior desenvolvimento visual ocorre entre os 6 meses e os 5 anos, e qualquer estrabismo nessa fase pode prejudicar a visão da criança.

“A fim de evitar que as células cerebrais se atrofiem e a criança fique com a capacidade visual e visão tridimensional prejudicada, é fundamental que o tratamento se inicie tão logo seja percebido, pois após os 7 anos o sistema visual estará completamente desenvolvido e perderemos a chance de proporcionar uma melhor visão à criança estrábica”, afirma o Dr. Fabio Pimenta de Moraes, oftalmologista do H.Olhos–Hospital de Olhos Paulista, maior centro de saúde ocular de São Paulo.

Os principais sintomas que devem ser observados pelos responsáveis incluem o movimento dessincronizado entre os olhos, ou seja, o desvio ocular, dificuldade em observar objetos de interesse ou pessoas conhecidas, fechar um olho apenas para se locomover ou realizar tarefas ou, ainda, inclinar a cabeça na tentativa de manter os olhos paralelos.

“Muitos pais têm a impressão de que o estrabismo ocular foi curado sozinho, porém é importante salientar que a doença não vai ter melhora sem o devido tratamento. Portanto, ao menor sinal de estrabismo, é importante consultar um oftalmologista especializado em crianças ou em estrabismo”, acrescenta o especialista.

Em crianças menores, o tratamento para o estrabismo pode ser feito com o uso de óculos e tampão orientados pelo oftalmologista. Em casos específicos, pode ser necessária alguma intervenção diretamente nos músculos para corrigir o desvio. A toxina botulínica injetada nos músculos extraoculares pode ajudar casos de desvio para dentro em crianças de até 1 ano. A cirurgia pode ser necessária em casos específicos de estrabismo e com ângulo de desvio grande, que pode prejudicar o desenvolvimento visual e proporcionar uma estética ruim.

“É essencial que os pais estimulem a visão de seus filhos com brinquedos que instiguem o desenvolvimento e a atenção e, durante essas atividades, observem a postura, posição da cabeça e interesse da criança, bem como possíveis desalinhamentos dos olhos”, finaliza o médico.



(Fonte: Segs)

You are the sunshine of my life

Steve Jobs (1955-2011) foi um dos maiores revolucionários da informática. Por isso, é de se esperar que todos os entusiastas de tecnologia o admirem e o elogiem. Mas quando o elogio vem de uma lenda da música, a coisa muda de figura.

Stevie Wonder (nome artístico de Stevland Hardaway Morris), nasceu prematuramente em 13 de maio de 1950 e ficou cego devido a complicações decorrentes de um tratamento médico-hospitalar (oxigenoterapia) realizado logo após seu nascimento.

Com apenas 11 anos de idade, assinou contrato com a Tamla Records, selo da Motown Records – gravadora na qual permanece até hoje e aonde foi rebatizado como Little Stevie Wonder (algo como pequeno e maravilhoso Stevie) por já alguns instrumentos, como piano, gaita, bateria e baixo. De lá para cá, Stevie gravou mais de trinta sucessos que alcançaram o top ten e ganhou vinte e cinco Grammy Awards, o maior número já ganho por um artista masculino. Na década de 1960, ele retirou o “little” do nome artístico.

Ativista de causas humanitárias e sociais, Stevie só falta compor uma canção em homenagem ao criador do iPhone e do iPad. "Sua empresa assumiu o desafio de fazer uma tecnologia acessível a todos com o espírito de levar o mundo para frente”, afirmou ele sobre Jobs. "Porque não há nada no iPhone ou no iPad que você pode fazer e que eu não possa", acrescentou Stevie.

O iPhone tem desde a versão 3GS uma função chamada de VoiceOver, que pode ser ativada sem ajuda de terceiros. Com ela, o usuário passa o dedo sobre a tela e ouve uma descrição do que está sendo tocado pelos dedos, sem o risco de ativar outros menus ou funções por acidente, pois, para ativá-los, é preciso tocar duas vezes. E para navegar entre telas, é preciso usar três dedos.

Para digitar, a pessoa com deficiência visual pode usar o recurso de Ditado presente apenas no iPhone 4S. Em outros modelos, a digitação é feita passando o dedo no teclado. O iPhone, por exemplo, pronuncia a letra que está sendo tocada; tocando duas vezes para digitar a letra. Parece ser bem trabalhoso, mas o VoiceOver ajuda pronunciando o autocompletar. Há também outras adições que tornam a vida mais fácil para o usuário com deficiência. Stevie Wonder bem que poderia dedicar, então, ao aplicativo um de seus grandes sucessos - You are the sunshine of my life/That's why I'll always be around,/You are the apple of my eye/Forever you'll stay in my heart...

Quando Jobs lutava contra o câncer pancreático que, enfim, o derrotou, Stevie fez uma aparição especial em uma boate em Los Angeles, cantou algumas de suas canções, tocou algumas outras faixas, mas também interrompeu o show para fazer um discurso sobre ajudar as pessoas com deficiência. vídeo amador, que registrou esta apresentação, na marca de 4:38 podemos conferir Wonder dedicar um bom tempo para agradecer a Steve Jobs. Parafraseando o próprio cantor: Isn't he lovely?



(Fonte: The Next Web)

Uma promessa contra o "braço curto"

Depois dos 40 anos a sensação é que os braços estão ficando mais curtos, as letrinhas parecem diminuir ou "dançar" na página, a vista fica embaraçada. Trata-se da presbiopia, ou vista cansada, como é mais conhecida. Para reduzir o problema, nos casos mais graves até a cirurgia é recomendada. Ainda assim, não há como garantir que a visão seja como antes.

Agora, um produto chamado Flexivue Microlens, da marca Presbia, promete corrigir a presbiopia. A microlente já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e submetida a um estudo com cinco pacientes no Hospital de Olhos Paulista.

Mesmo assim a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pretende avaliar a eficácia deste produto que possui apenas três milímetros de diâmetro e é implantado dentro da córnea do paciente. O intuito, segundo o oftalmologista Mauro Campos, coordenador da Pós-Graduação em Oftalmologia da Unifesp, é comparar a nova técnica com o uso de lentes descartáveis comuns e “ver com qual das duas a pessoa se sente melhor", explica ele.

Dos 80 voluntários, 40 receberão a microlente e 40 utilizarão uma lente comum. Nos meses seguintes, eles serão submetidos a métodos de análise da visão e durante um ano as visitas ao oftalmologista serão mensais. É importante destacar que a nova técnica em teste prevê que a microlente seja inserida por meio de cirurgia no interior da córnea e que a inserção é feita com o auxílio de laser.



(Fonte: Portal Opticanet)

Óculos de sol para a criançada ficar protegida

Nos dias de sol é comum a criançada ir brincar protegida com protetor solar, bonés e chapéus, guarda-sol e outros ítens. Mas... E os olhos? Eles também merecem a mesma atenção, os mesmos cuidados. Mas 90% dos brasileiros não se preocupam em proteger a visão de seus filhos e não tem o hábito de proteger os olhos de suas crianças durante os passeios ao sol – seja nos parques, na praia ou mesmo no quintal de casa.

Os olhos estão sujeitos a riscos semelhantes aos da pele, quando expostos à radiação ultravioleta, principalmente, por tempo prolongado, entre as 9h e 15h. As crianças são ainda mais suscetíveis, ou seja, quanto mais cedo os olhos forem expostos às radiações, maiores as probabilidades de aparecerem problemas, caso o hábito não seja corrigido.

As conseqüências podem ser desastrosas, com o surgimento de catarata, degeneração da retina e até câncer intra-ocular. Como a radiação é cumulativa, em razão da transparência dos meios que compõem o olho, há uma maior penetração de radiação – principalmente a ultravioleta, maior fator de risco para doenças que se apresentarão mais tarde, como degeneração macular e catarata.

Contra isso, os pais podem lançar mão dos óculos de sol com proteção ultravioleta e o material utilizado na fabricação deve ser resistente – afinal falamos de crianças e seu estilo de vida bem agitado. O policarbonato, por exemplo, é considerado inquebravel. Portanto, não servem aqueles óculos com lente de plástico, que podem ser comprados em lojas de brinquedos, simplesmente porque não vai ter proteção alguma e a criança ainda corre o risco de quebrar e se machucar.

Além disso, os pais caem na tentação de comprar óculos de sol de vendedores ambulantes que são, aparentemente iguaizinhos aos modelos originais e bem mais baratos, mas escondem o grande mal que podem causar à visão. A maioria dos óculos de qualidade apresenta o selo de qualificação sobre o grau/percentual de proteção contra a radiação UV. O ideal é que esta qualificação seja de 100%.

Apesar de não existir idade mínima para criança começar a usar óculos escuros, especialistas concordam que aos 8 meses de idade ela já pode ganhar um e que a partir dos 2 anos não dá para postergar o hábito.

Já existem armações para crianças com idade inferior a quatro ou cinco anos e os fabricantes garantem a proteção contra os raios UVA e UVB. De qualquer forma, os pais devem expor filhos nesta faixa etária o mínimo possível ao sol, ficando com eles sob a sombra de uma barraca ou guarda-sol e vestindo-lhes chapéus, sempre.



(Fonte: Portal Genco)

Um ponto de ônibus inteligente para deficientes visuais

Douglas Toledo estudava em Campinas e morava em Itatiba, uma cidade vizinha, e fazia o seu trajeto diário até a universidade de ônibus. No mesmo ponto onde esperava sua linha, ele frequentemente encontrava uma senhora deficiente visual. Observando os problemas que ela enfrentava para saber da aproximação do veículo (e se era o veículo certo) e da dificuldade de seu embarque, ele percebeu como havia uma necessidade não atendida de um sistema inteligente que auxiliasse o deficiente visual que precisa usar transporte público.

A ideia foi adiante com o nome de Viibus (sigla para “Visually Impaired Intelligente Bus Stop”, ou “Ponto de Ônibus Inteligente para Deficientes Visuais”). Douglas conversou com Leonardo Campos e Adair Silva, dois deficientes visuais do Centro Interdisciplinar de Atenção à Pessoa com Deficiência da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, para saber quais são suas necessidades. A partir daí surgiu um sistema que integra ponto de ônibus, passageiro e veículo. O usuário é informado pelo ponto que se aproxima um coletivo da linha que ele precisa, enquanto o motorista do ônibus é comunicado que há um passageiro com deficiência visual esperando.

No ponto é instalado um painel de seleção das linhas em braille, um modelo que foi testado por Campos e Silva, da PUC-Campinas. Além disso, é colocada uma base fixa de comunicação sem fio que detecta a aproximação do ônibus em um determinado raio de distância, que pode ser ajustado de acordo com a velocidade permitida na via.  Uma vez que o ônibus chega até o ponto, o deficiente recebe uma notificação sonora para que possa fazer o embarque.

Durante o processo, os demais usuários que esperam no ponto também são informados da presença do deficiente visual por meio de um monitor e de sinalização visual. O objetivo disso é fazer que o sistema não substitua a necessidade interação entre as pessoas.

O equipamento se comunica na mesma frequência usada pelos celulares com um sistema similar que fica dentro do ônibus da linha escolhida no painel. Douglas procurou fazer um modelo que não dependesse da conexão com a internet, pois isso limita as áreas onde o Viibus poderia ser instalado. Mas ele também não descarta totalmente a possibilidade de conectar o equipamento com a rede.

O projeto se transformou no trabalho de conclusão de curso de Douglas na faculdade de engenharia elétrica. Depois, o Viibus acabou como um dos cinco vencedores do Desafio Cisco de Inovação Urbana, que buscava soluções para serem implementadas no Porto Maravilha, uma das áreas mais importantes do projeto olímpico do Rio de Janeiro.

Como o projeto depende da fabricação do equipamento para tornar os pontos de ônibus mais acessíveis, ele está em busca de investidores para poder produzir e instalar a tecnologia em outros lugares além do Porto Maravilha. Sua intenção é esperar o protótipo ser instalado para entrar em contato com as prefeituras, começando por Curitiba, Campinas e Sorocaba.

“Eu quero apresentar para as prefeituras para que elas incentivem as empresas concessionárias do transporte público a adotarem o Viibus. Não tem uma lei que determine que pelo menos uma parcela dos pontos de ônibus sejam acessíveis para deficientes visuais, então estou buscando integrar outras soluções que conversem com o mesmo equipamento do projeto para oferecer isso para as cidades”, afirma Douglas Toledo.

No próximo dia 15, Douglas embarca para o Rio de Janeiro onde começará o processo de produção e instalação do primeiro protótipo que deve começar a operar até o fim de março. Ele passará os próximos cinco meses levantando recursos e estudando o número de linhas e de veículos que serão integrados ao protótipo. Uma das parcerias previstas para o Viibus é com o selo para comércio acessível Livrit, um projeto para mapear os estabelecimentos preparados para receber as pessoas com deficiência que também foi vencedor do Desafio Cisco.

A deficiência visual é a que tem maior ocorrência no país, atingindo 18,6% da população. Temos falado aqui de formas de tornar o sistema de transporte público mais legível, como o mapa do metrô, mas é importante que a cidade seja legível também em braille.



(Fonte: Outra Cidade)

Cegueira diabética agora tem cobertura obrigatória

A Agência Nacional de Saúde (ANS) divulgou a nova lista de procedimentos que terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde a partir de janeiro de 2016. Foram acrescentados 21 procedimentos, entre os quais o Implante de polímero intravítreo de liberação controlada para tratamento uveíte e edema macular por oclusões venosas e diabetes.

O edema macular diabético é a principal causa de perda irreversível da visão em pessoas com diabetes. Isso significa que a inclusão da terapia ocular no novo rol de Procedimentos da ANS beneficiará milhares de pacientes.

O diabetes com o tempo acomete diversos órgãos, inclusive os olhos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de pessoas com diabetes (9,04%). Há atualmente cerca de 13,4 milhões de pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 – sendo boa parte economicamente ativa (entre 20 e 79 anos de idade) - e estima-se que, deste total, 90% deverão desenvolver retinopatia diabética ao longo da vida.

Segundo a IDF (International Diabetes Federation), se não forem tomadas providências, a trajetória mundial da epidemia chegará a 440 milhões de pessoas em 2030. Se a doença não for controlada adequadamente desde seu início, o edema macular diabético (EMD), principal causa de cegueira irreversível em quem tem retinopatia diabética (lesão na retina ocasionada pelas complicações do diabetes), pode aparecer precocemente.

O surgimento do edema macular diabético, ao contrário do que se imagina, não é uma doença ligada à idade. Adolescentes e jovens adultos podem desenvolver EMD, caso não tenham um bom controle de seu diabetes. O edema acomete a visão devido ao acúmulo de material anormal nos vasos sanguíneos do fundo do olho – o que pode ocasionar o entupimento ou enfraquecimento desses vasos, muitas vezes levando ao seu rompimento e a danos à retina.

Uma novidade no tratamento do edema macular diabético foi aprovada pela ANVISA em maio deste ano. Trata-se da nova indicação de OZURDEX®, o primeiro implante intravítreo biodegradável de dexametasona 0.7mg, que dependendo da patologia - age por até seis meses, melhora a visão dos pacientes diabéticos e diminui os efeitos colaterais, já que libera medicamento de forma controlada e gradual ao longo do tempo.

Segundo o estudo clínico MEAD (Macular Edema: Assessment of Implantable Dexamethasone in Diabetes), OZURDEX® é seguro e eficaz no tratamento do edema macular diabético. Reduziu rapidamente a espessura da retina e melhorou a acuidade visual com poucas aplicações (média de quatro aplicações em três anos). Esses dados foram apresentados após anos de estudo com cerca de 1.040 pacientes de 22 países, incluindo a América Latina.

“Muitos pacientes só descobrem que têm o problema quando já perderam a visão em um dos olhos. A prevenção do edema macular diabético deve ser iniciada e monitorada desde o dia em que o paciente recebe o diagnóstico de que está diabético”, comenta o Dr. Paulo Augusto de Arruda Mello Filho. Por outro lado, “A aplicação intraocular de OZURDEX® é uma evolução importante para os pacientes e os resultados são fantásticos. O medicamento age diretamente nas inflamações do edema macular diabético e possui tempo de ação mais prolongado do que os tratamentos disponíveis no mercado”, complementa. “Por seu mecanismo de ação ser diferente dos tratamento atuais, a possibilidade de associação com outras formas de terapia é uma expectativa muito promissora.”    

Ao ser aplicado dentro do olho pelo oftalmologista, o medicamento libera gradualmente o corticosteroide, um potente anti-inflamatório que se decompõe completamente ao longo do tempo, sendo desnecessária a remoção cirúrgica, trazendo comodidade e qualidade de vida aos pacientes. O OZURDEX® atua diretamente nos agentes inflamatórios, reduzindo o edema da retina, que causa alteração visual, especialmente em casos mais graves, e traz melhora da visão.

O diabetes é uma síndrome metabólica decorrente da falta de insulina que afeta várias partes do organismo, entre elas a retina - camada do olho onde estão localizadas as células que recebem luz, processam as imagens e levam informação ao cérebro - e aos olhos, causando o edema macular diabético (EMD). Os diabéticos deixam de enxergar por conta da perda da função dos vasos sanguíneos da retina. Eles se rompem como se fosse um vazamento nos canos de uma casa e os fluidos liberados na mácula prejudicam a visão. Quando atingidas, as células localizadas na retina não conseguem processar as imagens e não levam informação ao cérebro, fazendo com que o paciente enxergue embaçado, com perda da visão central.

Os principais sintomas da retinopatia diabética são perda da visão central, visão dupla, enxergar manchas pretas no campo visual periférico, visão embaçada e cegueira. A atenção deve ser redobrada, pois se trata de uma doença silenciosa, já que a perda visual progressiva é indolor e não traz indícios como olhos vermelhos ou secreções.

Por sua vez, o edema macular diabético acomete em sua maioria pacientes que já têm diabetes há mais de 15 anos, mas é possível controlar a doença de forma eficaz, evitando a perda total da visão. Por isso, é essencial que os diabéticos façam o controle clínico da doença anualmente, visitando o oftalmologista para realizar o exame de mapeamento de retina para acompanhar e tratar o quadro oftalmológico do paciente.

O diagnóstico é feito pelo exame clínico de mapeamento da retina, exame oftalmológico que avalia o fundo do olho e suas estruturas. O fundo do olho é o único local do corpo humano em que se pode examinar diretamente os vasos sanguíneos sem nenhuma intervenção cirúrgica. Por esse motivo, é possível diagnosticar e avaliar a evolução de doenças sistêmicas como hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, doenças neurológicas, doenças hematológicas ou qualquer outra doença que resulte em alteração vascular.

O exame de alterações da retina feito conforme orientação do oftalmologista evita a perda da visão. O paciente diabético deve realizar os exames mesmo com diagnóstico recente para iniciar o controle clínico e o tratamento logo no início. O mapeamento de retina deve ser realizado de acordo com a idade e com maior frequência dependendo da alteração que o paciente apresentar. Nesse tipo de exame, pode ser necessário estar acompanhado.

O melhor tratamento para o edema macular diabético é por meio do controle rigoroso da doença sistêmica – o diabetes, que inclui controle da glicemia, da pressão arterial e dos níveis lipídicos. O controle clínico inadequado do diabetes aumenta o risco de desenvolvimento do edema macular diabético e danos visuais que podem acarretar a perda irreversível da visão.

Associado ao controle clínico, o oftalmologista indica tratamento personalizado conforme a necessidade de cada paciente, que pode ser laser, cirúrgico ou farmacológico (combinações de medicamentos inseridos dentro do globo ocular). Nesse último caso, uma nova opção é o tratamento com OZURDEX®, principalmente para pacientes diabéticos.



(Fonte: Agência Press à Porter)

edema macular diabético, ao contrário do que se imagina, não é uma doença ligada à idade

Mais movimento para chamar a atenção do motorista

Quando os carro viajam em velocidades elevadas, milissegundos importam muito: às vezes, apenas alguns metros representam a diferença entre a vida e a morte, sobretudo no caso de pedestres.

A novidade é que os motoristas reagem significativamente mais rápido aos sinais de trânsito que retratam maior movimento, o que pode dar indicações sobre como reduzir os acidentes e as mortes no trânsito.

"Um sinal que evoque mais movimento aumenta a percepção de risco do observador, que por sua vez atrai sua atenção mais rapidamente e o faz parar mais cedo," explica Ryan Elder, da Universidade Brigham Young (EUA).

"Se você quer chamar a atenção dos motoristas, você precisa de sinais que sejam mais dinâmicos," resume o pesquisador.

Sinais de trânsito dinâmicos incluem imagens que parecem se mover a uma velocidade maior.

Por exemplo, o sinal de pedestres atravessando a via nos EUA e no Brasil têm baixo dinamismo. Já o sinal da Polônia (ilustração desta matéria, acima) tem um pouco mais de dinamismo. Mas os pesquisadores recomendam ainda mais dinamismo, com os personagens dando a impressão de estarem correndo.

"Se parecer que os personagens estão andando, então o seu cérebro não irá se preocupar com eles se atirando para a rua," disse Elder. "Mas se eles parecem estar correndo, então você pode imaginá-los, com toda a sua pressa, entrando bem na frente do seu carro," acrescentou Elder.

Em um experimento, os pesquisadores descobriram que os participantes de uma simulação de condução reagiram em média 50 milésimos de segundo mais rapidamente aos sinais de trânsito com maior dinamismo.

Para um carro andando a 100 km/h, 50 milissegundos se traduzem em uma distância adicional de 2,1 metros para que o carro pare - uma distância que pode fazer a diferença em uma faixa de pedestre.

Em um segundo experimento, a equipe usou tecnologia de rastreamento ocular para medir quanto tempo leva para que os olhos do motorista percebam um sinal de trânsito.

Os resultados mostraram que os sinais de maior dinamismo atraem a atenção mais cedo e a mantêm significativamente mais tempo do que os sinais estáticos.

 

(Fonte: Diário da Sáude)

Fumaça tóxica, a tragédia nossa de cada dia

Mais de dois anos depois, a tragédia que marcou diversas famílias da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, quando centenas de pessoas faleceram em um incêndio numa boate, ainda gera dúvidas entre alguns leitores do Saúde Visual, que enviaram perguntas relativas ao efeito da fumaça tóxica nos olhos. A principal dúvida destes leitores é se os olhos sofrem com a fumaça de incêndios e se isso poderia, então afetar a visão, atrapalhando ainda mais a fuga do local.

A inalação das substâncias emitidas no incêndio causaram 90% das mortes na boate Kiss. Segundo especialistas, a aspiração de monóxido de carbono em ambiente fechado impede a troca de oxigênio no organismo. O processo é acelerado quando o material em combustão é derivado de petróleo, como é o caso do isopor. Para que que haja uma morte em decorrência de uma asfixia, como aconteceu em Santa Maria, são necessários pelo menos dez minutos de exposição à fumaça tóxica.

Neste período ocorrem três fases de contaminação que, somadas, levam à morte. A primeira é uma lesão térmica do sistema respiratório. A segunda é a diminuição do nível de oxigênio no ar e, consequentemente, o começo da morte de células no cérebro. A terceira etapa é o contato com o monóxido de carbono que afetará as hemácias (células do sangue).

Com relação aos olhos, a fumaça tóxica pode provocar vermelhidão e irritação. Portanto, em um ambiente de caos, sem dúvida isto irá incomodar bastante, apesar de não ser um fator determinante para a proporção da tragédia. Se com os adultos os efeitos podem ser devastadores, com crianças e idosos não é diferente. Eles sentem os mesmos sintomas, porém com maior intensidade devido a tanto falta de maturidade total dos órgãos ( nas crianças) quanto a seu enfraquecimento (no caso dos mais velhos). De qualquer forma, é recomendado lavar os olhos da vítima imediatamente com água em abundância por 10 a 15 minutos.

Porém, é importante aproveitar este momento para alertar que fumaça tóxica não é apenas aquela produzida por um incêndio. Existe uma onipresente em nosso cotidiano e que representa um sério risco para os olhos: a fumaça produzida pelo cigarro que costuma ter mais 4.000 componentes químicos ativos, sendo a maior parte deles tóxicas.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que, além das doenças respiratórias, cardiovasculares e cancerígenas, o tabaco também pode ser o grande responsável pelo surgimento de doenças oculares, como a degeneração macular relacionada à idade e as oclusões vasculares. Já com relação à fumaça, uma pesquisa realizada na Austrália identificou efeitos adversos sobre o filme lacrimal precorneal e uma forte associação entre tabagismo e instabilidade do filme lacrimal.

Além disso, o chamado fumante passivo também pode apresentar quadros de hiperemia, lacrimejamento excessivo e olho seco. Ou seja, uma fumaça que poucos dão atenção, mas que também guarda sua porção trágica.

 

 

(Fontes: Optometric Physician, OMS e Anfarmag)

Enxergar nitidamente não é enxergar bem

A visão é um dos órgãos dos sentidos, e é por meio dela que temos a capacidade de enxergar tudo à nossa volta. Para que exista visão é necessário que as células receptoras da retina e as vias neurológicas que vão até o córtex visual funcionem corretamente. E é dentro desta definição que os optometristas realizam os exames de acuidade visual, determinando, assim, o erro refrativo de cada um dos seus pacientes. Além disso, eles realizam exames de saúde ocular para descartar a possibilidade de patologia que interfira no sistema visual.

Dá-se o nome de optometria à ciência que estuda o funcionamento da visão. Seu objetivo é prevenir, detectar e solucionar as alterações visuais não patológicas que um paciente possa apresentar. Portanto, o optometrista é o profissional capacitado para realizar um exame optométrico; desenhar e realizar terapias reabilitadoras da visão; proteger, preservar, melhorar e otimizar as funções e capacidades visuais; adaptar os diferentes tipos de compensações dos problemas visuais (óculos, lentes de contato, auxílios de baixa visão, etc.) e encaminhar ao oftalmogista os pacientes sob suspeita de possíveis estados patológicos que possam afetar os olhos.

O conceito de visão dentro da optometria comportamental é muito mais amplo e está baseado no fato de que praticamente 80% da informação procedente de nosso entorno chega ao cérebro através da visão. Assim, os optometristas comportamentais não pensam na visão de uma maneira isolada por não considerar correto achar que na visão somente intervêm dois globos oculares e as correspondentes vias neurológicas até o córtex visual. Desta forma, para a optometria comportamental não é suficiente ter uma acuidade visual de 20/20 para ter boa visão. É necessário que a informação que entra através do nosso sistema visual seja processada corretamente e que saia de uma maneira adequada para que a interação com as outras pessoas e com o mundo em geral seja correta.

Portanto, além de compensar os defeitos refrativos e tratar alterações funcionais como, dificuldade de enfoque, sistema visual estressado ou visão dupla, o optometrista comportamental também soluciona problemas relacionados ao desenvolvimento e a aprendizagem visual podendo ou não estar diretamente envolvidos com o fato de se enxergar nitidamente. Para chegar a este objetivo o optometrista comportamental trabalha em contato direto com outros profissionais como fonoaudiólogos, pediatras, psicólogos, educadores, reeducadores auditivos formando, então, uma equipe multidisciplinar.

Para avaliar as habilidades visuais de cada pessoa, os optometristas comportamentais realizam dois tipos de exames. O primeiro é o de rendimento visual, quando são avaliadas as habilidades funcionais da visão, com o objetivo de determinar se o rendimento visual corresponde com a demanda visual do paciente. O segundo é o exame de percepção que avalia como o cérebro interpreta a informação visual e como essa informação visual se relaciona com os outros sentidos.

Além dos exames, estes profissionais realizam uma série de provas para determinar se alguma parte do desenvolvimento da visão precisa de uma “reaprendizagem”. Caso seja necessário, eles irão desenhar um plano de terapia com objetivo de conseguir que o paciente perceba, processe e compreenda de maneira mais eficaz a informação visual. 



(Fonte: Portal Opticanet)

Bom demais para ser (de) verdade

Saúde Visual publicou matéria sobre pirataria e destacou um estudo independente que, depois de analisar diversas campanhas de conscientização antipirataria, chegou a conclusão de que os esforços constantes para tentar frear os avanços da pirataria em todo o mundo (com leis e ações de conscientização) foram falhos.

Ainda assim, nos Estados Unidos, alguns varejistas ópticos distribuíram um comunicado à imprensa local advertindo sobre óculos falsificados sendo comprados online. Com o crescimento de compras pela internet, este tipo de alerta permite que as pessoas comprem um produto genuíno. O problema é justamente este: como saber se o produto é verdadeiro ou não?

Especialistas líderes da indústria óptica dos EUA apontam para o modesto crescimento da economia chinesa, que está permitindo uma qualificação de seus operários. Trabalhadores desenvolvem suas habilidades para criar produtos de melhor qualidade. Falsificadores foram ficando cada vez melhor em seu ofício, de modo que a flagrante baixa qualidade não pode mais ser levada em conta para determinar o que é falso. Em resumo, a qualidade das imitações está ficando melhor agora - e isso inclui até mesmo os nomes de grife em armações de óculos falsificados.

Como resultado, os clientes agora estão pagando em dólar on-line, às vezes até mais caro do que na loja, só para descobrir depois que o designer do produto está muito abaixo do que esperava. Por isso, o comunicado dos varejistas estadunidenses apresenta uma lista de regras básicas que permite ao consumidor navegar por grandes promoções e, ao mesmo tempo, eliminar o risco de uma compra equivocada.

A primeira regra, que eles chamam de “regra de ouro”, sempre valeu para os negócios de compra e venda, mas que, por alguma razão, parece se perder nas compras via internet: "Se um negócio parece bom demais para ser verdade, provavelmente é demasiado bom para ser verdade". Portanto, se armações de óculos de grife estão muito baratas, provavelmente são falsas.

Em seguida, a maioria dos especialistas diz para, simplesmente, evitar a compra de quaisquer produtos em sites dos países asiáticos, e mais particularmente da China. A princípio tal informação pode parecer discriminatória, ainda mais com a economia dos EUA enfraquecida, mas, segundo eles, não faz sentido para um fabricante legítimo enviar seu produto para a Ásia só para ser vendido on-line. Trata-se, portanto, de um golpe contra o consumidor.

Muitos dos sites de vendas de óculos mostram fotografias borradas e de baixa qualidade. Segundo os peritos em falsificação, estas também são outra indicação de produtos falsos muito embora eles próprios admitam que uma alta qualidade de fotografia seja um tipo de garantia de legitimidade, já quer as imagens podem ser facilmente copiadas de fontes legítimas.

Da mesma forma que os certificados de autenticidade ou a aparência oficial da embalagem também podem ser facilmente produzido por falsificadores. Por isso, a única coisa que todas as autoridades sobre o tema da falsificação de produtos apontam como a melhor garantia de um cliente não comprar uma imitação é simplesmente comprar de fontes respeitáveis.

 

 

(Fonte: The Optical Vision Site)

E foram felizes para sempre...

Em comemoração ao seu 69º aniversário (11/3), a Fundação Dorina Nowill lançou a Coleção Clássicos Infantis Acessíveis, composta por dez histórias em braille e versão ampliada. Dessa forma, crianças com e sem deficiência poderão compartilhar as mesmas fantasias e os mesmos livros. As histórias escolhidas foram as de Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Bela Adormecida, Cinderela, João e Maria, João e o Pé de Feijão, Os Três Porquinhos, Peter Pan, Robin Hood e Rapunzel.

Os livros também possuem ilustrações em relevo e um CD com a contação da história com e sem audiodescrição – recurso que descreve as imagens para quem não consegue vê-las. Mais de 2500 instituições, bibliotecas, escolas, entre outras organizações que prestam serviços para deficientes visuais, em todo o Brasil, estão comtempladas pelo projeto inédito.

A Coleção foi viabilizada por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e contou com os Parceiros de Visão: Cielo, Azul Linhas Aéreas, Innova, Magazine Luiza, Alupar & Cemig, Kraton, Concessionária de Rodovias TEBE, Isapa, Faber-Castell, CRS Brands, Unifi do Brasil, Mineração Jundu, Planservi Engenharia e Bandeirantes Logística Integrada. A realização, da Fundação Dorina, acontece em parceria com o Ministério da Cultura e Governo Federal.

As coleções já estão chegando gratuitamente a mais de 2500 bibliotecas, escolas públicas e instituições que atuam com o público com deficiência visual em todo o Brasil. Para mais informações sobre a coleção, envie um e-mail para O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .

“É um projeto inédito que permite que a criança cega ou com baixa visão leia sozinha, com amigos ou parentes, que a leitura aconteça de pai para filho, de professor para aluno”, afirma Ana Paula Silva, coordenadora de acesso ao livro da fundação. “É uma quebra de barreiras e uma forma de incluir por meio dos contos de fadas”, completa.



(Fonte: Fundação Dorina Nowill)

Mais uma forma de conectar os invisuais

Considerando o quão visual é o "feed" de notícias no Facebook, a empresa trabalha em uma solução que permita aos invisuais "ver" as imagens que os amigos compartilham.

"Se pensar o quanto o feed de notícias é visual - e provavelmente é grande parte - e a frequência com que as pessoas fazem um comentário ou dizem algo sobre o que é compartilhado, mas sem dizer realmente o que está na foto", consegue perceber-se a necessidade da ferramenta que os engenheiros do Facebook estão desenvolvendo, diz o primeiro engenheiro cego da rede social, Matt King.

O Facebook liga milhões de pessoas em todo o mundo, mas é complicado de acompanhar para aqueles que são invisuais. "Então, para alguém como eu [invisual], é um pouco como, ok, o que se está acontecendo aqui? Do que é que estão falando?", acrescenta King.

Atualmente, os invisuais têm acesso a screen readers, ferramenta que permite identificar o que a tela mostra, o que permite perceber o que está escrito na rede, mas não tem qualquer efeito nas fotos que são mostradas.

Para mudar isso, procuram desenvolver uma ferramenta de reconhecimento, baseada em inteligência artificial, para ajudar os invisuais a ter uma ideia do que está nas fotos que as pessoas compartilham na rede. Em uma mensagem de áudio que começa com "esta imagem poderá conter", a ferramenta descreveria tópicos da mesma. Por exemplo, em uma foto de um pôr do sol em uma praia a descrição poderia ser natureza, nuvens, exterior.

King confessa que a ferramenta ainda está longe de ser vista como um produto final. "Pode não estar 100% ainda, mas o nível de comprometimento e a alegria que tenho é fácil de alcançar os 50%", diz.

"É um passo enorme, e vai ficar melhor daqui para a frente. Considero que a boa vontade do Facebook em investir em áreas como esta realmente excitante e apenas mais uma forma de ligar as pessoas com deficiências a uma grande experiência", acrescenta o engenheiro.

King, que está trabalhando na rede social há apenas quatro meses, confessa que tem noção que a tecnologia relacionada com os screen readers ainda está pouco desenvolvida. Porém, procura melhorar a experiência na rede, e mesmo na web, para aqueles que não conseguem ver o que os rodeia.



(Fonte: Portal da Oftalmologia)

Todo mundo precisa de estímulo sexual

Saúde Visual já mostrou neste artigo que deficientes visuais também curtem pornografia. Acontece que não existe material erótico disponível em Braille com a mesma frequência encontrada para os que enxergam.

Esta foi a inspiração para que Nina Linde criasse um "livro sensual em braile". A artista sueca de 33 anos apresentou sua publicação para leitores cegos pela primeira vez à biblioteca nacional do país. 'Occasionally Blind' (Ocasionalmente cegos) é um livro tátil que traz imagens de mulheres usando brinquedos eróticos, sexo grupal, sexo gay e acredita-se ser o primeiro material escrito a oferecer estímulo sexual a deficientes visuais.

Nina — que criou o livro em 2010, mas deu uma cópia oficial para a Biblioteca Nacional da Suécia só esta semana — insiste que, apesar da obra estar sendo rotulada como pornô, a publicação não deveria ser pensada assim. "O livro é sobre a estimulação sexual, eu não acho que 'pornô' seja a palavra certa", disse ela ao portal de notícias "The Local".

Segundo Nina, a inspiração para a produção da obra veio depois de uma visita à biblioteca de braile de Estocolmo e à percepção de que "não havia nenhum material erótico para deficientes visuais". "Todo mundo precisa de algum estímulo sexual", acrescentou.

Outra experiência que a fez criar o livro aconteceu no Chile, enquanto ela ainda era estudante. Nina conta que ajudou um homem a atravessar a rua e, ao dizer a ele que era sueca, se divertiu com a referência dele à abordagem liberal nórdica em relação ao sexo.

"Essa constatação, de que ele tinha esses pensamentos mesmo sendo cego me deixou curiosa sobre como a sexualidade de pessoas cegas está sendo discutida na sociedade", lembrou.

Håkan Thomsson, presidente da Federação Nacional da Suécia dos Deficientes Visuais, avalia o livro como um passo positivo. "Eu acho que alguns imaginam que não temos sexualidade, o que não é verdade", declarou ele ao jornal sueco "Metro", "Uma pessoa com deficiência visual é tão sexual quanto qualquer outra".

 

 

(Fonte: O Globo)

Como agir corretamente com um deficiente visual - Parte 3

Enfim, a terceira e última parte desta espécie de cartilha com código de etiqueta que orienta a relação com deficientes visuais. Elaborado pelo Instituto Benjamin Constant, foi publicado em capítulos pelo Saúde Visual.

Segundo o site do Instituto, “as possibilidades de interação humana são muito amplas e as soluções encontradas pelos grupos para o convívio social harmônico sem dúvida ultrapassam em muito as situações contempladas na listagem de Robert Atkinson, diretor do Braille Institute of America - California. Esta, porém, sem dúvida proporciona orientações essenciais para um primeiro e, eventualmente, duradouro contato, virtude suficiente para, após adaptá-la à realidade cultural brasileira, republicá-las neste espaço”. A adaptação contou com a participação da Associação Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais

Foi movido pelo mesmo sentimento que republicamos o referido texto. Se você não teve a oportunidade de ler as dicas anteriores, basta clicar aqui para ver a parte 1 e aqui para ver a parte 2.

1.Não bata a porta do automóvel onde haja uma pessoa cega sem ter a certeza de que não lhe vai prender os dedos.

2.Não deixe de se anunciar ao entrar no recinto onde haja pessoas cegas, isso auxilia a sua identificação.

3.Não saia de repente quando estiver conversando com uma pessoa cega, principalmente se houver algo que a impeça de perceber seu afastamento. Ela pode dirigir-lhe a palavra e ver-se na situação desagradável de falar sozinha.

4.Não deixe de apertar a mão de uma pessoa cega ao encontrá-la ou ao despedir-se dela. O aperto de mão substitui para ela o sorriso amável.

5.Não perca seu tempo nem o da pessoa cega perguntando-lhe: "Sabe quem sou eu?"... "Veja se adivinha quem sou?". Identifique-se ao chegar.

6.Não deixe de apresentar o seu visitante cego a todas as pessoas presentes, assim procedendo, você facilitará a integração dele ao grupo.

7.Ao conduzir uma pessoa cega a um ambiente que lhe é desconhecido, oriente-a de modo que possa locomover-se sozinha.

8.Não se constranja em alertar a pessoa cega quanto a qualquer incorreção no seu vestuário.

9.Informe a pessoa cega com relação à posição dos alimentos colocados em seu prato.

10.Não encha a xícara ou o copo da pessoa cega até a beirada. Neste caso, ela terá dificuldades em mantê-los equilibrados.

11.O pedestre cego é muito mais observador que os outros. Ele desenvolve meios e modos de saber onde está e para onde vai, sem precisar estar contando os passos. Antes de sair de casa, ele faz o que toda gente deveria fazer: procura informar-se bem sobre o caminho a seguir para chegar ao seu destino. Na primeira caminhada poderá errar um pouco, mas depois raramente se enganará. Saliências, depressões, ruídos e odores característicos, ele observa para sua maior orientação.

Óculos piratas: aparência igual, proteção inexistente

As operações realizadas pela Delegacia do Consumidor (Decon) resultam, todo ano, na apreensão de milhares de óculos de sol e de grau falsificados.

Conforme o Secretário Executivo da entidade Sindióptica-RS, Roberto Tenedini, estes procedimentos intimidam os criminosos e reduzem o prejuízo à saúde ocular da população. A Receita Federal informa que os óculos são hoje o segundo item mais apreendido nas alfândegas de todos os aeroportos, portos e fronteiras do país, só perdendo para os cigarros. Voltando ao ano passado, os números chegaram a mais de 35 mil peças apreendidas, somente no varejo ambulante.

São vários crimes envolvidos como sonegação fiscal e contrabando. Quem for pego comercializando ou distribuindo óculos sem procedência também pode ser indiciado por crime contra o consumidor, receptação e formação de quadrilha além de responder por danos a saúde pública, já que, no caso de óculos piratas, as lentes podem prejudicar a visão. O maior problema apurado entre os modelos piratas é a falta de proteção das lentes para os raios ultravioleta (UVA e UVB) e inadequação ao uso na direção por causa da tonalidade das lentes, o que deve ser sinalizado com uma etiqueta.

Acontece que, quando os olhos ficam expostos ao sol, a pupila se fecha,diminuindo a entrada de luz. É uma proteção natural. Com os óculos escuros, isso não acontece, já que a pupila não diminui de tamanho. Assim, entra mais luz. Se os óculos têm proteção contra radiação ultravioleta, não há risco de danos aos olhos, mas se os óculos escuros não bloqueiam os raios ultravioleta, a vista pode ter sérios problemas, como lesões na conjuntiva, tumores benignos e malignos, além de favorecer o aparecimento de cataratas.

Para Bento Alcoforado, diretor presidente da Abióptica, os esforços dos órgãos do setor óptico brasileiro têm rendido bons resultados. Em uma entrevista para o Saúde Visual, ele afirmou que ouve uma evolução no combate à pirataria: “são 55 milhões de unidades apreendidas em 6 anos”, disse. Dentre os esforços apontados por Bento, estão um trabalho para convencer o varejo que vende produtos ilegais misturados aos formais a migrar para a legalidade. E a criação de um selo de qualidade para informar o consumidor que a loja só vende produtos 100% legais.

Mas somente a ação das autoridades não é suficiente. É preciso apoio da população. Neste ponto, a má notícia vem de um estudo independente realizado por 35 pesquisadores e que foi publicado no site do The Social Science Research Council. Trata-se do texto “Pirataria nas Economias Emergentes” (Media Piracy in Emergency Economies, no original inglês), que, depois de analisar diversas campanhas de conscientização antipirataria, chegou a conclusão de que os esforços constantes para tentar frear os avanços da pirataria em todo o mundo (com leis e ações de conscientização) foram falhos, ressaltando, ainda, que o problema da pirataria é fruto da dificuldade financeira de se obter acesso pelos mercados legalizados.



(Fontes: Abióptica, Tecnomundo, Receita Federal)

A super-proteína em favor da retina saudável

É um pássaro? É um avião? Não! É a Proteína S - essencial para a manutenção da saúde ocular, segundo pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel. A “S” é uma proteína plasmática, vitamina K dependente, sintetizada no fígado e, em pequena proporção, nas células endoteliais e megacariócitos. A proteína S livre é mais elevada no sexo masculino e tende a aumentar com a idade.

Mas os pesquisadores descobriram, pela primeira vez, que esta proteína específica também pode ter implicações para a compreensão e tratamento de outras condições dos sistemas imune, reprodutivo, vascular e nervoso, bem como em diversos tipos de cânceres. Ou seja, uma super-proteína!   

O trabalho do pesquisador Tal Burstyn-Cohen e seus colegas foi publicado na revista Neuron, destacando o papel da proteína S na manutenção de uma retina saudável através da sua participação no processo de poda dos fotorreceptores, neurônios sensíveis à luz no olho. Estes fotorreceptores se mantêm crescendo e alongando a partir de sua extremidade interior. Para manter um comprimento constante, eles têm de ser removidos de sua extremidade exterior por células especializadas - células epiteliais pigmentares da retina.

Sem este processo de ‘poda’, os fotorreceptores sucumbiriam à toxicidade e degeneração, o que levaria à cegueira. Uma chave na poda dos fotorreceptores e, portanto, vital para a saúde da retina, a molécula receptora chamada Mer, quando apresenta mutações em seus genes nos ratos e também nos humanos, provoca degeneração da retina, causando perda de visão.

O estudo de Burstyn-Cohen incide sobre as moléculas que ativam moléculas Mer neste mecanismo de poda, as chamadas Gas6 e Proteína S. Embora as duas já tenham sido identificadas anteriormente, ainda não tinha sido mostrado que elas também desempenham papel em um organismo vivo. No novo estudo, os pesquisadores descobriram em seus experimentos com animais de laboratório que tanto Gas6 quanto a Proteína S são necessárias para ativar a poda dos fotorreceptores da retina, e, portanto, manter uma retina saudável.

Essas descobertas podem ter implicações práticas, uma vez que a proteína S também funciona como um anticoagulante potente do sangue. Estes resultados abrem novas vias de investigação sobre o papel da proteína S na ativação dos receptores de outros tecidos em que sua função é importante, tal como nos sistemas imunitários, reprodutivo, vascular e nervoso, bem como em vários cânceres onde a ativação de receptores tem sido observada.

 

 

(Fonte: Portal Ler para Ver)

Novos 'olhos' para o combatente moderno

Atualmente há duas formas de visão especial que são amplamente utilizadas pelas forças armadas em situações adversas de busca, resgate ou combate: a primeira é a visão noturna, que permite a um soldado enxergar o ambiente ao seu redor mesmo em lugares com pouca iluminação. A segunda é a visão térmica, que identifica fontes geradoras de calor como veículos, instalações, animais e seres humanos.

A questão é que, apesar de parecerem similares, as duas funcionam com sistemas completamente diferentes, e um combatente moderno precisa carregar dois conjuntos de equipamentos para usufruir delas. Isso afeta o peso total que este deve transportar, diminui a velocidade com que consegue rastrear um alvo, além de deixá-lo mais vulnerável em uma situação de combate caso seja preciso realizar a troca entre as visões, por exemplo.

Pensando nisso, a companhia de armamentos britânica BAE Systems anunciou que desenvolveu e está aperfeiçoando um novo sistema óptico que alterna de modo rápido e prático entre os dois tipos de visão. Montado sobre o rifle, o sistema transmite as imagens que registra para o visor acoplado ao capacete do soldado via conexão Bluetooth. Basta pressionar um botão para que o aparato alterne entre um modo e outro.

O exército americano já fechou um contrato de cinco anos com a empresa para que esta continue a aperfeiçoar o conjunto óptico. Ainda não há preço ou data para que a tecnologia chegue ao mercado.



(Fonte: BAE Systems)

Para evitar o tira e põe dos óculos, cristais líquidos!

A imagem ao lado mostra um protótipo. Ainda parece tosco e muito distante de uma lente de contato ultramoderna.

Mas o trabalho de Devesh Mistry e seus colegas da Universidade de Leeds (Reino Unido) abre o caminho para uma tecnologia que promete acabar com os óculos para "vista cansada".

Conforme as pessoas envelhecem, o cristalino - a lente interna dos olhos - perde flexibilidade e elasticidade. Isto leva a uma condição conhecida como presbiopia, comum em pessoas com mais de 45 anos de idade, que pode exigir o uso de óculos de leitura.

Para evitar o tira e põe dos óculos, Mistry usou cristais líquidos, o mesmo material usado nas telas planas, para criar uma lente de contato que consegue se ajustar automaticamente para dar ao usuário o grau adequado para cada situação.

"Usando cristais líquidos, que você provavelmente conhece bem como o material utilizado nas telas de TVs e smartphones, as lentes se ajustam e focam automaticamente, dependendo do movimento dos músculos do olho," explica o pesquisador.

O modelo feioso que ele construiu mostrou-se perfeitamente funcional. Mistry afirmou que agora irá se dedicar a construir uma lente de contato verdadeira incorporando os cristais líquidos e um controle elétrico que permita o ajuste automático de grau e foco.

Mistry espera ter os primeiros resultados em 2018, mas afirma que uma lente de contato ajustável totalmente pronta para ser comercializada ainda levará de seis a 10 anos, entre desenvolvimento e aprovação das autoridades de saúde.



(Fonte: Diário da Saúde)

Miopia, coisa de irmão mais velho

Os primogênitos têm um risco 10% maior de serem míopes em comparação aos irmãos. Entre os casos da doença, 20% podem ser considerados graves. É o que diz um estudo publicado quinta-feira, no periódico científico JAMA Ophthalmology.

De acordo com os pesquisadores, da Universidade de Cardiff, na Grã-Bretanha, uma das suposições é o excesso de ansiedade dos pais, que faz o primogênito ficar por um tempo exagerado dentro de casa, debruçado sobre livros e aparelhos eletrônicos. O hábito que pode impactar na visão.

Para o trabalho, foram analisados cerca de 90.000 pessoas. Os estudiosos cruzaram diversas informações dos voluntários, como dados demográficos, comportamental (por exemplo, tempo gasto ao ar livre), histórico educacional e oftalmológico. Os resultados mostraram que aqueles que nasceram primeiro eram mais propensos a sofrer de problemas oculares.

Segundo os autores, os casais costumam ter um instinto de proteção exagerada sobre o filho mais velho, fazendo com que ele fique muito tempo em casa. Há ainda o uso de iPads e celulares, instrumentos que exigem da visão sobremaneira. Afora, claro, os fatores genéticos que contribuem - e muito - para o desenvolvimento da miopia.

Um estudo publicado em abril já havia mostrado que a taxa de miopia havia dobrado na Grã-Bretanha, nos últimos 50 anos. Os autores da Universidade Ulster haviam associado este fato à redução de tempo gasto pelas crianças em atividades ao ar livre que, conforme já mostramos neste artigo, pode reduzir o risco de desenvolvimento da doença.



(Fonte: Revista Veja)

Japoneses querem extinguir os nomes das cores

Meninos gostam de azul e meninas gostam de rosa? Para responder a esta pergunta, o sociólogo Phillip Cohen, da Universidade de Maryland, fez a cerca de dois mil homens e mulheres uma pergunta simples: “Qual a sua cor favorita?”

Em primeiro lugar, tanto para homens como para mulheres, foi a cor azul, mas a unanimidade é só para o primeiro lugar. Em segundo lugar a cor foi o verde para os homens, e o roxo para as mulheres.

A explicação para isso é que nossa percepção das cores pode ser muito diferente da percepção das outras pessoas. Assim, nomeá-las torna-se ainda outro problema, simplesmente porque muitas vezes não diferenciamos os vários tons ao falar sobre uma cor.

Para uma melhor experiência com cores, uma dupla de designers do Japão, acha que deveríamos extinguir suas nomenclaturas muito quadradas. Eles criaram, então, um conjunto de “Nameless Paints” (em português, “tintas sem nome”) que visam alterar completamente a forma como as crianças aprendem e pensam sobre cores.

Em vez de ter rótulos, cada tubo branco de tinta é marcado com uma “equação”: a combinação de cores primárias e em que proporções foram utilizadas para criar a cor que está dentro.

Yusuke Imai e Ayami Moteki acreditam que os títulos das cores são problemáticos. “Ao não atribuir nomes para as cores, desejamos expandir a definição do que uma cor pode ser, e as várias tonalidades que podem criar, misturando-as”, disseram os designers.

As tintas sem nome também ensinam a teoria da cor. As fórmulas nos tubos ajudam as crianças a visualizar e entender alguns dos conceitos básicos por trás desse fenômeno, de maneira mais divertida do que copiar uma lição sobre isso da lousa da professora.



(Fonte: BoredPanda)

Uma técnica pioneira para curar cegueira

Médicos britânicos estão desenvolvendo uma técnica inovadora que pode levar à cura para a forma mais comum de cegueira. Especialistas têm saudado o tratamento como “um grande passo” no combate à degeneração macular relacionada à idade (DMRI). A cirurgia implanta uma espécie de curativo com células tronco embrionárias. O primeiro procedimento, feito com uma voluntária, foi um sucesso, dizem os médicos.

Essa perda de visão causada pelo desgaste com a idade é muito comum. Só no Reino Unido são 600 mil pessoas com o problema. No Brasil, a enfermidade afeta cerca de 2,9 milhões de cidadãos, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia. O objetivo dos responsáveis pelo novo procedimento é torná-lo rotineiro em sistemas de saúde pelo mundo, assim como o tratamento para a catarata.

A cirurgia consiste no implante de células oculares derivadas de células-tronco embrionárias na parte de trás da retina de uma pessoa que ficou cega devido à DMRI. O curativo, desenvolvido exclusivamente para o paciente, “entrega” as novas células, que substituem as células doentes.

As células-tronco são as células mestras do corpo, a fonte de todas as outras células. Os cientistas que apoiam o uso de células-tronco embrionárias dizem que essa técnica pode transformar a medicina, gerando tratamentos para a cegueira, diabetes juvenil ou ferimentos graves.

A primeira de dez cirurgias planejadas para efeito de estudo aconteceu no mês passado, no Moorfields Eye Hospital, com uma voluntária de 60 anos. Segundo um comunicado da instituição divulgado nesta terça, "não houve complicações até o momento". A equipe vai acompanhar o pós-operatório e espera determinar um resultado em termos de recuperação visual até dezembro. Todos os voluntários têm a DRMI na forma molhada, que é o tipo mais severo da doença.

As células utilizadas no tratamento pertencem ao epitélio pigmentar da retina (EPR), camada celular que mantém os fotorreceptores na mácula. A mácula é justamente a região do olho que nos permite enxergar com mais clareza e definição. Quando há degeneração macular, as células do epitélio morrem e a pessoa sofre perda da visão central. Ela começa a ver imagens distorcidas ou sobrepostas por um borrão.

A DMRI é responsável por quase 50% de todos os casos de cegueira ou perda de visão no mundo. Geralmente afeta pessoas com mais de 50 anos e aparece em duas formas: seca (mais leve) ou molhada (mais severa). A DMRI molhada, que é menos comum do que a seca, é geralmente causada por vasos sanguíneos anormais que vazam fluido ou sangue para uma região no centro da retina.

Esses testes são parte do Projeto de Londres para Curar a Cegueira — uma parceria entre o Moorfields Eye Hospital, o Instituto de Oftalmologia da University College London (UCL), e o Instituto Nacional de Pesquisa de Saúde da Grã-Bretanha. A gigante farmacêutica americana Pfizer juntou-se à pesquisa em 2009.

Chris Mason, professor de medicina regenerativa na UCL, disse que o estudo é um importante passo em direção à cura de uma das principais causas de cegueira e também uma maneira de aprofundar a compreensão do uso de células-tronco embrionárias em tratamentos.

— Se o tratamento contra a DMRI for bem-sucedido, ao utilizar células-tronco embrionárias como recurso primordial, a terapia pode ser fabricada em larga escala — comentou Mason.



(Fonte: O Globo)

É no balanço do busão

Antes que você leve este texto até sua mãe, pai ou responsável para fazer troça, saiba que eles só queriam o seu bem. A verdade é que você pode ler o maior livro do mundo (não, não é a Bíblia. Clique aqui para saber qual é) indo do Oiapoque au Chuí que a retina vai continuar colada. Mas, fazendo isso, você ainda corre o risco de ficar tonto.

Basicamente, essa tontura vem do fato de que quem lê no ônibus está mandando duas mensagens conflitantes para o sistema nervoso. Do ponto de vista central, concentrada no texto à sua frente, você está parado. Mas a visão periférica capta a paisagem correndo ao seu lado e manda avisar que você está em movimento. "Isso gera uma confusão entre o cérebro e a visão que pode causar um mal-estar", explica Paulo Mello Filho, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Mas essa indisposição não tem nada a ver com descolamento da retina - e pode ser facilmente evitada se você fechar a cortininha da janela do ônibus.

Claro que toda regra tem exceção: a literatura oftalmológica registra o caso de um cidadão amazonense que descolou a retina lendo a bordo de um barco. Todavia, como ressalta Omar Bonilla, presidente da Sociedade de Oftalmologia do Amazonas, o leitor tinha agravantes que contribuíram para o descolamento: 6 graus de miopia e um caso severo de diabetes.

Para um olho normal, o perigo está mesmo na trombada no futebol, no cinto de segurança que escapa, nos psicopatas fãs do filme Laranja Mecânica (ver quadro Saindo da Retina). Ou seja, uma pancada muito forte próxima dos olhos. O descolamento inicial pode ser pequeno, notado apenas pelo surgimento de pequenas manchas na visão, mas, sem tratamento rápido, a retina inteira pode se descolar.

Para que a retina descole, é preciso muito mais que leitura. Saiba mais:

Ler não dá L.E.R.

A retina é uma camada interna do olho, que recebe e repassa imagens para o cérebro. Colada no globo ocular, ela não descola apenas com um movimento involuntário fruto de uma leitura no ônibus. É preciso algo mais forte.

Ponto de vista

Uma retina normal só se descola após receber um impacto muito forte, como no exemplo acima. Descolada, ela não reflete mais as imagens captadas: começa com algumas manchas e avança até a perda da visão.

Silicone nela

O tratamento tem de ser imediato, e geralmente inclui cirurgia. No procedimento mais comum, é colocado um anel de silicone em volta do olho. Permanente, o anel serve para suturar a retina rompida e restaura a visão normal.



(Fontes: Hospital dos Olhos, Instituto Benjamin Constant, Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Sociedade de Oftalmologia do Amazonas via Superinteressante)

Carro elétrico: salvação do planeta, perdição do pedestre

No final do século XIX a gasolina era considerada perigosa e os motores à combustão eram deficientes. Por este motivo, os primeiros veículos automotores desenvolvidos naquela época eram elétricos. Com a evolução dos carros, a gasolina acabou se tornando o combustível padrão e os veículos elétricos ficaram relegados a segundo plano.

As discussões sobre as mudanças climáticas e a futura escassez de combustíveis fósseis fizeram com que os carros elétricos fossem alçados à condição de salvadores do planeta. E, embora a tecnologia tenha um futuro promissor, ainda há muito que se fazer. Os produtos que hoje estão no mercado já apontam alguns problemas decorrentes da nova tecnologia.

Curiosamente, um destes problemas, também é considerado uma qualidade: o silêncio. Os carros elétricos são muito mais silenciosos que os modelos equipados com motores de combustão interna, emitindo quase nenhum som. O que parece ótimo para todo mundo que sofre com a poluição sonora dos grandes centros, é péssimo para a segurança dos pedestres já que um carro silencioso pode não ser percebido por um pedestre distraído. O cenário piora se o pedestre for um deficiente visual que, sem poder ver ou ouvir um veículo se aproximando, terá sua vida posta em risco toda vez que atravessar uma rua (mais do que já acontece). Uma pesquisa relevou que os carros híbridos se envolvem em mais acidentes que os “normais”.

Para evitar que o silêncio desses veículos gerem mais acidentes, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) exige por lei que os veículos elétricos dos Estados Unidos emitam algum ruído para alertar os pedestres de sua aproximação. O Volt, o elétrico da GM, já emite um sinal sonoro quando o pisca-pisca é acionado.

É mais um desafio para os designers e engenheiros que precisam desenvolver soluções para definir não somente como os produtos se relacionarão com o meio ambiente, mas, também, como vão se relacionar com as pessoas, notadamente as deficientes.



(Fonte: O Café Design)

Como agir corretamente com um deficiente visual - Parte 2

Saúde Visual traz a segunda parte do código de etiqueta que orienta a relação com as pessoas portadoras de deficiência visual, elaborado pelo Instituto Benjamin Constant, a mais antiga instituição de educação para cegos do País.

1.            Não suponha que a pessoa cega possa localizar a porta onde deseja entrar ou o lugar aonde queira ir, contando os passos.

2.            Não tenha constrangimento em receber ajuda ou aceitar gentilezas por parte de alguma pessoa cega. Tenha sempre em mente que a solidariedade humana deve ser praticada por todos e que ninguém é tão incapaz que não tenha algo para dar.

3.            Não se dirija à pessoa cega por meio de seu guia ou companheiro, admitindo assim que ela não tenha condição de compreendê-lo e de expressar-se.

4.            Não guie a pessoa cega empurrando-a ou puxando-a pelo braço. Basta deixá-la segurar seu braço, que o movimento de seu corpo lhe dará a orientação de que precisa. Nas passagens estreitas, tome a frente e deixe-a segui-lo, mesmo com a mão em seu ombro.

5.            Quando passear com a pessoa cega que já estiver acompanhada, não a pegue pelo outro braço, nem fique lhe dando avisos. Deixe-a ser orientada só por quem a estiver guiando.

6.            Não carregue a pessoa cega ao ajudá-la a atravessar a rua, tomar condução, subir ou descer escadas. Basta guiá-la, pôr lhe a mão no corrimão, por exemplo.

7.            Não pegue a pessoa cega pelos braços rodando com ela para pô-la na posição de sentar-se, empurrando-a depois para a cadeira. Basta pôr lhe a mão no espaldar ou no braço da cadeira, que isso lhe indicará sua posição.

8.            Não guie a pessoa cega em diagonal ao atravessar em cruzamento. Isso pode fazê-la perder a orientação.

9.            Não diga apenas "à direita", "à esquerda", ao procurar orientar uma pessoa cega à distância. Muitos se enganam ao tomarem como referência a própria posição e não a da pessoa cega que caminha em sentido contrário ao seu.

10.          Não deixe portas e janelas entreabertas onde haja alguma pessoa cega. Conserve-as sempre fechadas ou bem encostadas à parede, quando abertas. As portas e janelas meio abertas constituem obstáculos muito perigosos para ela.

11.          Não deixe objetos no caminho por onde uma pessoa cega costuma passar.

A visão do futuro e o futuro da visão

A tecnologia assistiva está sempre trazendo novidades, o que é uma ótima notícia, principalmente para os deficientes. Saúde Visual, pela proposta do site em tratar de assuntos relacionados aos olhos, claro que sempre destaca os avanços no campo da visão. Agora, vamos destacar mais 4 projetos que trazem novas expectativas para os deficientes visuais.

Olho artificial – o caminho para se chegar a um "olho artificial" que funcione como o verdadeiro é ainda longo, mas pesquisadores conseguiram criar dispositivos de baixa resolução que já está disponível e consegue ser útil, de certa maneira. Ao invés de tentar substituir a visão inteiramente, estes “olhos” apenas traduzem um texto, apresentando-o para o usuário em um formato mais familiar: o sistema Braille.

Um implante de uma nova lente trifocal que oferece visão de perto, intermediária e longe, está revolucionando o tratamento da catarata. Até agora, muitos pacientes que tinham lentes artificiais inseridas em seus olhos, descobriram que tinham boa visão de perto e de longe, mas a visão de meia-distância, como por exemplo, olhar para uma tela de computador, ficava embaçado. Com isso, muitos ainda tinham que usar óculos e lentes de contato para preencher esta lacuna.

Criada originalmente para fins militares, para ampliar o campo de visão de tropas nos campos de batalha, as lentes de Realidade Virtual sobrepõe uma visão em 3D diretamente no olho. Os iOptiks podem, ainda, melhorar a visão também.

E, depois do Google e da Microsoft apresentarem seus projetos de óculos futurísticos, chegou a vez da Apple e da Olympus entrarem na briga. A Olympus está construindo o MEG4, um dispositivo Bluetooth que se comunica através de smartphones. Ele terá seu próprio sensor de aceleração, a sua própria interface e, talvez, os recursos de um GPS. Já os óculos da Apple, em verdade, são anteriores ao do Google em termos de patentes concedidas. O projeto começou como sendo algo um  pouco mais do que "óculos de cinema", feitos meramente para exibir os conteúdos de vídeo de um iPod. Aos poucos, porém, evoluiu para algo mais. Porém a empresa não divulga nada além desta informação, sem explicar o que seria este “algo mais”.

Aguardemos, pois.



(Fonte: Optical Vision Resources)

Como usar um celular sem enxergá-lo?

Já falamos aqui sobre Tommy Edison, crítico cego de cinema que, em vez de se distrair com efeitos especiais e beleza de atores, assiste os filmes pelo roteiro e atuação dos atores. Também mostramos que, apesar de não enxergar, Tommy usa um smartphone com tela de toque – e ainda tira ótimas fotos. Claro que a primeira pergunta que vem à cabeça é: como usar o iPhone e o Android sem ver o que está na tela?

Desde sua versão 3GS o iPhone tem a função VoiceOver. Basta passar o dedo sobre a tela para se ouvir uma descrição do que se está tocando e sem riscos de ativar apps ou funções por acidente já que, para ativá-los, é preciso tocar duas vezes na tela.

Para digitar, Tommy usa o recurso de Ditado presente apenas no iPhone 4S. Em outros modelos, a digitação é feita passando o dedo no teclado e o aparelho pronuncia a letra que se está tocando. Dois toques e se digita a letra. Apesar de parecer bem trabalhoso, o VoiceOver ajuda pronunciando o autocompletar. Assim, os cegos podem ativar o aplicativo sem ajuda de terceiros.

O Iphone também disponibiliza um outro aplicativo gratuito para deficientes visuais, o Learn Braille Alphabet (algo como “aprendendo o alfabeto Braille) e que serve, até mesmo, para quem não é deficiente visual. Os estudantes que não enxergam - ou que tenham algum familiar ou amigo nessa situação -, podem aprender o alfabeto Braille, de uma maneira simples, com este aplicativo que ainda oferece games.

 O sistema Android também funciona para cegos. Desde sua versão 1.6, ele tem o app TalkBack (disponível no Google Play) para falar o que está na tela. Segundo a página do projeto Eyes-Free do Google, aparentemente a função de passar o dedo na tela e ouvir o que está debaixo dele só surgiu no Ice Cream Sandwich. Em versões anteriores, isso era possível apenas usando a tecla direcional ou trackball mas, agora, basta desenhar um retângulo na tela ao ligar o Android pela primeira vez.

Para cegos, o Android 4.0 funciona basicamente como o iPhone no VoiceOver: basta passar o dedo nos elementos da tela para ouvir seu nome, tocar apenas uma vez para selecionar, digitar passando o dedo no teclado ou usando a função Ditado.

A Nokia, por sua vez, oferece o app Screen Reader para aparelhos Symbian mais recentes, que lê o conteúdo da tela. O Windows Phone, assim como o iPhone 3GS/4/4S e Android, tem comandos de voz, mas seu suporte nativo para cegos é bem pequeno, já que ele não lê o conteúdo da tela, por exemplo. O BlackBerry tem comandos de voz, notificações de áudio e teclados físicos táteis, porém não tem leitura do conteúdo da tela.

Além do suporte nativo em sistemas como iOS e Android, há também diversos apps de terceiros para quem tem problemas de visão, como os da Code Factory para Symbian e BlackBerry, ou um teclado braille para Android.



(Fonte: Gizmodo US)

Como agir corretamente com um deficiente visual - Parte 1

O Instituto Benjamin Constant, a mais antiga instituição de educação para cegos do País, elaborou uma espécie de cartilha com código de etiqueta que orienta a relação com as pessoas portadoras de deficiência visual. Saúde Visual publica, em partes, devido à extensão do artigo, algumas das principais dicas a serem seguidas.

1.            Não trate as pessoas cegas como seres diferentes somente porque não podem ver. Saiba que elas estão sempre interessadas no que você gosta de ver, de ler, de ouvir e falar.

2.            Não generalize aspectos positivos ou negativos de uma pessoa cega que você conheça, estendendo-os a outros cegos. Não se esqueça de que a natureza dotou a todos os seres de diferenças individuais mais ou menos acentuadas e de que os preconceitos se originam na generalização de qualidades, positivas ou negativas, consideradas particularmente.

3.            Procure não limitar a pessoa cega mais do que a própria cegueira o faz, impedindo-a de realizar o que sabe, pode e deve fazer sozinha.

4.            Não se dirija a uma pessoa cega chamando-a de "cego" ou "ceguinho"; é falta de educação, podendo mesmo constituir ofensa chamar alguém pela palavra designativa de sua deficiência sensorial, física, moral ou intelectual.

5.            Não fale com a pessoa cega como se fosse surda; o fato de não ver não significa que não ouça bem.

6.            Não se refira à cegueira como desgraça. Ela pode ser assim encarada logo após a perda da visão, mas, a orientação adequada consegue reduzi-la a deficiência superável, como acontece em muitos casos.

7.            Não diga que tem pena de pessoa cega, nem lhe mostre exagerada solidariedade. O que ela quer é ser tratada com igualdade.

8.            Não exclame "maravilhoso", "extraordinário", ao ver uma pessoa cega consultando o relógio, discar o telefone ou assinar o nome.

9.            Não fale de "sexto sentido" nem de "compensação da natureza" - isso perpetua conceitos errôneos. O que há na pessoa cega é simples desenvolvimento de recursos mentais latentes em todas as criaturas.

10.          Não modifique a linguagem para evitar a palavra ver e substituí-la por ouvir. Conversando sobre a cegueira com quem não vê, use a palavra cego sem rodeios.

11.          Não deixe de oferecer auxílio à pessoa cega que esteja querendo atravessar a rua ou tomar condução. Ainda que seu oferecimento seja recusado ou mesmo mal recebido por algumas delas, esteja certo de que a maioria lhe agradecerá o gesto.

O paraíso, a rádio comunitária e o DJ cego

Entre Paraty e Trindade, no estado do Rio de Janeiro, seguindo as trilhas na mata atlântica pela Reserva da Juatinga, existe um lugar com pouco mais de 300 habitantes conhecido como Praia do Sono. Apesar do nome, não existe tédio ali. Pelo menos durante o verão quando, todas as tardes, no meio da multidão, surge o DJ Zaqueu e sua Rádio Caiçara, uma emissora comunitária cuja transmissão é feita através de um equipamento que o próprio Zaqueu inventou com duas pilhas palito – segundo ele mesmo gosta de contar.

Zaqueu também gosta de se gabar em dois outros itens: seu gosto musical e o fato de ser o único DJ cego do mundo. O gosto musical fica por conta de nomes como Chico Buarque, Belchior, Milton, Alceu Valença entre outros que estão presentes em um case com uns 40 CDs que ele localiza de memória e cuja distribuição está distribuída pela batida e pelo ritmo.

Já a cegueira foi por conta de uma catarata que, aos 12 anos, tirou sua visão de vez – até então ele conseguia enxergar um pouco em apenas um olho. Hoje, aos 46 anos, Zaqueu se tornou uma espécie de celebridade local. Além da rádio, ele participa de ações educativas com as crianças da região, cujos moradores vivem da pesca artesanal e de um modesto comércio local.

Zaqueu ganha salário de um restaurante local e o apoio dos bares vizinhos para manter sua rádio no ar. "Quando eu noto que o pessoal está mais quieto, mudo a música”, explica ele que sempre gostou da profissão de DJ e acabou aprendendo sozinho a fazer as interseções entre uma música e outra.

Mas o que está tirando o sossego da Praia do Sono não são as mudanças musicais promovidas por Zaqueu. É a invasão cada vez maior de turistas. Neste ano, a estimativa era de pouco mais de 5 mil pessoas desembarcando no local. Já passou dos 8 mil visitantes. Os campistas montam barraca em locais de preservação ambiental e sobrecarregando a já restrita rede de água e esgoto. Fora o lixo acumulado e, até mesmo, o consumo de crack.

Depois, quem não enxerga é o Zaqueu...



(Fonte: Estadão)

O excesso de peso e as doenças oculares

O excesso de peso continua a ser uma epidemia nos Estados Unidos. Há um forte consenso científico que o excesso de peso (IMC acima de 25) contribui para a mortalidade global e também aumenta significativamente o risco de graves doenças degenerativas, incluindo as cataratas, degeneração macular, glaucoma e retinopatia diabética.

Geralmente, o mês de janeiro é propício para discussões sobre o peso. O fato é que não existe uma data específica para se preocupar com isso. A maioria dos especialistas acha que uma boa regra para determinar sua exigência calórica é multiplicar o seu peso por 10. Portanto, uma pessoa que pesa 170 quilos sem qualquer exercício adicional, vai manter o seu peso comendo 1.700 calorias por dia. Para perder um ou dois quilos de gordura em uma semana, você deve alterar essa equação para 500 calorias por dia. Isso significa comer 500 calorias a menos por dia, queimando 500 calorias a mais todos os dias, ou a combinação de restrição calórica (dieta) e queima de calorias (exercício).

Algumas referências atuais sobre o tema incluem estudos que apontam para a barriga gorda como uma doença, seguido por 50 estudos revistos fazendo uma ligação do excesso de peso com algumas doenças oculares, tais como a degeneração macular, glaucoma, retinopatia diabética e o desenvolvimento de cataratas.

De acordo com o relatório Surgeon General, o excesso de peso e a obesidade são responsáveis por 300 mil mortes a cada ano nos EUA. No Brasil, estima-se que dois terços da população em geral está com sobrepeso ou sofre de obesidade. Isto significa que, a cada 10 pessoas, 6 sofrem de sobrepeso ou estão obesos. O mais impressionante é que este numero está aumentando e muito brevemente passará para 7 em 10 pessoas sofrendo deste problema.

Dados os custos de saúde associados com o excesso de peso, é hora de todos os profissionais de saúde se envolver neste assunto, já que a obesidade é um problema grave e deve ser encarado com cuidado, principalmente em crianças e quanto mais cedo for tratado, maiores são as chances de cura.



(Fonte: The Optical Vision Site)

Olhos castanhos: garantia de confiança (?)

Volta e meia Saúde Visual publica algum estudo relacionando a cor dos olhos com doenças, questionamento muito comum, principalmente por quem possui olhos claros. O que se sabe até hoje é que pessoas que possuem olhos mais claros são mais sensíveis à luz porque não há pigmento suficiente para bloquear os raios de luz e proteger a visão e isso pode gerar danos irreversíveis. Já as evidências de que olhos mais escuros proporcionam uma melhor visão são muito pequenas ou até mesmo inexistentes.

Porém uma nova pesquisa relacionada à cor dos olhos traz um novo aspecto ao assunto ao afirmar que pessoas com olhos castanhos costumam parecer mais confiáveis do que as de olhos azuis.

A pesquisa foi conduzida por cientistas de Universidade Carolina de Praga, na República Tcheca, e publicada na revista Plos One. Karel Kleisner e Lenka Priplatova, responsáveis pelo estudo, buscavam entender que tipos de fatores poderiam levar alguém a parecer mais confiável. Eles selecionaram, então, 40 alunos homens e 40 mulheres, tiraram fotografias de todos para, em um segundo momento, pedir aos 105 voluntários que participavam da pesquisa para que avaliassem as pessoas nas fotos de acordo com o grau de confiança que transmitiam.

A maioria dos voluntários avaliou as faces com olhos castanhos como mais confiáveis do que as com olhos azuis, tanto entre os rostos masculinos quanto femininos.

No entanto, algumas análises feitas sobre o formato das faces mostraram uma grande correlação entre a cor dos olhos e o formato do rosto. Assim, para descobrir se a percepção de confiabilidade era mais influenciada pelo formato do rosto ou pela cor dos olhos, os pesquisadores tiveram de realizar um segundo teste, que, com a ajuda de um software, trocou a cor dos olhos de todos os rostos avaliados.

Outros 106 novos voluntários, então, deixaram de levar essa característica em conta na hora de avaliar os olhos masculinos o que, na opinião dos cientistas, significa que o importante na avaliação não era a cor dos olhos, mas o formato de rosto associado a ela. Já entre os rostos femininos o resultado foi parecido, porém com menor intensidade o que levou os pesquisadores a não considerarem estatisticamente significante o resultado.

Ao analisar todos os resultados, enfim, os cientistas concluíram que não é exatamente a cor castanha dos olhos que influencia a avaliação sobre a confiabilidade de determinada pessoa, mas sim as características faciais que costumam estar associadas a eles. Ou seja, olhos castanhos ajudam a garantir uma aparência mais confiável.

Curiosamente, quem tem (ou já teve) avó certamente ouviu dela que pessoas de olhos claros não são confiáveis. Notadamente as de olhos verdes – olhos de gato, diziam elas. Coisas de avó.



(Fonte: Plos One)

Isso sim é visão animal! O resto... é visão humana

Apesar de muito se falar sobre a excelente visão dos animais, os cientistas nunca fizeram um estudo para montar um ranking comparativo da capacidade visual dos animais e quais, dentre eles, tem a melhor visão.

Entretanto, se levarmos em conta os diversos estudos isolados sobre a visão dos bichos podemos apostar sem medo de errar nas aves de rapina. São elas que enxergam melhor em todo o planeta, se levarmos em conta o alcance da visão já que, para estas aves, a precisão visual é um requisito básico para conseguir a refeição diária.

Entre as aves de rapina boas de visão destacam-se o falcão, o abutre-de- rüppel e a águia-de-asa-redonda. Quando o falcão está caçando, ele consegue enxergar presas pequenas a 1 500 metros de altitude. Já o abutre-de-rüppel, além de ser o pássaro que voa mais alto no mundo, chegando a impressionante marca de mais de 11 mil metros consegue identificar um coelho a 2 500 metros de distância. Mas a grande campeã, a águia-de-asa-redonda, consegue focalizar um ratinho tentando se esconder no gramado enquanto voa a 5 mil metros de altitude.

Os cientistas também ainda não precisaram em que lugar ficaria o homem na lista dos bons de olho. Talvez não consigamos ficar, sequer, entre os 10 melhores colocados já que, além das aves de rapina, os felinos também tem uma visão de dar inveja, pois seus olhos contam com células especiais que melhoram muito a visão no entardecer e à noite. Alguns estudos, inclusive, demonstram que a visão deles é seis vezes melhor que a nossa. O gato, por exemplo, enxerga em condições de baixa luminosidade em torno de 7 vezes mais que os humanos.

No quesito visão panorâmica, os vencedores, disparados, são os coelhos. Eles possuem uma visão de 360 graus. O segredo é que os olhos desses bichos ficam posicionados na lateral, permitindo que eles vigiem os arredores para fugir dos predadores.

Já na visão noturna a melhor mesmo é a coruja, que enxerga um ratinho a mais de 80 metros de distância. E numa noite sem lua... . Acontece que os olhos das corujas são equipados com um tipo de lente especial, que faz com que eles funcionem como um telescópio que aproxima a imagem.

Já o campeão das cores é o Squilla mantis, um tipo de camarão capaz de enxergar uma gama de cores muito maior que a observada pelo olho humano pelo simples fato dele possuir uma retina com mais tipos de cones, os pigmentos que permitem enxergar colorido. Enquanto o Squilla mantis tem 12 tipos de cones, nós temos três. Aliás, sequer vencemos dos pombos neste quesito, pois eles possuem cinco tipos de cones...

Na categoria “olho grande”, quem diria, também perdemos para os animais. Mais exatamente para o hipopótamo, que tem um dos maiores globo ocular dentre todos os animais, com até 12 centímetros de diâmetro!

Abre o olho, ser humano! Ou não.



(Fonte: My Pet Brasil)

A profecia de Bono Vox

Certa vez, o cantor Bono Vox afirmou: "Sou um exibicionista que adora pintar quadros daquilo que não vê”.

Pois parece que Bono fez uma profecia: segundo informações de Julian Lennon, filho de John Lennon e amigo do cantor irlandês, a visão do vocalista da banda de rock U2, está ficando pior a cada dia por conta de uma doença ocular relacionada à fotofobia.

Há tempos, Bono utiliza óculos com lentes escuras, o que virou uma marca registrada do cantor. Ele chegou a declarar em diversas entrevistas que o principal motivo para usar os óculos (geralmente coloridos) não era “charme ou frescura”, mas por hipersensibilidade à luz.

É este problema que está se agravando, segundo Julian Lennon. O filho mais velho do ex-Beatle afirmou ao jornal irlandês “Irish Daily Star” que não sabe qual é “o problema exato”, mas que “a luz do sol machuca seus olhos" e que se trata de "um problema degenerativo”.

Por enquanto, Bono Vox, de 52 anos, segue sua carreira ativista. No final de 2012, durante visita a Washington, ele pediu a parlamentares democratas e republicanos para tirarem da lista dos cortes orçamentários os programas de assistência dos EUA aos países pobres. Ao que tudo indica, o cantor segue sua própria orientação: "Depois da tempestade, as cores aparecem”.



(Fonte: O Globo)

Distúrbios alimentares afetam a visão

A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar que provoca perda de peso além do que é considerado saudável para a idade e altura para a pessoa. As causas exatas da anorexia nervosa são desconhecidas mas diversos fatores podem estar envolvidos como, por exemplo, os genes e os hormônios que desempenham um importante papel no desenvolvimento e, também, as atitudes sociais que promovem tipos de corpos muito magros como perfeição de beleza.

Já a ideia de que conflitos familiares contribuem para a anorexia e outros distúrbios alimentares foi descartada e desconsiderada pelos especialistas no assunto. Eles preferem considerar outros fatores de risco como a busca pela perfeição (ou foco exagerado em regras de beleza impostas pela sociedade); ser muito preocupado ou dar muita atenção ao peso e à forma; problemas de alimentação quando bebê ou na primeira infância; determinadas ideias sociais ou culturais sobre saúde e beleza; autoimagem negativa e transtorno de ansiedade quando criança.

Apesar de também ser diagnosticada em homens, a anorexia é mais comum em mulheres e geralmente tem início durante a adolescência ou no início da fase adulta. Além dos já conhecidos sintomas, como depressão, pele manchada, boca seca e perda de resistência óssea, um estudo realizado com 13 mulheres que sofrem com distúrbios alimentares comprovou que a anorexia, quando possui duração longa, afeta a largura da mácula, a parte do olho que fica atrás da retina e é responsável pelo detalhamento da visão.

Os pesquisadores constataram que mulheres que sofrem com anorexia têm a mácula significativamente mais fina do que mulheres saudáveis. Mulheres com bulimia eram as donas das máculas mais finas. A bulimia é uma doença na qual uma pessoa exagera na ingestão de alimentos ou tem episódios regulares em que come em excesso e sente perda de controle. Por isso, a pessoa afetada usa vários métodos para impedir o ganho de peso, como vômitos ou abuso de laxantes.

As afetadas por tais distúrbios alimentares possuíam menos neurotransmissores enviando sinais dos olhos até o cérebro. Os pesquisadores ainda não sabem se isso é reversível caso elas entrem em uma dieta saudável ou se visão ficará afetada, correndo o risco de evoluir, até mesmo, para uma cegueira.



(Fonte: Portal Opticanet)

É melhor NÃO prestar atenção, turma

Por acreditarmos que manter um foco mais intenso ou um contato visual mais cuidadoso vai nos ajudar a perceber o mundo de uma forma mais precisa, costumamos pedir para as pessoas prestarem muita atenção no que estamos fazendo e/ou dizendo. Professores, então, falam muito isso para a turma: ‘prestem atenção’. E, então... a turma toda fica dispersa, para desespero dos mestres.

Mas os problemas dos educadores terminaram, pois a ciência afirma que isso não funciona! Um novo estudo da Universidade de Yale, publicado no periódico Psychological Science, mostrou que manter um foco muito intenso em algo, na verdade, pode é provocar o efeito contrário e distorcer a nossa percepção espacial.

Conduzida pelos psicólogos cognitivos Brandon Liverance e Brian Scholl, a pesquisa surpreende porque mostra que mesmo algo relativamente simples, como perceber onde um objeto está em relação a outros, pode ser distorcido pela nossa mente.

Para chegar a esta conclusão, foram realizados três experimentos com 10 voluntários orientados a focar sua atenção em alguns objetos, mas não em outros.  No teste com os resultados mais relevantes, quatro círculos se moviam em uma tela de computador enquanto mudavam rapidamente de cor. Dois deles podiam ser ignorados enquanto os outros dois deviam receber atenção especial. Os voluntários tinham de pressionar uma tecla sempre que tais círculos ficassem com a cor vermelha ou azul.

Acontece que, depois de alguns segundos de movimento, todos os círculos desapareciam e os participantes precisavam clicar com o mouse sobre os locais onde os dois círculos-alvos haviam aparecido pela última vez. Foi quando se evidenciaram duas distorções. Uma, já esperada pelos cientistas já que pesquisas anteriores mostraram que os círculos eram sempre indicados como se estivessem comprimidos em direção ao centro da tela, como se a representação que nossa mente faz do mundo fosse ligeiramente reduzida.

Mas a distorção que surpreendeu os cientistas foi quando os voluntários relataram ter visto os círculos-alvos como se estivessem mais próximos uns dos outros do que realmente estavam e observaram os outros dois círculos – naqueles em que não focaram sua atenção - mais afastados do que a realmente estavam.

Segundo os cientistas, estes resultados fortalecem um campo crescente da psicologia cognitiva que desestabiliza nossa confiança de que sabemos tudo com certeza, colocando em dúvida nossos métodos para compreender o mundo com mais exatidão. Brandon Liverance explica que "a atenção é a forma como as nossas mentes se conectam com as coisas no ambiente, permitindo-nos ver, lembrar-se e interagir com essas coisas". E conclui: "Nós tendemos a pensar que a atenção esclarece o que está lá fora. Mas ela também distorce”.

Fica a dica, aos mestres, com carinho.



(Fonte: Association for Psychological Science)

Catarata: prevenção desde a infância

No dia 08 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Visão. Trata-se de uma data voltada a conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados visuais. Com base nisso, a Dra. Marcia Beatriz Tartarella, médica oftalmologista e diretora da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica Latino-América, ressalta que a catarata, que representa a principal causa de cegueira curável ou evitável no Brasil, pode ser prevenida com um cuidado simples: o uso de lentes com proteção contra os raios solares, desde a infância.

“Assim como as pessoas têm hoje a consciência da importância do uso diário de filtro solar para evitar problemas de pele, deveriam estar cientes da necessidade de usar óculos com lentes que ofereçam 100% de proteção aos raios UVA e UVB”, afirma a médica oftalmologista. “Não à toa, países tropicais como o Brasil têm uma maior incidência de catarata. Desde crianças, as pessoas têm a visão exposta aos raios solares e os mesmos apresentam um efeito cumulativo ao longo da vida. Por isso que doenças como catarata se manifestam com mais frequência a partir dos 50 anos”, complementa.

Assim, as pessoas em qualquer idade devem usar óculos solares e de grau com lentes que ofereçam 100% de proteção contra raios UVA e UVB. “Para os usuários de óculos de grau, uma excelente alternativa são as lentes fotossensíveis, porque protegem totalmente contra esses raios solares nocivos e promovem uma adaptabilidade ao nível da luminosidade do ambiente, oferecendo um conforto visual maior”, ressalta a Dra. Marcia.

A visita anual ou semestral ao oftalmologista e a realização de exames oculares periódicos, desde a infância, representa outra importante maneira de prevenir e tratar os problemas visuais, que hoje afetam cerca de 20% dos brasileiros. A médica oftalmologista lembra que existem enfermidades que podem levar à cegueira, como o glaucoma, que não têm sintomas, mas que podem ser tratadas se detectadas a tempo.

Com o intuito de contribuir com a conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde visual, a Transitions Optical – empresa líder em lentes fotossensíveis – realiza uma série de ações no Brasil associadas ao Dia Mundial da Visão.

Entre as iniciativas, a empresa está veiculando vídeos nas suas redes sociais (YouTube e Facebook) com depoimentos reais de pessoas que melhoraram a qualidade de vida a partir dos cuidados visuais. Além disso, criou uma série especial sobre as principais doenças oculares no Brasil e como preveni-las no Guia de Óculos, site patrocinado pela marca.

A Transitions realiza ainda uma ação em sites de notícias, no qual uma peça publicitária da marca desfoca a visualização do conteúdo e alerta as pessoas sobre a importância do cuidado visual. A mesma ação está sendo replicada na página do Facebook da marca e em posts no Instagram.

“Vamos fazer uma série de ações integradas de comunicação no Dia Mundial da Visão para reforçar entre os brasileiros essa consciência da importância dos cuidados com a saúde visual”, afirma Vanessa Johns, Diretora de Marketing da Transitions Optical para o Brasil. “Essa preocupação tem levado a Transitions a investir em pesquisa e desenvolvimento para oferecer lentes fotossensíveis adequadas às mais diversas necessidades dos usuários, com 100% de proteção dos raios UVA e UVB e o ajuste automático de luminosidade, o que proporciona uma visão otimizada e reduz a fadiga ocular e o esforço visual”, acrescenta.



(Fonte: Agência Ideal)

O amor é cego - literalmente

Quem está apaixonado fica em estado de graça: meio aéreo, sem prestar muita atenção no que está se passando a sua volta. Isso todo mundo já sabe. Mas cientistas da Universidade da Flórida acabam de descobrir que a coisa pode ir muito além: o amor torna o cérebro humano literalmente incapaz de prestar atenção em rostos muito bonitos.

Os pesquisadores fizeram um estudo para medir a atenção de 113 homens e mulheres, que foram expostos a fotos de pessoas lindas (e outras não tão bonitas). Metade dos voluntários teve de escrever, antes da experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha por seu parceiro. A outra metade fez uma redação genérica, sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas - com os olhos dos voluntários monitorados por um computador. Quem tinha escrito (e pensado) em amor passou a ignorar as imagens de pessoas bonitas - seus olhos simplesmente não se fixavam sobre as fotos. E essa rejeição só acontecia com as fotos de gente linda; com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença.

Segundo os cientistas, isso acontece porque, quando as pessoas pensam em amor, seu neocórtex passa a repelir pessoas muito atraentes - que são tentadoras e têm mais chances de levar alguém a praticar adultério. O mais impressionante é que, entre os homens, esse mecanismo antitraição é 4 vezes mais forte do que nas mulheres.

Os cientistas especulam que ele teria se desenvolvido, ao longo da evolução, para ajudar os machos a se manterem monogâmicos. "Há muitos benefícios evolutivos em uma relação monogâmica, e o organismo leva isso em conta", diz o psicólogo Jon Maner.



(Fonte: Superinteressante)

Maldição? Tsunami deixa ilha sem cores

Muitas pessoas tem alguma deficiência de enxergar cores, mas existe uma ilha, Pingelap, na Micronésia, no sul do Oceano Pacífico, na qual uma em cada dez pessoas enxerga apenas em preto e branco.

Casos de pessoas daltônicas que realmente não conseguem enxergar cores são raros.

Mesmo uma pessoa com alto grau de daltonismo ainda pode ser capaz de diferenciar até 20 tonalidades. Uma pessoa considerada normal pode enxergar cerca de cem tonalidades diferentes.

No fundo de nossos olhos, na retina, existem células chamadas cones e bastonetes, sensíveis à luz. Estas células começam a se desenvolver ainda quando o bebê está no útero e, no momento em que o feto chega a 28 semanas de idade, pode enxergar normalmente, mesmo na escuridão do útero.

Inicialmente enxergamos apenas em preto e branco, mas logo os cones evoluem, ficando prontos para um mundo colorido. Proteínas sensíveis à luz convertem vermelho, verde e azul (os componentes separados da luz que entram em nossos olhos) em impulsos nervosos.

Estes impulsos são enviados para o cérebro e interpretados como uma imagem colorida.

Mas, se estas proteínas não funcionam de forma adequada, a pessoa acaba enxergando em preto e branco para o resto da vida.

Israel Abramov, professor de psicologia do Brooklyn College, nos Estados Unidos, fez uma série de testes em um grupo de jovens adultos e descobriu diferenças sutis na forma como homens e mulheres percebem as cores. Homens não são tão bons como as mulheres para distinguir entre tons de azul, verde e amarelo.

No entanto, por pior que sejam os homens, nenhum deles chega perto da condição que afeta parte dos moradores da ilha de Pingelap, um atol minúsculo no oceano Pacífico: eles não enxergam cores.

A ilha é um lugar muito bonito, mas com uma espécie de maldição genética. É conhecida como a Ilha dos Daltônicos por causa do número alto de pessoas que moram nesta ilha remota e só conseguem enxergar em preto e branco.

Não conseguir enxergar as cores já é ruim. Mas um dos moradores da ilha, Herrol, um pescador, também tem dificuldade para enxergar quando o sol está forte. Tudo o que ele vê é uma imagem sem detalhes, dolorosamente clara, como uma foto em preto e branco que foi ampliada de forma errada, com excesso de exposição.

"Acho difícil sair de casa no sol, pois quando está ensolarado, não consigo enxergar para fazer meu trabalho", disse Herrol.

Outro problema é que é difícil cozinhar em preto e banco. Uma teoria para explicar a razão pela qual nossos ancestrais remotos terem evoluído a visão das cores é que, com esta ferramenta, é possível diferenciar a comida que estava boa da que não estava.

Mas, se é tão raro não conseguir enxergar nenhuma cor, qual é a razão de 10% da população de Pingelap estar condenada a viver em um mundo totalmente preto e branco?

Sabemos que, em 1780, a população de Pingelap quase foi extinta devido a um tsunami. Apenas cerca de 20 pessoas sobreviveram - uma delas era o rei.

Acredita-se que ele tinha um problema genético que causa o daltonismo e passou este problema para os muitos descendentes que teve.

A distância da ilha de qualquer outro local e uma religião que desestimula o casamento com pessoas de fora de Pingelap manteve a diversidade genética do local relativamente restrita e permitiu que a mutação sobrevivesse por séculos.

Apesar de todo o problema causado pela mutação, existe uma vantagem. Quando chega a noite, Herrol fica à vontade: ele pode enxergar muito bem no escuro.

Ninguém sabe a razão, mas pode ser que a parte do cérebro de Herrol que normalmente interpreta a luz brilhante do dia use uma força maior de processamento para sua visão em preto e branco durante a noite.

Então, quando escurece, Herrol e os amigos entram nos barcos e vão pescar. Eles colocam tochas nos barcos para atrair os peixes-voadores.

"Este tipo de pesca é divertida, principalmente se pescamos muito. Minha família está esperando peixe fresco. Não podemos simplesmente ir ao mercado e comprar comida. Então, mesmo sendo um trabalho pesado, nós gostamos", disse Herrol.



(Fonte: BBC via Michael Mosley médico e jornalista. A reportagem foi feita para a série 'Countdown to Life', do canal BBC Two, que analisa como nos desenvolvemos no útero e como essas mudanças, normais e anormais, têm impacto na vida futura)

A gata-guia e o cão cego, uma história de solidariedade animal

Todos conhecem o cão-guia, animais treinados para oferecer aos seus parceiros cegos segurança na locomoção, equilíbrio físico e emocional, facilitando sua socialização e até melhorando sua auto estima. Mas alguém conhece algum gato-guia? Então conheça Pwdidat!

Depois de ser diagnosticado com catarata, o cão Terfel, de 8 anos, passou a viver dentro de uma cesta, quase sem se movimentar. Até que, num belo dia, sua dona, a britânica aposentada Judy Godfrey-Brown, adotou uma gata.

Para a surpresa de Judy, a gata, batizada de Pwdidat, se aproximou da cesta onde Terfel costuma passar a maior parte do tempo e, em seguida, não só persuadiu o cão a sair de sua cesta, mas o ajudou a encontrar o caminho em torno da casa onde vivem, em Holyhead, no País de Gales e até pelo jardim, usando suas patas para guiá-lo na direção certa. Desde então a gata guia o cachorro e o auxilia regularmente.

Judy, porém, ficou incapacitada de cuidar dos animais e, para não separá-los, os entregou a Anne Cragg, que passou a cuidar dos inusitados amigos.

Ela conta que nunca viu nada igual. "A maioria dos cães e gatos se odeiam, mas Pwditat imediatamente parecia saber que Terfel é cego. Ela usa suas patas para guiá-lo. Eles estão grudados agora e não se separam nem para dormir", afirma Anne que aparece vídeo.



(Fonte: Daily Mail)

Crítico de cinema, fotógrafo e... cego

Tommy Edison é um famoso crítico de cinema. Tommy também coleciona mais de 4.000 seguidores no Instagram, aplicativo gratuito que permite aos usuários tirar uma foto, aplicar um filtro e depois compartilhá-la em uma variedade de redes sociais, incluindo o próprio Instagram.

Tommy é cego de nascença. Ele assiste aos filmes pelo roteiro e suas fotos são consideradas muito boas.

O próprio Tommy explica como cegos usam smartphones com tela de toque, através de uma combinação de voz sintetizada e comandos especiais. Ok, Tommy, mas como cegos usam o Instagram e, de forma surpreendente, melhor do que muita gente que enxerga?

A dica dele é que o iPhone possui um recurso conhecido como VoiceOver, um utilitário voltado para cegos que diz qual elemento de tela você está tocando. O sistema Android também tem um recurso semelhante e o funcionamento é simples: para pressionar o botão, basta tocar duas vezes. Isso funciona até em apps - inclusive os de terceiros, como o Instagram. Assim, Tommy consegue tirar uma foto com seu iPhone e selecionar um filtro mesmo sem vê-los.

Tommy é cego, mas consegue tirar boas fotos. Claro que algumas saem fora de foco, pois é preciso tocar duas vezes na tela o que faz a câmera balançar. Mas quem não faz isso? É este o motivo que faz as fotos de Tommy impressionar tanto - por virem de alguém que nunca teve a visão. Dê uma olhada no perfil dele no e confira os resultados.



(Fonte: Gizmodo)

É a sua cara, mas você nem conhece...

Quem já não teve aquela estranha sensação de que já viu um total desconhecido antes? Para Milan Brázdil, do Central European Institute of Technology (CEITEC MU), na República Tcheca, esta sensação conhecida como déjà vu é provavelmente causada por uma superexcitação de células nervosas em hipocampos mais sensíveis o que causaria um pequeno “erro no sistema” do cérebro: as lembranças falsas.

Ainda assim, segundo pesquisadores, o déjà vu - expressão francesa, que significa “já visto” - é um acontecimento que ocorre com certa frequência, pois algo entre 60% e 80% dos indivíduos normais já passou por uma experiência do gênero.

Partindo deste princípio, o fotógrafo François Brunelle, resolveu registrar pessoas que não tem nenhum laço de sangue, mas parecem terem sido separadas no nascimento. Brunelle viajou pela Europa e pelos Estados Unidos procurando pessoas parecidas, mas que sequer se conheciam e criou o projeto I’m not a look-alike! (Algo como “eu não sou um sósia!”) cujo resultado é surpreendente.

Para saber como funciona a ideia de Brunelle, confira, abaixo, algumas fotografias do projeto:



(Fonte: Hypeness)

Bear, um amigo muito especial

A americana Maria Williamson, de 26 anos, sofreu um trauma em junho. Depois de uma tentativa de sequestro relâmpago em seu carro, ela foi acertada no rosto por um tiro. “A bala entrou pelo meu nariz e feriu meu olho direito. Na semana seguinte, passei por duas cirurgias, uma delas para remover meu olho”, explicou.

Enquanto ela estava se recuperando, um cachorrinho chamado Bear foi levado para uma fundação de resgate de animais perto do local onde ela mora. O objetivo era encontrar um lar para ele. Com apenas quatro semanas de idade, o pet foi atacado por um cachorro maior, que arrancou um dos olhos do bichinho.

Quando Bear foi encontrado, teve que passar por cirurgia para remover o olho. A fundação pediu ajuda na internet para pagar as despesas médicas.

O namorado de Maria viu o post no Facebook e compartilhou com elas. Ao perceber que o cão precisava de uma casa (e se identificar com o sofrimento dele), Maria adotou Bear rapidamente. “O adotei no mesmo dia. Eu sentia que não podia deixá-lo no veterinário por mais tempo. Era meu dever levá-lo para casa”, disse, em entrevista ao Huffington Post.

“Tal como eu, ele é um sobrevivente. Não somos vítimas. Somos sobreviventes que temos uma história para contar”, disse.



(Fonte: Revista Veja)

Mais artigos...

  1. A emoção na ponta dos dedos
  2. É do Brasil: médico brazuca devolve visão a canadense
  3. Empresa anuncia novo sistema de rastreamento ocular
  4. Por que óculos custam caro?

Pagina 1 de 9

  • Iniciar
  • <
  • 1
Prev Next

Olhos nos olhos, quero ver o que você faz, ao sentir que sem você eu passo bem demais.

Chico Buarque

Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.

Bob Marley

Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.

Antoine de Saint-Exupéry

A única coisa que vale a pena é fixar o olhar com mais atenção no presente; o futuro chegará sozinho, inesperadamente.

Nikolai Vasilievich Gogol

Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação.

Mário Quintana

Obstáculos são aqueles perigos que você vê quando tira os olhos de seu objetivo.

Henry Ford

Olhos nos olhos, quero ver o que você diz. Quero ver como suporta me ver tão feliz.

Chico Buarque

O horizonte está nos olhos, e não na realidade.

Ángel Ganivet

Mantenham os olhos nas estrelas e os pés no chão.

Theodore Roosevelt

Os olhos são os intérpretes do coração, mas só os interessados entendem essa linguagem.

Blaise Pascal

Conheça a nova coleção da Fiero!