No começo, não existia controle remoto. Então, ou o sujeito levantava do sofá para mudar de canal e regular o volume ou deixava tudo como está. Depois, veio o controle remoto e, então, tudo passou a se resolver com um simples apertar de botão.
Recentemente, os aparelhos de TV passaram a obedecer a comandos de voz. Mas eis que até mesmo esta ação já encontra seus opositores. E é para estes que Saúde Visual traz uma ótima notícia: a multinacional Haier está desenvolvendo um aparelho de televisão que pode ser controlado com o movimento dos olhos!
Embora esse tipo de controle não seja exatamente “novo” (já foi usado em aparelhos militares e computadores), fazê-lo funcionar em uma televisão não deixa de ter seu mérito. O aparelho (que não é exatamente uma TV, mas um “scanner de olho” ligado a um computador e um monitor) foi testado pelo repórter Sam Gibbs, do site Gizmodo. “Certamente não é a solução mais conveniente, prática ou elegante, mas já é um começo. E nessa fase é apenas um protótipo”, analisa Gibbs.
Antes de começar a usá-lo, você precisa calibrar o aparelho, acompanhando com o olhar um círculo que se move pelo monitor. Para selecionar uma opção, basta olhar para ela e piscar rapidamente algumas vezes. “Navegar apenas olhando para as coisas foi incrivelmente intuitivo”, conta Gibbs. “Você vai olhar de qualquer forma para onde quer clicar, eu acho, então isso apenas remove a necessidade de um aparato e diminui o esforço necessário”.
Ao olhar para a base da tela, aparece a convencional barra de controle de mídia (com controle de volume, botão de play, etc). Por enquanto, a operação de clicar e arrastar não funciona, mas as demais apresentaram bom desempenho.
Outra limitação do aparelho é que ele não funciona tão bem com pessoas que usam óculos – o que não chega a ser uma surpresa, mas não é uma boa notícia.
Por fim, de início, a nova tecnologia não parece prática, já que a grande parte de nós já se acostumou a usar o controle remoto, mas vale lembrar que essa tecnologia pode beneficiar pessoas que perderam o controle das mãos, por exemplo. Além disso, como se comportaria o aparelho numa transmissão de Fórmula 1, por exemplo, quando os olhos acompanham os bólidos? Sam Gibbs dá uma boa sugestão: “Poderia ser muito bom se combinado com controle de voz”.
Mas certamente alguém já está pensando se vai demorar muito até termos televisores controlados pela mente...
(Fonte: Gizmodo EUA)