Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris. Não existe registro exato sobre o momento em que Louis Braille ficou cego no ano de 1812, aos três anos de idade, mas sabe-se que foi através de um acidente com uma ferramenta de trabalho de seu pai, Simon-René, que era seleiro e fabricante de arreios do local. Aos cinco, ele perde a visão do outro olho, por conta da contaminação por germes.
Aos 13 anos, Braille iniciou sua adaptação do sistema de leitura para crianças cegas desenvolvida pelo Capitão Barbier, em Paris. Ele encontrou um modo de formar todas as letras do alfabeto, os acentos, sinais de pontuação e os signos matemáticos usando apenas seis pontos e alguns pequenos traços horizontais. Assim, Braille ficou famoso no mundo todo como o notável benfeitor dos cegos.
Já mostramos aqui o notável trabalho da Fundação Dorina Nowill para cegos, em São Paulo. Dorina ficou cega aos 17 anos e, na época, eram raros os livros voltados às pessoas com deficiência visual. Entre as muitas atividades da fundação, consta a , localizada no Centro Cultural São Paulo, capital, que está completando 65 anos. O espaço é pioneiro no acervo de livros falados, dos mais diferentes gêneros, em CD e MP3 e transcritos em braille.
Para comemorar a trajetória de sucesso, o espaço promove uma exposição especial também destinada ao público deficiente visual. “Sentido – Matrizes de Gravura” fica em cartaz até o dia 3 de junho, com entrada gratuita aonde o público é convidado a sentir a expressão da gravura proporcionada pela textura da matriz ao tato, gravada em madeira e metal, entre relevos de xilogravura, água-forte e ponta-seca. No percurso da exposição, o visitante ainda pode ouvir a descrição de cada obra, gravada pelo próprio artista.
A mostra inclui matrizes de gravuras em relevo de alguns dos mais importantes gravadores brasileiros, como Antonio Henrique Amaral, Clóvis Graciano, Daniel Acosta, Fabrício Lopez e Leya Mira Brander.
(Fonte: Centro Cultural São Paulo)