Estudos indicam que um em cada mil brasileiros é portador de ceratocone - doença da córnea que a deixa mais fina e irregular e contribui para a visão embaçada de imagens e outras dificuldades. Cerca de 20% dos pacientes necessitam de transplante e 98% dessas intervenções são bem-sucedidas no país, hoje referência mundial em transplantes de órgãos de maneira geral.
Em Atlas de Córnea (Elsevier), dois dos mais renomados oftalmologistas do mundo, Jay H. Krachmer e David A. Palay, das universidades de Minnesota e de Emory, respectivamente, apresentam técnicas inovadoras para o diagnóstico e tratamento de doenças como a ceratocone.
O lançamento da terceira edição, deste que é o atlas de oftalmologia mais completo do mundo, foi realizado durante o Congresso USP de Oftalmologia nos dias 28 e 29 de novembro, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
Premiado com o BMA Illustrated Book Award, o “Oscar” da literatura médica mundial, o livro tem uma coleção de 1300 imagens precisas e ampliadas que permitem excelente compreensão do profissional. Com a nova edição de Atlas de Córnea, o oftalmologista poderá aperfeiçoar suas habilidades de diagnóstico, procedimentos cirúrgicos terapêuticos e reconstrutivos, e rotina de complicações pós-operatórias para todas as doenças da córnea e superfície ocular - incluindo tumores, distúrbios distróficos e degenerativos, doenças inflamatórias, manifestações de doença sistêmica e lesões traumáticas.
Atlas de Córnea também propõe aos oftalmologistas brasileiros a revisão de técnicas modernas, com a ajuda de figuras provenientes de 100 colaboradores entre África, Ásia, Europa e América do Sul. Traz, por exemplo, as novíssimas ceratoplastia endotelial (com poucas suturas e recuperação acelerada) e a ceratoplastia lamelar anterior profunda, quando somente a parte principal da córnea é reposta com cirurgia. A biomicroscopia – exame feito com lâmpada de fenda para avaliação da estrutura ocular – é outra novidade do atlas.
“Supõe-se que uma terceira edição vai tomar menos tempo do que uma primeira ou segunda. No entanto, esta obra demandou tanta dedicação como as anteriores. A busca da perfeição é mais profunda a cada revisão e atualização”, destaca Palay, sobre as cerca de oito horas que seu mentor, Jay Krachmer, passou trabalhando em cada uma das figuras.
(Fonte: Canto do Trabalho Comunicação)