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Varejo óptico – desafios e oportunidades para 2015 e 2016

Temos trabalhado e investido bastante nos últimos anos, em prol do varejo óptico. Umas das ações é a produção de pequenos textos envolvendo questões relevantes, as quais afligem o segmento. Intensificaremos os esforços e investimentos em 2015 e nos anos seguintes.

A evolução digital, o perfil do novo consumidor, as concentrações dos negócios em empresas maiores, mais fortes e profissionalizadas e a velocidade com que tudo isso acontece, afetam diretamente os ramos de atividades, entre eles o varejo óptico.

Diante dessa realidade, há necessidade que o empresário óptico se reinvente em 2015, para fazer frente às essas mudanças, entre elas as fiscais, já definidas para esse ano e outras já definidas para 2016. “UFA”!

Descrevemos abaixo quatro pilares básicos, que devem ser levados em consideração, para fazer frente às tais mudanças.

Os comentários aqui feitos estão bem resumidos. Nos próximos textos elegeremos um tema e detalharemos para melhor, maior e efetiva contribuição ao segmento.

1 – DEFINIÇÃO DE NOVO MODELO DE NEGÓCIO

• O empresário óptico – lojista, deve descrever o seu negócio, partindo de sua missão e visão. Inevitavelmente isso deve ser feito, para que saiba, por exemplo, qual público atende e atenderá. As óticas mais antigas, como regra, tinham modelo de negócio que atendiam a diversos e diferentes públicos, quanto a classe social, sexo, idade etc. Óculos eram uma necessidade básica e como regra podia ser comprado em qualquer ótica. As trocas de óculos aconteciam em intervalos grandes de tempo. A fidelização de Clientes era mais simples, natural, quase automática. Hoje não mais.

• Os produtos ópticos passaram por grandes evoluções, com inúmeros modelos, tipos de material, desenhos, cor etc. As lentes oftálmicas seguiram o mesmo conceito. Hoje é praticamente impossível e pouco recomendável a óptica ter diversificação tão grande a ponto de desejar atender a todos os públicos. Há necessidade de se ater a isso.

Estudo de mercado. Com base as nos itens acima, deve se obter o conhecimento do mercado que você lojista atua. Isso só é possível através de abrangente trabalho e eficaz. Isso também só é possível ser feito via uso intensivo de recursos sistêmicos. Ele deve controlar e dar informações úteis, para que seja utilizado na gestão de relacionamento com o Cliente - CRM. Exemplo: Se o público da loja é mais mulheres, homens, faixa de idade, tempo de reposição dos óculos, informações essas indispensáveis para se estabelecer processo e controle de fidelização. Indispensável!

Estratégia de comercialização. Definido o público alvo, deve-se pensar na estratégia de alianças com os fornecedores. Não se pode mais trabalhar com armações e lentes que não tenham o apelo direto para o público alvo. Exemplo: O lojista usa a tabela de lentes oftálmicas e em sua maioria usa a própria tabela do laboratório, como tabela de venda no balcão. Dissemos que é necessário conhecer o público alvo, então não faz nenhum sentido ter-se tabela contendo inúmeros modelos, as quais não serão vendidas. O uso de tabela completa, como regra, somente causa confusão e burocratiza.

Estudo financeiro e econômico. Esta etapa é uma das mais importantes. Como regra ela é ignorada por muitos. Exemplo: Em visita a Clientes foi nos requisitado auxílio para ajudar na construção de relatórios. Elaboramos e percebemos que o mesmo apontava quantidade de produto vendido de uma grife X, bastante superior a grife Y. Percebemos que a grife X, mesmo tendo vendido algumas peças a mais, deixava rentabilidade menor. Há a dificuldade por parte do lojista de se trabalhar com grandes conjuntos de variáveis. É necessário aprender.

2 – PROCESSOS SISTÊMICOS

Segregamos aqui quatro das principais áreas para se planejar, executar e controlar: Compra e Venda e Administração/Finanças e Fiscal/Contabilidade.

Compra: O processo de compras em uma óptica ocorre para fins de Estoques, armações e sob – encomenda - venda realizada, quanto às lentes oftálmicas. A compra de armações exige muita atenção do lojista. Erros, se cometidos, pode comprometer Resultados e até a sobrevivência do negócio. Consequência: perder vendas, baixas margens, estoques excessivos e obsoletos, dificuldade de reposição para novos modelos etc. Boas gestões de estoques e reposições inteligentes requerem cada vez mais análise das vendas, público alvo, fidelização etc. Tudo isso visa aumentar vendas e principalmente maximizar resultados.

Venda: Aqui existem paradigmas a serem quebrados. Há a necessidade de sair da zona de conforto; eventualmente nada confortável. Novos formatos de venda, como o autoatendimento, uso intensivo e adequado dos recursos sistêmicos, como o Focus 10 é inadiável. Uso de novas Soluções Ópticas, como o revolucionário provador virtual que permite o cliente provar armações em casa e/ou na loja, através de Webcam, a contratação de e-commerce são alternativas. Exemplo: O OPTICOMMERCE da Optidados, juntamente com a tecnologia de e-commerce da UOL. Esteja na Vanguarda!

Administração/finanças. A gestão óptica vai muito além de somente comprar e vender. É necessário deixar de lado qualquer amadorismo e buscar incessantemente a profissionalização. O exemplo vindo da educação, especialmente da pública, que às vezes se finge que ensina e o aluno finge que aprende, aqui não cola. A solução é a mudança pra valer. Em resumo, novas práticas e nova cultura. A ABIÓPTICA é bom caminho para essa travessia.

Fiscal e Contabilidade. A Constituição Federal do Brasil mudou em 2003, para receber o Serviço Público de Escrituração Digital - SPED.

Desde então o mundo fiscal e contábil das empresas e das pessoas, não é mais o mesmo. Novas leis aumentaram muito as responsabilidades dos Profissionais da Contabilidade. Essas exigências todas são legais e se estendem inclusive às micro – empresas. A solução? Fazer desse limão uma limonada. Para se cumprir tudo isso se exige sistemas, certo? Então o remédio ideal é desse mesmo sistema fazer a tão sonhada gestão do negócio, cumprir todo o SPED e ainda de quebra fazer de forma simultânea e automatizada a contabilidade, que é obrigatória. Mas isso é possível? É.

3 – CONTEXTO DE MERCADO

Em muitos segmentos temos visto a concentração de negócios, através de grandes empresas e de grandes redes franqueadoras. O varejo óptico brasileiro tem dado reais passos nesse sentido também.

As pequenas redes e as lojas individuais terão espaço no mercado, diante dessa realidade? Se houver profissionalização e novas práticas, para se alcançar o que temos chamado de nova cultura, entendemos que sim.

Sabemos que o segmento óptico tem crescido percentual bem acima do crescimento do PIB e há estudos que a tal expansão continuará.

4 – GESTÃO DE PESSOAS

Será preciso dar verdadeiro, prático e gostosos treinamentos aos profissionais que lidam no dia a dia com o varejo óptico, valendo-se dos modernos recursos da TI. Treinamento estruturado, crescente, medindo aprendizado, se faz necessário. A Optidados tem disponibilizado conteúdos em seu WEBSITE e fazendo WORKSHOPS, presencial e via WEB, contando com importantes alianças com grandes empresas e entidades do segmento óptico.

Tudo isso é fácil? Não, mas poderá ser o seu grande diferencial, quando falamos em nova cultura a ser praticada pelo varejo óptico.

Conclusão: Citaremos abaixo apenas três grandes realidades, para admitirmos que ao final de 2016 teremos o varejo óptico bastante modificado, desenvolvido e profissionalizado, são elas:

. Decisão das grandes redes franqueadoras de crescer significativamente nos próximos dois anos;

. A decisão da ABIÓPTICA de estar pra valer ao lado e com o varejo óptico;

. Os impactos das legislações, fiscais, contábeis e trabalhistas, já definidas para entrarem em vigor nesse ano e em 2016 e seus efeitos também extensivos às microempresas. Não é pouco.

É alto o desafio e altas são as oportunidades para quem está inserido no processo de transformação do segmento e/ou até mesmo e sem extremismo, processo um tanto quanto revolucionário.


 

ARY SILVEIRA BUENO é contador, auditor e diretor da ASPR

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