Saúde Visual já apresentou nesta matéria uma análise acerca dos dispositivos para leitura virtual no mercado (e-readers) e seus efeitos sobre a visão. Alguns, como o iPad possuem telas brilhantes LCD ou LED enquanto outros, como o Kindle, utilizam telas com o sistema e-ink, que tenta possuir uma qualidade muito próxima à do papel.
O fato é que cada sistema é diferente e compete ao consumidor escolher o tipo de tela que melhor se adequa às suas necessidades.
Pessoas com dislexia, por exemplo, que normalmente se esforçam para ler, comentam que a leitura é mais fácil quando usam os e-readers ao invés do livro tradicional. Partindo destes comentários, um estudo observou em estudantes do ensino médio com dislexia a forma como a leitura é feita em tais dispositivos.
Entre os fatores investigados, constatou-se que a leitura através de um pequeno dispositivo resultou em benefícios substanciais, melhorando a velocidade de leitura em 27%, reduzindo o número de fixações em 11%, e, mais importante, reduzindo o número de sacadas regressivas sem nenhum custo para a compreensão.
Dado que um conflito de escolha entre uma esperada regressão horizontal e vertical, não foi observado quando o comprimento de linha foi alterado, especula-se que estes efeitos ocorrem porque a atenção orienta-se para a esquerda, como as mudanças no olhar durante a leitura.
Linhas curtas eliminam uma 'lotação' do texto, reduzindo a regressão. Os efeitos da modulação pela mão, e do aumento do espaçamento entre letras também foram utilizados para modular a dinâmica oculomotora na leitura, mas se esses fatores resultaram em benefícios isso dependeu de outras características, tais como capacidade de atenção visual, que variaram no decorrer da pesquisa.
(Fonte: PLoS One)