Neste artigo, aprendemos que, em nosso dia-a-dia, o Sistema Nervoso Central seleciona os estímulos mais relevantes para as tarefas. A isto se deu o nome de “efeito atencional”. Além da cefaleia, ver imagens violentas ou eróticas também atrapalha o ‘efeito atencional’, conforme o referido artigo.
Para entender o quê influencia a mobilização atencional, Débora Duarte Macéa, em sua dissertação de mestrado para a USP, apresentou um trabalho cujo objetivo foi analisar os fatores que influenciam a mobilização da atenção automática visual.
Foram realizados três experimentos com análise do tempo de reação a um estímulo vai em relação a um não-vai em voluntários humanos. Para tanto, foi utilizado um estímulo abrupto anterior ao aparecimento dos estímulos alvos para capturar a atenção automática na mesma posição ou na oposta ao aparecimento do estímulo alvo, para medir o efeito atencional.
Assim, no primeiro experimento, foi analisado a influência da semelhança dos estímulos negativo e positivo e foi obtido o efeito atencional. Em seguida, foi pesquisada a influência da semelhança do estímulo precedente com a do estímulo positivo e não foram encontradas evidências a respeito. Por último, verificou-se como a estratégia atencional influencia no efeito atencional, mas não houve tal efeito.
A conclusão de Débora foi que o fator crítico para a mobilização eficaz da atenção automática é a discriminabilidade entre os estímulos vai e não-vai.
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(Fonte: Macéa, Débora Duarte. Fatores que influenciam a ocorrência do efeito atencional automático em uma tarefa de tempo de reação vai/não-vai [online]. São Paulo : Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, 2009. Dissertação de Mestrado em Fisiologia Humana)