Saúde Visual já mostrou aqui o debate sobre a inclusão do deficiente visual no ensino superior – algo garantido por lei. Quem tem deficiência visual pode pedir que a escola consiga os mesmos livros em Braille mas, se a escola não fornece os livros, o aluno pode procurar o Centro de Apoio Pedagógico (CAP), entidades assistenciais e, se necessário, o Ministério Público.
Afinal, para uma boa adaptação é primordial que o cego tenha acesso aos mesmos materiais dos outros colegas. E isso vale para a vida cotidiana, também. Caso contrário, o processo de inclusão não estará completo. E não está: segundo a Fundação Dorina Nowill, 95% das obras literárias disponíveis no Brasil não possuem uma versão em Braille.
Na busca de uma conscientização sobre o assunto, a Fundação, cuja missão é facilitar a inclusão social de pessoas com deficiência visual, respeitando as necessidades individuais e sociais, por meio de produtos e serviços especializados, está lançando um livro como nunca se viu (sim, o trocadilho é proposital): Palavras Invisíveis.
São 10 textos inéditos de grandes escritores brasileiros, como Verissimo, Eliane Brum e Martha Medeiros. E todos exclusivos em Braille, para lembrar-nos da importância do acesso universal à cultura.
Conheça o projeto e as histórias completas clicando .
Aproveite para conferir, abaixo, o vídeo sobre o projeto (com audiodescrição):
(Fonte: Fundação Dorina Nowill)