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Martinho José Ferreira, o "Da Vila"

Você entra no de Martinho da Vila e é recebido por um samba clássico do compositor, Quem é do mar não enjoa. Em uma das estrofes, ele se apresenta:


Quem quiser saber meu nome,

Não precisa perguntar.

Sou Martinho lá da Vila,

Partideiro devagar.

A esta altura, de fato, ninguém mais precisa perguntar quem é este cidadão carioca que nasceu Martinho José Ferreira em Duas Barras, Rio de Janeiro, no dia 12 de fevereiro de 1938. Filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, foi para a capital carioca com apenas 4 anos. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje é o lugar que chama de “Meu off-Rio”.

Martinho foi criado na Serra dos Pretos Forros e sua primeira profissão foi como Auxiliar de Químico Industrial, função aprendida no curso intensivo do SENAI.

Um pouco mais tarde, enquanto servia o exército como Sargento Burocrata, cursou a Escola de Instrução Especializada, tornando-se escrevente e contador, profissões que abandonou em 1970, quando deu baixa para se tornar cantor profissional.

Pai de oito filhos e avô de sete netos, Martinho sempre disse que nenhuma mulher iria levá-lo à um cartório ou a uma igreja e realmente não foi. Conservou o estado civil de solteiro até conhecer a jovem Clediomar Corrêa Liscano, que é conhecida como Cléo, e Martinho a chama de Preta Pretinha. Mas seu enlace com Cléo, 33 anos mais jovem, foi realizado em ato civil na sua Fazenda Cedro Grande no dia 13 de maio de 1993 e o ato religioso em uma grande festa, com a noiva de véu e grinalda, em sua propriedade denominada Fazenda do Pacau, no dia 31 do mesmo mês e ano. 

O compositor surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com o partido alto Menina Moça e no ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançando o clássico samba Casa de Bamba.

Sua carreira de cantor profissional iniciou-se no início de 1969 quando lançou o LP intitulado Martinho da Vila, que foi o maior sucesso do Brasil em execução e vendagem, com grandes sucessos como Casa de Bamba e O Pequeno Burguês e outras que se tornaram clássicos – a já citada Quem é Do Mar Não Enjoa, além de Iaiá do Cais Dourado e Tom Maior.

A vida de sambista (ritmista, passista, compositor, puxador de samba enredo, presidente de ala e administrador) começou na extinta Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato.

A dedicação de corpo e alma à Escola de Samba Vila Isabel começou em 1965 e a história da Agremiação Carnavalesca se confunde com a de Martinho, que passou a seu chamado de o Da Vila. Nunca exerceu a presidência administrativa da escola, mas por várias vezes esteve à frente da agremiação da qual é o Presidente de Honra.

Os sambas de enredo mais consagrados da escola são de sua autoria. Também criou vários enredos para desfiles, dentre os quais Kizomba, a Festa da Raça que está entre os mais memoráveis da história dos carnavais e garantiu para a Vila, em 1988, seu consagrado título de Campeã do Centenário da Abolição da Escravatura.

Nacionalmente conhecido como sambista, Martinho da Vila é um legítimo representante da MPB, com várias composições gravadas do exterior. É considerado por muitos críticos como o melhor cantor do Brasil, interpretando músicas dos mais variados ritmos. 

Embora compositor indutivo e cantor sem formação acadêmica, tem uma grande ligação com a música erudita e idealizou, em parceria como Maestro Leonardo Bruno o Concerto Negro, um espetáculo sinfônico que enfoca a participação da cultura negra na música erudita. Neste mesmo estilo, Martinho participou do projeto Clássicos do Samba sob a regência do Maestro Sílvio Barbato.

Martinho da Vila, além de compositor e cantor, é escritor/autor de 10 livros.



(Fonte: site oficial)

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