A ciência encontra Deus

Categoria: Visão profissional

“A pesquisa da mente atinge o ponto onde a ciência encontra a espiritualidade (...). Essa sabedoria tradicional, isto é, o núcleo das grandes tradições espirituais do planeta, que já foi desprezada em nome da ciência, vem recebendo agora notáveis confirmações por parte da moderna pesquisa científica da consciência.” Caro leitor, as frases que você leu foram copiadas do artigo “Consciência sem limites”, uma das reportagens da edição número 90 da revista científica Galileu, publicada pela Editora Abril. Vale a pena repetir a primeira frase do citado artigo: “A pesquisa da mente atinge o ponto onde a ciência encontra a espiritualidade.”

O que nunca foi novidade para as religiões, passa a ser verdade também para a ciência: o homem é um ser espiritual. Cada vez se torna mais evidente que há uma centelha divina que habita o interior do homem e a qual o norteia para a evolução plena. Uma essência interior extra-física, faz do homem um ser especial.

A Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que ministra o curso de Criatividade mais famoso do mundo, tem como abordagem didática desse curso a descoberta da essência superior que faz parte da natureza humana. Dizem seus professores Michael Ray e Rochelle Myers: “Nós olhamos para o nosso interior a fim de encontrarmos a fonte pessoal e universal. Aquela fonte que tem sido chamada de eu interior, ego, mente oculta, centelha divina, ego divino, o grande Eu Sou, Deus e Essência”.

De repente a renomada revista Galileu, que não é ligada à religiosidade, constata o caráter espiritual do homem. De repente uma universidade (a Universidade de Stanford) também não ligada à religiosidade constata ser a centelha divina a fonte superior do homem. E de forma complementar vem a psicologia afirmar, através do eminente psicólogo brasileiro Paulo Gaudêncio, que “em um nível ainda desconhecido de nós mesmos” há no inconsciente humano uma “forma ideal consciente que nos permite distinguir as emoções ‘saudáveis’ e as ‘patológicas’, indicando quais devem ser valorizadas e aquelas que não podem nem mesmo ser sentidas” (livro Mudar e Vencer, Paulo Gaudêncio, Editora Gente).

A genialidade do filósofo e cientista Pascal já dizia que “A pouca ciência nos afasta de Deus e a muita ciência nos aproxima dele.” A muita ciência desta época está gerando, a quem tem olhos para ver, um ambiente de excelentes oportunidades para as empresas, para o homem e para o mundo. Procedamos como sábios. Entendamos desde já que todos os seres humanos são especiais. Merecem eles – quaisquer que sejam seus níveis hierárquicos na empresa – o nosso mais profundo respeito e consideração. Merecem – por que não dizer? – o nosso amor. Somos todos integrantes de uma grande família, e a cada um de nós é incumbida a grande responsabilidade de irmanar essa família, qualquer que seja a nossa função no meio empresarial.

Entender o ser humano como criatura espiritual, compreender que há um Ser Supremo no comando do Universo - Deus - já deixou de ser assunto exclusivo das igrejas e/ou das religiões. Cabem às empresas, que sempre estiveram na vanguarda do desenvolvimento produtivo do homem, aceitar essa verdade. Para o seu próprio bem. Cabe a todos nós unir esforços para aproveitar melhor dessa inesgotável fonte de saber, que é a essência ou centelha divina do ser humano, cuja função é potencializar em cada indivíduo um Ser Superior que, ainda influenciado pelo ambiente predominantemente materialista da maioria das empresas e pelos seus pensamentos e atitudes inferiores, não deixa ocorrer o despertar do infinito potencial que habita o ser humano.

ALKÍNDAR DE OLIVEIRA é consultor de empresas, escritor, palestrante e professor de liderança, oratória, comunicação interna, visão sistêmica, ambiente organizacional e outros temas. Paulista, ministra treinamentos comportamentais para líderes em todo o Brasil. É criador da Metodologia do Diálogo e do Consenso. Site: .