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A nova linguagem de comunicação

Por muito tempo imperou nas empresas (e ainda impera na maioria) a linguagem de comunicação de conversão e submissão. Era (é) a fase do “ele é meu subalterno”. Fase em que o líder, ou melhor, o chefe, para compensar sua baixa autoestima, considerava o seu funcionário alguém inferior a si. E todos nós sabemos que a forma mais evidente de percebermos o complexo de “inferioridade” de alguém, é quando este alguém é reconhecido pelo seu complexo de “superioridade”. Óbvio que precisa haver o necessário respeito hierárquico, mas isto não implica em ter pessoas superiores e inferiores. O chefe dos velhos (??) tempos procurava converter seus funcionários. E com este procedimento, o chefe passava a ter à sua volta pessoas submissas e infelizes, que não conseguiam utilizar plenamente do grande potencial humano do qual todos nós somos portadores.

Em consonância com o comentado, tomara que não esteja longe o dia em que os hotéis substituirão o indelicado e desrespeitoso “Não Perturbe!” por algo semelhante a “Favor Higienizar Em Outro Momento”. Tomara que essa alteração, quando ocorrer, simbolize um novo tempo, isto é, simbolize a mudança da “linguagem de comunicação de conversão e submissão” para a (nova) “linguagem de comunicação de conscientização e promoção”, que sintetizará a nova ordem empresarial. Ainda não aprendemos a incluir o próximo em nosso universo. Por exemplo, achamos absolutamente normal a faxineira do hotel em que hospedamos ler todos os dias o “Não Perturbe!”.

Nossa nova linguagem de comunicação necessita ser de conscientização e promoção, isto é, compete à empresa que atingiu sua maioridade, criar ambiente interno altamente estimulador que permita a pessoa conscientizar-se do seu potencial, e sem ser submissa, desenvolver os seus próprios talentos, o que, naturalmente, irá propiciar sua promoção humana, o que não necessariamente precisa ser uma promoção funcional na empresa.

Na nova ordem iremos aprender a nos colocarmos no lugar do próximo.

Não mais iremos almejar que os outros pensem e sintam o que nós pensamos e sentimos, mas, sim, que se conscientizem do seu próprio potencial e que utilizem da melhor forma possível de sua maneira única de pensar, sentir e agir. A alteridade será a tônica. Conhecer a diferença, compreender a diferença e aprender com a diferença, estes serão nossos propósitos. Iremos descobrir como para nós e para a empresa é fundamental aceitarmos o diferente. Mas também seremos conscientes de que aceitar o próximo, com suas diferenças, não necessariamente significa concordar com seus pensamentos, sentimentos e atitudes.

Aceitar a pessoa, sempre. Concordar com a pessoa, nem sempre.

O líder eficaz da nova ordem na área de gestão de pessoas será conhecido principalmente por ser portador de três qualidades essenciais: deverá ser “boa pessoa”, “bom comunicador” e “especialista em administrar conflitos interpessoais”, conflitos estes oriundos da bem vinda diversidade. Serão pessoas que irão inspirar confiança, pelas suas palavras e pelos seus atos. Nesse novo ambiente onde os conflitos produtivos serão a meta, é importante que nos relembremos do ensinamento do grande mestre Peter Drucker que, considerando estes novos tempos, disse: “ganhar a vida já não é suficiente, o trabalho tem de nos permitir vivê-la também”. E para bem vivermos e convivermos nesse cipoal de conflitos, a solução será sermos humanos, no sentido dignificante da palavra.

 

ALKÍNDAR DE OLIVEIRA é consultor de empresas, escritor, palestrante e professor de liderança, oratória, comunicação interna, visão sistêmica, ambiente organizacional e outros temas. Paulista, ministra treinamentos comportamentais para líderes em todo o Brasil. É criador da Metodologia do Diálogo e do Consenso. Site:

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